Ademar da Silva Casé                           

(Belo Jardim/PE, 09 de novembro de 1902)     

(Rio de Janeiro/RJ, 06 de abril de 1993). 

Ademar Casé foi um radialista, apresentador, locutor, diretor, ator e produtor brasileiro com atuação em rádio, cinema e TV. Pioneiro do rádio, Ademar criou o “Programa Casé”, primeiro programa de rádio comercial do Brasil. Mas além de produzir e apresentar o programa, Ademar Casé era bom vendedor, fazendo com que seu programa rendesse bem para a emissora e para ele próprio. Sua técnica de venda era inusitada. Ademar levava um aparelho de rádio à casa do cliente e ali deixava por um número determinado de dias. Se a pessoa gostasse comprava, se não, devolvia. Esse jeito de vender, criado por Ademar Casé foi um sucesso absoluto e durou muitos anos. Casé, por seu jeito diferente e eficaz de vender se tornou um dos diretores da fábrica de aparelhos de rádio “Philips”. Com isso, pode alugar duas horas consecutivas de rádio, para o “Programa Casé”. O programa apresentou grandes nomes do rádio brasileiro, como Almirante, João Petra de Barros, Custódio Mesquita, Nássara, Sadi Cabral, Haroldo Barbosa e outros e foi o mais famoso do rádio por muitos anos.  Nesse programa, Carlos Lacerda, depois um grande político, era locutor. E foi ali também que Noel Rosa lançou o primeiro jingle brasileiro e foi o último contra-regra do programa. Ademar Casé era também muito admirado por seu bom humor nas apresentações. Casé revolucionou o rádio do Brasil, sendo o primeiro a pagar cachê aos artistas, a fazer um contrato de exclusividade (Sílvio Caldas, por exemplo)  e fez a primeira novela. Ademar Casé se associou a Assis Chateaubriand e foi pioneiro também na TV com programas inovadores como o “Noite de Gala” e com os comerciais criados e produzidos pela agência de propaganda “Midas”. Ademar Casé tem família de artistas. É pai do arquiteto Paulo Casé, do diretor Geraldo Casé e do publicitário Maurício Casé e avô da atriz e apresentadora Regina Casé. Ademar Casé era casado com a professora Graziela Passos Casé. Ademar Casé teve morte natural por senilidade.