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SÉRGIO BRITTO (88 anos)

ID: h779 Categoria: Diretores Date : Friday 7th August 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Sérgio Pedro Corrêa de Britto                                

 

(Rio de Janeiro/RJ, 29 de junho de 1923                     

(Rio de Janeiro/RJ, 17 de dezembro de 2011).

 

Sérgio Britto foi um ator, diretor, produtor, apresentador e roteirista brasileiro. Considerado um dos maiores atores do país, Sérgio Britto foi responsável pela direção de Ilusões Perdidas a primeira novela produzida e exibida pela TV Globo. Apesar de seu pioneirismo na televisão, foi o teatro que o consagrou. Filho de Lauro e Alzira, seu pai era funcionário público e sua mãe, dona de casa. Sérgio vivia com eles e o irmão, Hélio. Uma típica família da Vila Isabel daquela época. Religiosos, tradicionais e conservadores. A ideia de ser ator não passava por sua cabeça, tanto é que chegou a cursar até o sexto ano de medicina na Faculdade da Praia Vermelha”. Mas foi no teatro universitário amador fazendo o papel de (Benvoglio) em Romeu e Julieta que Sérgio descobriu que o teatro seria sua vida. Aos vinte e dois anos abandonou a medicina para se dedicar à sua paixão. Sérgio foi o criador, diretor e ator do Grande Teatro Tupi que foi ao ar por mais de dez anos. Com elenco no qual se destacam Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Nathália Timberg, Manoel Carlos, Fernando Torres, Zilka Salaberry, Aldo de Maio e Cláudio Cavalcanti, o teleteatro apresentou sob o seu comando repertório de mais de quatrocentos e cinquenta peças dos maiores autores nacionais e estrangeiros. Depois de seis anos na extinta TV Tupi, o “Grande Teatro” - um programa formador de plateia, referência na história da televisão e do teatro brasileiro - se transfere, para a TV Rio e depois, por seis meses, para a TV GloboSérgio participa do primeiro elenco profissional do Teatro de Arenaatuando em Esta Noite é Nossa de Stafford Dickens, direção de José Renato  e dirigindo “Judas em Sábado de Aleluia” de Martins Pena. Sérgio Britto fez parte da “Companhia Maria Della Costa” e do “Teatro Brasileiro de Comédia” (TBC), em que atua em A Casa de Chá do Luar de Agosto”, “Rua São Luís, 27 - 8º Andar” e Um Panorama Visto da Ponte” sua última incursão no grupo. Anos mais tarde formou sua própria companhia teatral, o Teatro dos Sete com Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres e apresentou no Teatro Municipal" do Rio de Janeiro a histórica montagem de O Mambembe de Arthur Azevedo. Nélson Rodrigues escreveu especialmente para o “Teatro dos Sete” a peça O Beijo no Asfalto. Britto dirigiu na TV Rio “A Morta Sem Espelho” de Nélson Rodrigues e mais duas novelas, Vitória” e Sonho de Amor esta última, uma adaptação feita por Nélson Rodrigues do romance O Tronco do Ipê de José de Alencar produzida pela TV Rio e exibida também em São Paulo pela TV Record. Com Líbero Miguel dirigiu a primeira novela da TV Globo, Ilusões Perdidas que tinha no elenco Emiliano Queiroz, Leila Diniz, Miriam Pires, Norma Blum, Osmar Prado, Reginaldo Faria, entre outros. Na TV Excelsior, Sérgio dirigiu A Muralha de Ivani Ribeiro, baseada no romance de Dinah Silveira de Queiróz. A novela tinha no elenco Fernanda Montenegro, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Stênio Garcia e Nathália Thimberg. Na TV dirigiu “Coração”, “Paixão de Outono”, “Um Rosto de Mulher”, “O Terceiro Pecado”, “E Nós, Aonde Vamos” e “Prima Belina”. Na peça “O Marido Vai à Caça” de Georges Feydeau e direção de Amir Haddad atua ao lado de Fernanda Montenegro. Sérgio Britto se destacou como um dos intérpretes de A Gaivota de Anton Tchekhov e direção de Jorge Lavelli. Na TV, como ator, fez novelas, séries e minisséries. Sérgio Britto esteve nas novelas “A Morta Sem Espelho”, “Pouco Amor Não é Amor”, “Sonho de Amor”, “Vitória”, “Sangue do Meu Sangue”, “Supermanoela”, “Espelho Mágico”, “Olhai os Lírios no Campo”, “Dona Beija”, “Kananga do Japão”, “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, “Mulheres de Areia”, “A Indomada” e ”Direito de Nascer”, nas minisséries “Marquesa de Santos”, “O Farol”, “O Fantasma da Ópera”, “Serras Azuis” e “Chiquinha Gonzaga” e nos episódios “Mulher” da série “Caso Especial” e “Um Engano Mortal” e “Esperança” da série “Caso Verdade”. Sérgio Britto interpreta o (Dr. Valério Facchini), grande sucesso da novela Escalada de Lauro César Muniz.  A novela tinha no elenco Tarcísio Meira, Renée de Vielmond, Suzana Vieira, Milton Moraes, Ney Latorraca e Nathália Thimberg. Sérgio Britto esteve em Anjo Mau a penúltima novela em preto-e-branco exibida pela TV Globo ao lado de Suzana Vieira, José Wilker, Renée de Vielmond, Pepita Rodrigues e Osmar Prado, entre outros. Sérgio em parceria com Walter Scholiers foi diretor de Renata Sorrah em Afinal... Uma Mulher de Negócios de Rainer Werner Fassbinder. Sérgio foi o fundador do “Teatro dos 4” - como sempre com sua mania de números - mas os quatro, na verdade eram três. Sérgio Britto, Paulo Mamede e Mimina Roved. Durante quinze anos produziram dezessete espetáculos de teatro da maior importância, entre os quais estão Os Viciados”, “Assim é Se Lhe Parece”, “Tio Vânia”, “O Jardim das Cerejeiras” e muitas outras. Sérgio fez parte do elenco da novela “Paraíso” de Benedito Ruy Barbosa ao lado de Tereza Rachel e Ary Fontoura. Juntamente com a fonoaudióloga Glorinha Beutenmuller, ajuda fundar a Casa de Arte das Laranjeiras” (CAL) que hoje é considerada uma das escolas mais conceituadas na preparação do ator no Brasil. Esteve em “Assim é Se Lhe Parece”  de Luigi Pirandello e direção de Paulo Betti. Ao lado de Rubens Corrêa e Ítalo Rossi atua em “Quatro Vezes Beckett” que marca o início da trajetória do diretor Gerald Thomas no Brasil. Na peça “Quartett” de Heiner Müller e direção de Gerald Thomas, trabalha com Tônia CarreroSérgio Britto assume, então, a direção artística do Centro Cultural do Banco do Brasil” (CCBB). Na novela Pantanal de Benedito Rui Barbosa na extinta TV Manchete, Sérgio interpreta (Antero Novaes), personagem viciado em pôquer que faz um Royal Straight Flush quando está jogando com o neto e morre de emoção no décimo quinto capítulo. Na TV Globo participou deOlho no Olhoonde interpretou o (Padre João). Sérgio Britto integrou os elencos da minissérie Memorial de Maria Moura” na TV Globo, da novela Xica da Silva na TV Manchete, onde interpreta o (Conde Valadares) - esta foi a novela que lançou a atriz  Taís Araújo que faz a protagonista - da novela Vidas Cruzadas da TV Record no papel de (Teodoro Oliveira de Barros) e do especial O Natal do Menino Imperadorde Péricles de Barros e direção geral de Denise Saraceni na TV Globo onde interpreta (Dom Pedro II).   No espetáculo solo “Sérgio 80” com direção de Domingos de Oliveira, Sérgio contava suas experiências nos oitenta anos de vida. Com a peça A Última Gravação de Krapp e Ato Sem Palavras I” de Samuel Beckett, Sérgio Britto conquista o “Prêmio Faz Diferença" do jornal “O Globo” como personalidade do teatro e o “Prêmio Shell” de melhor ator. Sérgio Britto protagonizou juntamente com Suely Franco, a peça “Recordar é Viver” com direção de Eduardo Tolentino de Araújo. Sérgio Britto não aceita uma cláusula de exclusividade exigida pela TV Globo e fica de fora da novela “Passione” sendo substituído, na ocasião, pelo ator Leonardo Villar. Sérgio Britto apresentou, ainda, o programa semanal Arte Com Sérgio Britto na TV Brasil. No cinema, Sérgio Britto esteve em “O Comprador de Fazendas”, “Modelo 19”, “Luz Apagada”, “Esquina da Ilusão”, “Uma Vida Para Dois” (também como roteirista), “O Homem dos Papagaios” (também como roteirista), “Destino em Apuros” (também como roteirista), “A Sogra”, “Society em Baby-Doll”, “O Desafio”, “Cainguangue”, “Gordos e Magros”, “Na Ponta das Facas”, “O Quebra Nozes”, “A Maldição de Sanpaku” e “O Maior Amor do Mundo”, além de ter sido o roteirista do filme “Fatalidade”. Sérgio Britto lançou duas autobiografias. A primeira, “Fabrica de Ilusão: 50 Anos de Teatro” e a segunda com o nome de “O Teatro e Eu”, uma corajosa revisão de seus oitenta e seis anos de idade, dos quais sessenta e cinco de carreira na televisão, cinema e, principalmente, no teatro. Sérgio Britto morreu devido a problemas cardiorrespiratórios.

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