Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira
(Lorena/SP, 27 de maio de 1932)
(São Paulo/SP, 05 de julho de 1999).
Consuelo Leandro foi uma bailarina, vedete, locutora, atriz, comediante e humorista brasileira. Aos seis anos de idade, Consuelo Leandro foi convidada para participar de uma “Procissão do Senhor dos Passos de São Benedito” e descobriu o seu fascínio pela vida artística. Consuelo Leandro se vestiu de anjo e exigiu que a mãe bordasse uma enorme cruz de strass em sua roupa, pois queria brilhar. Depois das procissões, aproveitava cada brecha para exercer alguma atividade no meio artístico. No colégio de freiras, representava, dançava e tocava piano. Maria Consuelo adotou o nome artístico de Consuelo Leandro em homenagem à avó Consuelo e uma provocação ao avô Leandro, rígido militar que era contra sua entrada na vida artística. Consuelo Leandro deixou a casa dos pais para ingressar na carreira de atriz. Consuelo entrou para a escola de dança do “Teatro Municipal” e seu primeiro papel nos palcos veio no “Teatro do Estudante”. Com o sucesso da apresentação, Consuelo Leandro se viu com duas opções para iniciar a carreira profissional. O teatro de revista ou a comédia. Consuelo Leandro optou pela primeira e estreou com a “Companhia Zico Ribeiro” na peça “Carrossel de Mulheres”. Depois da estreia no teatro, Consuelo partiu para o rádio e sua voz ficou famosa no Brasil todo por meio da “Rádio Nacional” onde ela fazia radioteatro e o humorístico “Balança, Mas Não Cai”, mais tarde adaptado para televisão. Seu primeiro filme foi "Três Recrutas" de Eurípedes Ramos. Consuelo Leandro fez mais de vinte filmes, vários deles como protagonista e foi dirigida por grandes nomes do cinema nacional. Consuelo Leandro fez os filmes “Três Recrutas”, “Com a Mão na Massa”, “Carnaval em Caxias”, “O Petróleo é Nosso”, “Angu de Caroço”, “Tira a Mão Daí!”, “Espírito de Porco”, “No Mundo da Lua”, “Pistoleiros Bossa Nova”, “Mulheres à Vista”, “Sai Dessa, Recruta”, “A Arte de Amar Bem”, “Lua-de-Mel e Amendoim”, “Gugu, O Bom de Cama”, “O Bem Dotado, o Homem de Itu”, “Como Faturar a Mulher do Próximo”, “Ousadia”, “O Menino Arco-Íris”, “Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez” e “O Escorpião Escarlate”. No filme “A Arte de Amar Bem”, Consuelo interpreta (Cremilda), seu personagem humorístico mais famoso. No papel do marido "podre de rico" (Oscar) aparece Otello Zeloni. Mas sua participação mais comentada veio quando fez "O Bem Dotado, O Homem de Itu" ao lado de Nuno Leal Maia e grande elenco. Conhecida pelo seu jeito debochado, pelas caretas e risadas altas, Consuelo se destacou na TV em humorísticos como "Noites Cariocas", "Praça da Alegria", "A Praça é Nossa" onde fazia, novamente, a esnobe (Cremilda) e "A Escolinha do Golias" no SBT. Consuelo esteve ainda ao lado de Sílvio Santos, no programa "Hot Hot Hot". Na mesma emissora, participou da novela "Brasileiras e Brasileiros" e na TV Globo, fez "Cambalacho" novela de Sílvio de Abreu onde viveu a inesquecível (Lili Bolero). Consuelo Leandro, ao longo da carreira conquistou vários prêmios, entre eles três “Roquete Pinto” e outros três “Troféu Imprensa”. Consuelo Leandro foi casada duas vezes e não teve filhos. A primeira com o humorista Agildo Ribeiro e a segunda com Stephan Erik Karl Friedrich Johann Gardemann. Consuelo era fumante e foi submetida, uma década antes de sua morte, a uma cirurgia de emergência para a implantação de três pontes de safena. Consuelo Leandro sofria de insuficiência coronária. Consuelo Leandro morreu de falência múltipla dos órgãos, consequência de diabetes e de um câncer de bexiga.