José de Jesus Louzeiro                                    

(São Luís/MA, 19 de setembro de 1932)          

(Rio de Janeiro/RJ, 29 de dezembro 2017). 

José Louzeiro foi um escritor, roteirista e autor de telenovela brasileiro. José Louzeiro iniciou a carreira aos dezesseis anos de idade, como estagiário em revisão gráfica no jornal “O Imparcial”. Já aos vinte e um, Louzeiro, se transferiu para o Rio de Janeiro onde foi trabalhar em “A Revista da Semana” e no grupo dos “Diários Associados” de Assis Chateaubriand, mais especificamente como "Foca" em “O Jornal” e daí foi deixando marcas através de redações nos jornais “Diário Carioca”, “Última Hora”, “Correio da Manhã”, “Folha” e “Diário do Grande ABC” e nas revistas “Manchete” e “Diário Carioca”. Por mais de duas décadas, José Louzeiro atuou como repórter policial. Na literatura, Louzeiro estreou com o conto “Depois da Luta”, no cinema escreveu os diálogos do filme “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia”, baseado no romance homônimo de sua autoria. Louzeiro escreveu outros livros sobre casos policiais famosos como o “Caso Araceli” e o assassinato de Cláudia Lessin Rodrigues. O romance reportagem “Araceli, Meu Amor”, foi censurado durante a ditadura militar a pedido dos advogados dos acusados. O romance “Em Carne Viva” do qual é autor traz personagens e situações que lembram as mortes de Zuzu Angel e seu filho, Stuart. Seus livros são quase todos, contos biográficos, narrados como romance-reportagem, chegando perto de quarenta publicações. A ele se atribui a introdução no Brasil desse gênero literário, que no exterior tivera como representante Truman Capote. Louzeiro assinou ainda o roteiro de dez filmes, quatro deles bastante populares: “Pixote, a Lei do Mais Fraco”, “Os Amores da Pantera” de Jece Valadão, “O Homem da Capa Preta” com José Wilker e “Amor Bandido”, com Paulo Gracindo. Louzeiro escreveu novelas como “Corpo Santo” e “Guerra Sem Fim”. Mas sua novela “O Marajá”, uma comédia baseada no governo de Fernando Collor de Melo, foi proibida de ir ao ar, numa época em que não havia mais censura no Brasil. Depois desse episódio, o autor conta que começou a enfrentar dificuldades para realizar novos projetos na televisão. Louzeiro sofria de diabetes o que acabou causando sua morte.