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THEREZA SANTOS (74 anos)

ID: m821 Categoria: Autores Date : Friday 7th August 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Jaci dos Santos                             

 

(Rio de Janeiro/RJ, 07 de julho de 1938)        

(Guarapuava/PR, 19 de dezembro de 2012).

 

Thereza Santos foi uma escritora, atriz, carnavalesca, dramaturga, professora universitária e ativista brasileira pelos direitos de mulheres e homens chamado “Movimento Negro” por cinco décadas. Nascida no bairro carioca de Santa Teresa, Thereza Santos decidiu ir para o exílio na África depois de ser presa no início dos anos 1970 por sua participação no “Partido Comunista do Brasil”, lá, ela participou ativamente do movimento de libertação da Guiné-Bissau e de Angola, onde colaborou em projetos de desenvolvimento cultural e alfabetização.  Thereza ingressou na “Faculdade Nacional de Filosofia” atual “UFRJ” e se tornou integrante da “União Nacional dos Estudantes (UNE)”. Nessa efervescência intelectual, começou a fazer teatro de rua, com perspectiva no engajamento político. Na década de 1960, Thereza Santos começou a participar, no Brasil, do “Movimento Pela Libertação dos Povos Africanos de Expressão Portuguesa”. Por sua relação com o “PCB”, foi presa nos anos 1970. Ao ganhar liberdade, Thereza deixou o Brasil e optou por morar no continente africano, durante aproximadamente cinco anos, onde trabalhou como educadora, contribuindo para a reconstrução cultural de Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau.  Thereza integrou o “Teatro Experimental do Negro (TEN)”, do Rio e depois de São Paulo. Thereza participou como cofundadora do “Centro de Cultura e Arte Negra (CECAN)”. Durante a ditadura militar, juntamente com o sociólogo Eduardo de Oliveira, Thereza escreveu e encenou a peça “E Agora Falamos Nós”, iniciativa considerada uma das primeiras peças teatrais para um grupo exclusivamente formado por atores negros. Cabe salientar que este foi um dos principais trabalhos da carreira de Thereza como atriz. Thereza foi a primeira negra a ser nomeada para o “Conselho Estadual da Condição Feminina” de São Paulo. Thereza Santos foi assessora de Cultura Afro-Brasileira da “Secretaria de Estado da Cultura” do Estado de São Paulo.  Thereza foi indicada pelo “Coletivo de Mulheres Negras” de São Paulo a concorrer ao cargo de deputada estadual pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)”. Porém, não foi eleita. Por indicação do vereador Vital Nolasco, do Partido Comunista do Brasil (PC do B)” recebeu o título de cidadã paulistana. Na contemporaneidade, há exposição da sua coleção, que conta com livros, revistas, estátuas, quadros, artesanatos, fotografias e correspondências pessoais, na “Unidade Especial de Informação e Memória (UEIM)” da “Universidade Federal” de São Carlos, localizada no “Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH)”, campus São Carlos. Thereza Santos publicou como autora os livros “Malunga Thereza Santos: A História de Vida de Uma Guerreira”, “Mulher Negra” (em coautoria com Sueli Carneiro) e “Mulher Negra” Política Governamental e a Mulher” (em coautoria com Sueli Carneiro e Albertina de Oliveira Costa), Como atriz, Thereza Santos fez parte do elenco dos filmes “O Dia Dia Músico” (curta-metragem), “As Pílulas Falharam”, “Cléo e Daniel”,  “Orfeu Negro”, “Obrigado, Doutor” e “O Cortiço”  das séries “A Fábrica” e “Uma Aventura” no episódio “Uma Aventura na Cidade” e das novelas “Nino, o Italianinho”, “Signo da Esperança” e “Mulheres de Areia”. Thereza Santos era formada em filosofia e teatro. Thereza Santos sofria de insuficiência renal crônica e lutava contra um câncer de bexiga, doenças que a levaram à morte.

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