Brasil José Carlos Queirolo
(Espírito Santo do Pinhal/SP, 04 de abril de 1918)
(São Paulo/SP, 19 de agosto 1996).
Torresmo foi um cantor, músico, compositor, poeta, palhaço e ator brasileiro. Torresmo nasceu no circo de seus pais e tios, o “Circo Irmãos Queirolo” que excursionava pelo interior de São Paulo. Seu pai, José Carlos Queirolo, conhecido como palhaço (Chicharrão) - torresmo em espanhol - era uruguaio e sua mãe, a atriz Graciana Cassiano Queirolo era argentina. Na infância, Torresmo era chamado de (Chicharrãozinho). Torresmo estudou no “Colégio Caetano de Campos” e no “Colégio Ipiranga”. Torresmo viajou com o circo por todo o Brasil e para alguns outros países. Torresmo foi também cantor de tangos e tocava saxofone e violino. No circo,Torresmo foi equilibrista, trapezista, malabarista, aramista e domador de animais. Mas foi, sobretudo, palhaço. Torresmo foi locutor de rádio. A família se mudou para o Rio de Janeiro e Torresmo foi trabalhar no “Teatro Recreio” a convite de Jardel Jercolis. Depois voltou a São Paulo e em Ibirarema se casou com Otília Piedade, com quem viveria por toda a vida. Desse casamento, vieram os filhos Gladismary e Brasil José Carlos, o futuro palhaço (Pururuca). Depois Torresmo foi trabalhar no “Circo Alcebíades” do pai do amigo (Fuzarca) com quem fez dupla cômica e que se apresentava antes da dupla principal, os palhaços (Piolin) e (Arrelia). A família Queirolo faria outros palhaços, como (Chic-Chic), Otelo Queirolo e seus filhos. Torresmo passou a morar no bairro do Mandaqui, na cidade de São Paulo. Era a época do início da televisão no Brasil e Torresmo acreditou em seu sucesso. Torresmo se apresentou no programa de Luiz Gonzaga, no “Cine-Teatro Odeon” e seu talento foi reconhecido por um produtor da TV Tupi, Humberto Simões, famoso, na época, como ventríloquo que o levou ao diretor Cassiano Gabus Mendes. Sua estreia na televisão foi em um “Dia das Crianças”. Desde então, não saiu mais da TV e trabalhou em programas infantis de todas as emissoras da época, incluindo “Zás Trás” na TV Paulista, apresentado por Márcia Cardeal. Outros programas, “Calouros Mepacolan”, “Gurilândia”, “Recreio do Torresmo” - este na TV Cultura - “Torresmolândia” na TV Excelsior, “Tic-Tac e Pururuca” na TV Bandeirantes, “Gincana Kibon” na TV Record e fez ainda “TV de Vanguarda”, “As Aventuras de Berloque Kolmes”, “O Falcão Negro”, “O Todo Poderoso” e “Partidas Dobradas”. Quando morre seu parceiro (Fuzarca), Torresmo passou a se apresentar com seu filho (Pururuca) então com apenas quinze anos. O programa “O Grande Circo” com (Pururuca) e mais os palhaços (Chupeta), (Chupetinha) e (Pimentinha) ficou no ar na TV Bandeirantes durante dez anos levando o mundo circense à televisão. Torresmo adoeceu e se retirou para tratamento de saúde em Mairiporã e (Pururuca) passou a cuidar também do restaurante do pai na Serra da Cantareira. Recuperado, Torresmo voltou à TV e passou a apresentar o “Programa Bombril” ainda da TV Bandeirantes. Torresmo trabalhou na televisão durante trinta anos, período em que gravou oitenta discos infantis. Seu bordão favorito era “Assim eu não aguento!” ao que a criançada respondia “Agueeeeeentaaaaa!”. Torresmo foi condecorado com a “Medalha Anchieta” e recebeu um “Diploma de Gratidão” da cidade de São Paulo, conferido pela câmara dos vereadores, também recebeu o título de "Pinhalense Emérito" da câmara municipal de Espírito Santo de Pinhal. A TV Bandeirantes lhe daria o “Troféu Bandeirantes”. Torresmo morreu em função de complicações cardíacas e pulmonares.