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LEILA DINIZ (27 anos)

ID: m484 Categoria: Atrizes Date : Sunday 2nd August 2020 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Leila Roque Diniz    

 

(Niterói/RJ, 25 de março de 1945)                 

(Nova Delhi/ÍNDIA, 14 de junho de 1972).

 

Leila Diniz foi uma atriz brasileira formada em magistério e que foi professora do jardim de infância no subúrbio carioca. Aos dezessete anos, Leila conheceu seu primeiro marido, o cineasta Domingos de Oliveira. O relacionamento durou apenas três anos. Nesse momento surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz. Primeiro estreou no teatro e depois em novelas da TV Globo. Mais tarde, Leila se casou com o cineasta moçambicano Ruy Guerra. Leila participou dos filmes Mineirinho, Vivo ou Morto”, ”Todas as Mulheres do Mundo”, “Juego Peligroso”, “Edu, Coração de Ouro”, “O Homem Nu”, “A Madona de Cedro”, “Fome de Amor”, “Corisco, o Diabo Loiro”, “Os Paqueras”, “Azyllo Muito Louco”, “O Donzelo”, “Mãos Vazias”, “Amor, Carnaval e Sonhos” e “O Dia Marcado”, exibido apenas após sua morte e das novelas “Paixão de Outono”, “Um Rosto de Mulher” na TV Paulista, “Ilusões Perdidas”, ”Eu Compro Esta Mulher”, “O Sheik de Agadir”, “A Rainha Louca”, “Anastácia, a Mulher Sem Destino” na TV Globo, “Acorrentados” na TV Rio, “O Direito dos Filhos”, “Vidas em Conflito” e “Dez Vidas” na TV Excelsior e “E Nós, Aonde Vamos” da TV Tupi, além peças teatrais. Leila colocou voz, na parte falada, na faixa "Um Cafuné na Cabeça”, “Malandro”, “Eu Quero Até de Macaco” música do álbum “Sentinela” do cantor e compositor Milton Nascimento. Leila quebrou tabus numa época em que a repressão dominava o Brasil. Escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquíni na praia e chocou o país ao proferir a frase Transo de manhã, de tarde e de noite”. Leila Diniz é considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Leila foi invejada e criticada pela sociedade conservadora e pelas feministas, pois consideravam que ela estava a serviço dos homens. Leila falava de sua vida pessoal sem qualquer vergonha ou constrangimento. Concedeu entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a que deu ao jornal O Pasquim”. Nessa entrevista, ela, a cada trecho, falava palavrões que eram substituídos por asteriscos e ainda disse Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo”. O exemplar mais vendido do jornal foi justamente esse no qual foi publicada a entrevista da atriz. E foi também depois dessa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como “Decreto Leila Diniz”. Perseguida pela polícia política, Leila se esconde no sítio do colega de trabalho Flávio Cavalcanti, se tornando, em seguida, jurada do programa do apresentador, no momento em que é acusada de ter ajudado militantes de esquerda. Alegando razões morais, a TV Globo não renovou o contrato da atriz. De acordo com Janete Clair não haveria papel de prostituta nas próximas novelas da emissora. Meses depois, Leila reabilita o teatro de revista e começa uma curta e bem sucedida carreira de vedete. Estrelando a peça tropicalista Tem Banana na Banda” improvisando a partir dos textos escritos por Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Leila recebe de Virgínia Lane o título de Rainha das Vedetes”. É eleita “Rainha da Banda de Ipanema” por Albino Pinheiro e seus companheiros. Leila Diniz morreu de forma trágica, num acidente aéreo, no auge da fama, voltando da Austrália para onde tinha ido receber o prêmio de melhor atriz por Mãos Vazias”, primeiro filme de Luiz Carlos Lacerda, seu amigo íntimo, desde a adolescência.  A atriz Marieta Severo e o cantor Chico Buarque de Holanda, seus amigos, cuidaram da filha de Leila Diniz e Ruy Guerra durante muito tempo, até o pai ter condições de assumir a filha, Janaína Diniz Guerra. Um cunhado advogado se dirigiu a Nova Délhi, na Índia, local do desastre, para tratar dos restos mortais da atriz. Acabou encontrando um diário que continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: Está acontecendo alguma coisa muito es....”. Leila Diniz, a mulher de Ipanema, defensora do amor livre e do prazer sexual é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus por meio de suas ideias e atitudes. Leila se tornou um ícone da liberdade, do hedonismo e da indignação que não abdica de sonhar e se alegrar.   

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