\nMartha Rocha<\/strong> foi uma modelo, garota-propaganda, jurada e atriz brasileira, rainha da beleza eleita a primeira “Miss Brasil”. Aos dezoito anos, Martha<\/strong> participou do concurso “Miss Bahia”<\/em>, vencendo o concurso. Martha<\/strong> foi eleita “Miss Brasil”<\/em>, no “Hotel Quitandinha”<\/em>, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Martha<\/strong> teve uma agenda agitada como “Miss Brasil”<\/em>. Logo depois de chegar aos Estados Unidos, Martha <\/strong>se tornou a favorita nas casas de apostas para vencer o “Miss Universo”<\/em>. No entanto, Martha <\/strong>ficou em segundo lugar, perdendo para a americana Miriam Stevenson<\/strong>. De volta ao Brasil, Martha Rocha<\/strong> se tornou referência nacional de beleza e alcançou fama. Segundo texto no “Clic RBS”<\/em>, "o ideal de beleza consolidado pela baiana seguiria influenciando gerações e gerações de mulheres pelas décadas seguintes". <\/em>A famosa história das duas polegadas foi uma invenção do jornalista João Martins<\/strong>, da revista “O Cruzeiro”<\/em>, do Rio de Janeiro para consolar o orgulho brasileiro. Tudo foi combinado com os demais jornalistas brasileiros que estavam em Long Beach. A própria Martha<\/strong> autorizou a versão, conforme consta em sua autobiografia. Segundo Martha<\/strong>, nem ela soube se essa história das duas polegadas foi verdade mesmo. O colunista Ancelmo Gois<\/strong> reviveu na coluna “Retratos da Vida”<\/em>, de “O Globo”<\/em>, a história das duas polegadas, relembrando que, na época, Pedro Caetano<\/strong>, Alcyr Pires Vermelho<\/strong> e Carlos Renato<\/strong> lançaram uma marchinha de carnaval onde se cantava: “Por duas polegadas a mais, passaram a baiana pra trás\/Por duas polegadas e logo nos quadris\/Tem dó, tem dó, seu juiz!”. Martha<\/strong> era a sétima filha da paranaense, filha de alemães, Hansa Hacker Rocha<\/strong>, com o professor e engenheiro baiano Álvaro Pereira Rocha<\/strong>. Martha<\/strong> se casou cedo com o banqueiro português Álvaro Piano<\/strong> e com ele teve dois filhos, Álvaro Luis <\/strong>e Carlos Alberto<\/strong>. Pouco depois, seu marido faleceu em um acidente de avião. Martha<\/strong> voltou ao Brasil com vinte e três anos e dois anos depois se casou com Ronaldo Xavier de Lima<\/strong>, com quem teve uma filha, a artista plástica Cláudia Xavier de Lima<\/strong>. Martha<\/strong> perdeu todo dinheiro que conquistou ao longo da vida para o cunhado Jorge Piano<\/strong>. Sobre isto escreveu em sua conta do Facebook: “Com a fuga de Jorge Piano com todo o meu dinheiro, superei meus problemas com suporte de meus dois filhos, duas amigas e o meu trabalho honrado, vendendo os quadros pintados por mim e ganhando cachê para divulgar o concurso Miss Brasil”. Segundo o mesmo Ancelmo Gois<\/strong>, Martha<\/strong> havia entrado com uma ação judicial contra a filha, Cláudia Xavier de Lima<\/strong> por "viver na miséria depois de perder suas economias". Por problemas financeiros Martha<\/strong> passou a viver num lar de idosos. Martha Rocha<\/strong> passou a aparecer em júris de concursos de beleza se tornando a primeira miss a cobrar cachê para tanto. Em uma entrevista para a revista “Isto É”<\/em>, Martha<\/strong> explicou que era uma necessidade, pois no ano anterior perdera todo o dinheiro que tinha com a falência de uma instituição financeira (a “Casa Piano”<\/em>) comandada à época por um de seus familiares no Rio de Janeiro. Martha Rocha<\/strong> descobriu ser portadora de câncer de mama após assistir a uma reportagem televisiva sobre mutirões de saúde que promoviam o autoexame. A partir daí, Martha <\/strong>passou a ter outro estilo de vida. Nessa época, se mudou do Rio de Janeiro para Volta Redonda. Martha<\/strong> foi homenageada com uma exposição itinerante de fotos de sua trajetória como “Miss Brasil”<\/em>. quando o concurso chegava ao seu 50º aniversário. Em sua homenagem foi criado, por exemplo, o “Bolo” <\/em>ou a “Torta Martha Rocha”<\/em>. A receita foi criação de Dona Dair da Costa Terzado<\/strong>, proprietária da “Confeitaria das Famílias” <\/em>de Curitiba. Martha Rocha<\/strong> morreu após uma insuficiência respiratória seguida de um infarto. Segundo um dos seus filhos, ela estava em um estado debilitado há bastante tempo e morreu de forma relativamente tranquila.
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