Anilza Pinho de Carvalho                      

(Laguna/SC, 10 de outubro de 1933)                

(Rio de Janeiro/RJ, 06 de agosto de 2009). 

Anilza Leoni foi uma atriz, cantora, bailarina e pintora brasileira. Nascida em Santa Catarina, se mudou com a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro após a morte do pai. Anilza estudou no “Colégio Rui Barbosa”, como aluna interna, até que a mãe adoeceu e Anilza deixou os estudos para trabalhar, aos quinze anos, como datilógrafa e secretária. Adotou, então, o nome artístico de Anilza Leoni - após ganhar um concurso, o “Miss Sereia” aos dezesseis anos - em homenagem ao jogador de futebol Leônidas da Silva. Aos dezoito anos recebeu o convite para trabalhar como girl no espetáculo de variedades, “Café-Concerto” produzido por Renata Fronzi e  César Ladeira. Mesmo sendo menor e escondida da família, Anilza Leoni conseguiu trabalhar simultaneamente nos shows noturnos e na revista ”Zum! Zum!”, na companhia de Dercy Gonçalves. Anilza Leoni foi uma das maiores vedetes do teatro de revista - o chamado "teatro rebolado" - participando de espetáculos produzidos por Carlos Machado e Walter Pinto.  Entre os espetáculos que participou, destacam-se ”Acontece Que Sou Baiano” e ”Feitiço na Vila”. Sua grande chance veio ao substituir Dorinha Duval na revista ”Carrossel de 53” da “Boate Night And Day”. Anilza Leoni destacava-se por sua graça e beleza, estrelando diversas revistas, como ”TV Para Crer” e ”Aperta o Cinto!”. Anilza figurou por três vezes na lista das "certinhas do Lalau" - uma lista das mulheres mais bonitas do Brasil - elaborada anualmente pelo jornalista Sérgio Porto durante duas décadas. Anilza partiu para o “Teatro de Comédia”. Anilza fez muito sucesso com a peça ”Boa Noite Bettina” e trabalhava paralelamente em cinema e televisão. No cinema, participou de chanchadas produzidas por Herbert Richers, ao lado de Ankito, Grande Otelo e Wilson Grey. Anilza Leoni estreou na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro, participando da primeira adaptação televisiva do romance “Gabriela, Cravo e Canela” de Jorge Amado, atuando ao lado de Paulo Autran. Anilza Leoni trabalhou em programas humorísticos e musicais “Noites Cariocas” e “Espetáculos Tonelux”. Na TV Globo, participou de várias novelas, com destaque para “A Gata Comeu”, na qual interpretou (Ester), madrasta da personagem (Jô) de Christiane Torloni. Mas Anilza Leoni atuou também na novela “Quatro Homens Juntos” da TV Record e nas novelas, séries, seriados e minisséries da TV Globo “Corrida do Ouro”, “A Máfia no Brasil”, “Selva de Pedra”, “Brega e Chique”, “Barriga de Aluguel”, “Você Decide”, “Porto dos Milagres”, “Brava Gente”, “Desejos de Mulher”, “Linha Direta”, “Belíssima”, “Pé na Jaca!”, “Casos e Acasos” e “Queridos Amigos”.  Nos últimos anos, Anilza Leoni morava sozinha, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro e continuava trabalhando na televisão e no teatro. Anilza Leoni recebeu o “Prêmio Mambembe”. Nos seus últimos dias de vida, a atriz se preparava para estrear o espetáculo “Mário Quintana - O Poeta das Coisas Simples”, em São Paulo, ao lado de Tamara Taxman, Monique Lafond, Selma Lopes e Sérgio Miguel Braga. Anilza deixou uma filha, Angélica Virgínia e uma neta que vivem nos Estados Unidos. Anilza Leoni teve outro filho, Claubel, já falecido. Anilza Leoni morreu em razão de um enfisema pulmonar.