Aloísio Ferreira Gomes                     

(Salvador/BA, 29 de dezembro de 1927)          

(Mogi das Cruzes/SP, 21 de março de 2014). 

Canarinho foi um ator, cantor, compositor, jornalista, apresentador e humorista brasileiro, conhecido por suas participações no programa “A Praça é Nossa”. Seu pai se chamava Gonçalo Gomes e a mãe, Luzia Ferreira Gomes. Eram pobres. O pai de Canarinho morreu assassinado e a mãe faleceu, quando Canarinho tinha doze anos. Com essa idade, o garoto já era um adulto, cuidava de suas próprias roupas, fazia comida, pagava o aluguel, tinha de se sustentar. Desde pequeno, Canarinho gostava de música e de arte, tocava violão e cavaquinho. E cantava bem. Era chamado de "o pequeno Orlando Silva". Durante a “Segunda Guerra Mundial”, Canarinho trabalhou com os norte-americanos na Bahia.  Ele adotou o nome de Canarinho quando começou a carreira, cantando na “Rádio Excelsior” da Bahia. Canarinho começou a atuar aos dezessete anos. Canarinho trabalhou no rádio, cinema e televisão. Antes mesmo de participar do humorístico “A Praça é Nossa”, porém, tinha sido apresentador do programa “Clube dos Artistas” Canarinho já era cantor profissional, cantando na “Rádio Excelsior” da Bahia. Canarinho chegou à cidade de São Paulo com o conjunto de samba do internacional Russo do Pandeiro. Canarinho atuou em novelas, como as primeiras versões de "Meu Pecadinho de Chão" e "Sinhá Moça". Canarinho foi redator, escrevendo para o "Programa Show Canarinho", "Domingo é Dia", entre outras atrações. E no cinema, Canarinho participou de "Nos Tempos da Vaselina", “As Testemunhas Não Condenam”, “A Desforra”, “Sábado Alucinante”, “Diabólicos Herdeiros”, “Meu Pedacinho de Chão”, “Jerônimo, o Herói do Sertão”, “O Dia em Que o Santo Pecou”, “Bacalhau”, “Guerra é Guerra”, “Costinha e o King Mong”, “Snuff, Vítimas do Prazer”, “Maneco, o Super Tio”, “A Dama da Zona” e “Tem Piranha no Aquário”. Canarinho foi colunista de esportes do jornal “Folha da Manhã” e ganhou notoriedade ao participar do programa humorístico denominado “Praça da Alegria” se  tornando um comediante instantâneo. Após sair do programa, Canarinho começou a fazer shows humorísticos. Logo em seguida, se tornou um dos participantes do programa “Praça Brasil”. Canarinho participou também da primeira versão da série “Sítio do Pica-Pau Amarelo” da TV Globo, onde interpretava o personagem (Garnizé), fazendo parceria com Tonico Pereira, que interpretava o personagem (Zé Carneiro). Com a volta do programa “A Praça é Nossa” no SBT, Canarinho ganhou um personagem fixo.  O personagem costumava usar o telefone orelhão próximo de outras pessoas, falando alto. Ele se intrometia nas conversas alheias e sempre tinha que correr para não apanhar no final do esquete.  No quadro, seu parceiro constante era o ator e comediante Carlos Koppa. Canarinho interpretou também o personagem (Boneco). Canarinho foi afastado do humorístico “A Praça é Nossa”. Entretanto, logo após o ocorrido, continuou no elenco do programa, por meio de shows de humor, mesmo que ele não se mostrasse presente nos estúdios do SBT para fazer o papel de telefonista no programa humorístico. Canarinho voltou a participar do programa nos estúdios da emissora de Silvio Santos, provando, na opinião de alguns, que o seu suposto afastamento foi mais um ato de marketing do referido humorístico. Afastado por problemas de saúde, ele não atuava com tanta frequência no humorístico. Suas últimas interpretações foram dando vida ao pai de santo (Pai Peroba). Canarinho era casado com Rosa Maria com quem teve dois filhos, Aloísio e Alberto. Canarinho morreu de infarto fulminante.