Clarice José do Amaral
(MG, 12 de outubro de 1935)
(Cunha/SP, 27 de junho de 2020).
Clarice Amaral foi uma garota-propaganda e apresentadora de TV e de rádio brasileira. Clarice Amaral foi uma das principais garotas-propaganda e apresentadoras da televisão paulista. Ela iniciou seu trabalho artístico na TV Cultura, quando esta ainda pertencia às “Emissoras Associadas” de propriedade de Assis Chateaubriand. Mas isso durou pouco, pois logo a emissora foi vendida para a “Fundação Padre Anchieta” e passou a funcionar, nos belos jardins da zona leste de São Paulo, onde ainda permanece. Clarice foi uma das pioneiras da televisão no Brasil, tendo iniciado a carreira de apresentadora aos dezenove anos, no primeiro programa infantil brasileiro com plateia, o “Grande Gincana Kibon”, na Record TV, criado quando a emissora percebeu o forte apelo comercial das crianças, que só tinham alguns seriados voltados para si, mas nenhum programa de auditório. O programa permaneceu no ar por quatorze anos quando Clarice decidiu galgar um programa adulto. Pelo programa “Grande Gincana Kibon”, Clarice Amaral foi indicada e venceu o “Troféu Imprensa” na categoria de melhor animadora de televisão. Clarice Amaral também esteve na TV Tupi, TV Record, TV Excelsior e TV Gazeta. Clarice comandou na TV Cultura o programa “São Paulo, Capital Rua Augusta” que mostrava pontos turísticos e gastronômicos na capital paulista. Nesse programa, Clarice Amaral se destacou bastante e chegou a apresentar o ”Ginkana Kibon”, ao lado do famoso Vicente Leporace e ambos criaram um estilo que foi muito elogiado. Clarice Amaral também comandou o “Clarice Amaral em Desfile” na TV Gazeta, um dos primeiros programas destinados ao universo feminino contemporâneos, que unia temáticas de casa, com mercado de trabalho e saúde da mulher, a moda no Brasil, com desfiles. “Clarice Amaral em Desfile” e o programa ”Vida em Movimento” de Vida Alves foram os primeiros programas femininos transmitidos em cores, os fabricantes de televisores citavam esses dois programas, em suas propagandas, para venderem mais produtos. O programa de Clarice começou com uma hora de duração, mas foi crescendo a acabou ocupando praticamente a tarde toda, pois era um programa muito rentável. Bem feminino, fazia inúmeros comerciais ao vivo, usando quase sempre a própria Clarice, que com isso conseguiu ganhar bastante dinheiro. Também por essa razão, Clarice Amaral é considerada a criadora do merchandising na TV. Clarice se tornou, de fato, o maior nome feminino da programação vespertina das emissoras. Após dez anos de exibição, Clarice decidiu deixar a televisão, alegando que não gostaria de envelhecer diante das câmeras e passa, então, a apresentar o “Programa Clarice Amaral” na “Rádio Mulher”, permanecendo por cinco anos. Clarice, contudo, sofreu um traumático assalto em sua casa, o que a fez deixar a carreira artística e se mudar para Cunha, na baixada litorânea de São Paulo, decidindo levar uma vida anônima e longe dos holofotes desde então. Não há informações sobre a vida pessoal ou os motivos que levaram a apresentadora Clarice Amaral à morte.