Jorge Leal Amado de Faria
(Itabuna/BA, 10 de agosto de 1912)
(Salvador/BA, 06 de agosto de 2001).
Jorge Amado foi um poeta, letrista e um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos com teve atuação em literatura, teatro, cinema e TV. Jorge Amado possuía ascendência portuguesa, judaica, indígena e africana. Jorge Amado era primo do advogado, escritor, jornalista e diplomata Gilberto Amado e da atriz Véra Clouzot. Aos dezenove anos, Jorge Amado lança o seu primeiro livro, “O Pais do Carnaval”, que repercute bem nos meios literários do Rio de Janeiro. Pouco tempo depois ao completar vinte e dois anos, Amado lança “O País do Cacau”, com ilustrações de Tomás Santa Rosa. Algum tempo depois, Jorge Amado publica “Jubiabá” que é considerado o melhor romance brasileiro daquele ano. Na mesma época, Jorge Amado se forma em Direito pela “Faculdade de Direito” do Rio de Janeiro, a atual “Universidade Federal” do Rio de Janeiro (UFRJ). Jorge integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da primeira metade do século XX - ideologia presente em várias obras, como a retratação dos moradores do trapiche baiano em “Capitães da Areia”. Depois de muitas prisões em decorrência da ditadura Vargas, Jorge se candidata e é eleito deputado federal pelo “Partido Comunista do Brasil” (PCB) de São Paulo. Em meio ao mandato, Jorge foi cassado juntamente com toda a bancada comunista, em razão da anulação do registro partidário do PCB. Já casado com Zélia Gattai, Jorge se exila primeira na Argentina, Uruguai e depois na Europa por alguns anos e na volta ao Brasil publica seu maior suceso, o livro “Gabriela Cravo e Canela”. A obra foi adaptada por Walter George Dürst para a TV Globo como novela das com direção de Walter Avancini e depois teve outro remake na mesma emissora. Jorge Amado consegue outros best sellers com “Dona Flor em Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Tereza Batista Cansada de Guerra” e “Tieta do Agreste”. Seus livros foram traduzidos em oitenta países, em quarenta e nove idiomas, bem como em braille e em fitas gravadas para cegos. Jorge Amado é o autor mais adaptado do cinema, do teatro e da televisão. Verdadeiros sucessos como “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Tenda dos Milagres”, “Tieta do Agreste”, “Gabriela, Cravo e Canela”, “Mar Morto” e “Tereza Batista Cansada de Guerra” foram criações suas. Sua obra literária, quarenta e nove livros, ao todo já foi tema de escolas de samba por todo o País e uma das mais significativas da moderna ficção brasileira, sendo voltada essencialmente às raízes nacionais. São temas constantes nela os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, as crenças, as tradições e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação deste aspecto do mesmo. Perseguido, vigiado, censurado, mas respeitado, homenageado e multi premiado, Jorge Amado foi eleito para a “Academia Brasileira de Letras” ocupando a famosa “Cadeira nº 23”, que teve José de Alencar como patrono e havia antes sido ocupada por Machado de Assis e depois por sua esposa Zélia Gattai. Jorge Amado foi casado com Matilde Garcia Rosa com quem teve uma filha, Eulália Dalila e era casado com a escritora Zélia Gattai (com quem viveu cinqüenta e seis anos até sua morte) e com ela teve dois filhos, João Jorge e Paloma. Sua filha Eulália Dalila morreu precocemente aos catorze anos e a ex-mulher Matilde morreu em 1986. Jorge Amado morreu de parada cardiorrespiratória.