Gilda de Abreu               

(Paris/FRANÇA, 23 de setembro de 1904)               

(Rio de Janeiro/RJ, 04 de junho de 1979).   

Gilda de Abreu foi uma cineasta, atriz, cantora, escritora e radialista brasileira nascida na França quando os pais por ali passavam, mas foi registrada no “Consulado Brasileiro”. Filha de um diplomata brasileiro e da cantora lírica, Nícia Silva de Abreu. Gilda começou como atriz de teatro, passando ao cinema no papel principal da comédia romântica "Bonequinha de Seda", produzida por Ademar Gonzaga. Gilda foi uma das primeiras mulheres a dirigir filmes no Brasil, fazendo estrondoso sucesso com o melodrama "O Ébrio", sobre a ascensão e decadência de um cantor em virtude de uma decepção amorosa e do alcoolismo. O papel principal foi do cantor e compositor Vicente Celestino, dono de possante voz de tenor, que fazia muito sucesso na época, com quem Gilda de Abreu se casou. Esse fato, além das qualidades do filme, fez com que não só o filme, como a gravação do cantor estourassem em todo o Brasil. Gilda de Abreu dirigiu também os dramas "Pinguinho de Gente", uma história ingênua e simplória, "Coração Materno”, onde também atuou como roteirista e atriz - ao lado do marido - e "Chico Viola Não Morreu", documentário sobre a vida e as canções de Francisco Alves. Gilda de Abreu era mulher culta e bonita, foi cantora lírica e de operetas, autora de radionovelas, das peças teatrais "Aleluia", "A Mestiça", "Arca de Noé" e "Alma de Palhaço" e de vários livros, dois deles sobre o marido. Gilda foi radioatriz. Gilda de Abreu fez apenas seis filmes, três como atriz e três como diretora. Gilda durante um período dedicou-se ao CANS, “Cultura Artística Nícia Silva”, entidade que fundou em homenagem à mãe. Quando ela morreu estava casada com José Spinto. Gilda de Abreu teve morte natural.