Basza Ajs
(Varsóvia/POLONIA, 23 de março de 1926)
(Rio de Janeiro/RJ, 29 de setembro de 2025).
Berta Loran foi uma atriz, autora, humorista, produtora, diretora, dançarina, cantora e garota-propaganda polonesa de origem judaica naturalizada brasileira com atuação em música, rádio, teatro, cinema e TV. Berta Loran era filha do ator e alfaiate José Ajs e Jaia Gitla Arszeck. Berta Loran teve maior destaque como humorista e integrou a “Cia. Dercy Gonçalves” e a “Cia. Luso-Brasileira de Variedades”. Aos ONZE anos, Berta se mudou com os pais e os CINCO irmãos para o Brasil, fugindo do nazismo na Europa. Ao chegar, a família se instalou em um sobrado, no Rio de Janeiro. Ao ingressar no teatro, por incentivo do pai, , passou a adotar o nome artístico de Berta Loran. Depois de se casar a primeira vez e morar DOIS anos em Buenos Aires e SETE anos em Portugal, onde fez muito sucesso como atriz, Berta volta ao Brasil e, alguns anos depois, se separa do marido. Berta iniciou a carreira se apresentando em clubes da comunidade judaica. Em teatros de comunidades judaicas apresentava-se com uma irmã como a dupla Berta e Bela Ais. Seu primeiro papel para grandes públicos foi interpretado em teatro de revista, aos VINTE E SEIS anos, a convite do maestro Armando Ângelo, com quem havia trabalhado anteriormente. No teatro, Berta Loran fez as peças “Não Vou no Golpe”, “Defesa da Borracha” (dançarina), “Turnê da Cia. Handfuss em Buenos Aires”, “Balança, Mas Não Cai”, “O Pequenino é o Maior!”, “O Pudim de Ouro”, “A Túnica de Vênus” (Artemisa), “O Bode Está Solto”, “Paris de 1900”, “Ponto e Banca”, “Cala a Boca, Etelvina!”, “Eu Sou Tarada”, “Tudo de Fora”, “Uma Pulga na Camisola”, “Tem Nego Bebo Aí”, “Aperta o Cinto”, “Castiga o Couro”, “Nonô Vai na Roça”, “Com Jeito Vai” (no Brasil e em Portugal), “Mão na Toca”, “Trem Paulista”, “Fogo no Pandeiro” (Vedete em Portugal, Espanha e em países da África), “Ai Mexe... Remexe” (Vedete em Portugal), “Champanhe Saloio” (em Portugal), “Caiu do Céu Uma Noiva/Boeing, Boeing” (Aeromoça, em Portugal), “Um Trapézio Para Lisítrata” (em Portugal), “Como Vencer na Vida Sem Fazer Força” (ao lado de Procópio Ferreira, Marília Pêra e Moacyr Franco), “A Empregada Importada”, “A Dama do Maxim´s” (Madame Petipon), “Poeira de Estrelas 1965”, “Alô, Dolly!”, “Orquídeas Para Cláudia” (Dona Solange), “Dura Lex, Sed Lex, no Cabelo Só Gumex” (Princesa Isabel), “Jorginho, o Machão”, “Elas Querem é Leite” (autoria, direção e produção), “O Rebu é Delas” (atuação, direção e produção), “O Peru” (Maggy), “Alegro Desbum” (Cremilda), “Um Quarto Para as Duas” (direção), “Vá Se Puder” (autoria e direção), “El Grande de Coca-Cola” (Consuela Hernandez), “68 ½” (autoria, direção e produção), “Mais Quero Asno Que Me Carregue Que Cavalo Que Me Derrube” (Dona Leonor), “O Atelier de Zazá” (Sra. Painessac), “A Cinderela do Petróleo” (Aleluia), “Uma Colher de Show” (direção), “Vídeo Gay” (direção), “Camas Redondas, Casais Quadrados”, “Divórcio, Cupim da Sociedade”, “O Golpe Mais Louco do Mundo/Professor Kranz Tedesco di Germania” (no Brasil e na Itália), “Divirta-se Com Berta Loran” (atuação, autoria, direção e produção), “Viva a Nova República”, “A Sorte Grande”, “Três Solteironas Balançando o Rambo” (atuação e direção), “Tropicanalha: Uma Farsa Corrupta”, “As Tias”, “Os Dálmatas” (Cruela Cruel), “Loucura Gay” (direção), “Até Que As Sogras Nos Separem”, “Gay ou Girls: Eis a Questão” (direção), “Quem Vai Ficar Com a Velha?”, “Chá de Caridade” (leitura dramatizada), “Ainda Estou Aqui” (atuação, autoria, direção e produção), “Divinas Divas” (direção), “Pais Criados, Trabalhos Dobrados” e “Damas do Humor e da Canção” (atuação, autoria, direção e produção). Em rádio, Berta Loran esteve no programa “Revista Salomé no Frevo” pela “Rádio Jornal do Comércio de Recife”. Como cantora, Berta Loran fez o musical “Show Paris, Toujors Paris” (no Brasil e nos Estaods Unidos) e gravou o LP “So Para Mulheres” pelo selo “WEA”. No cinema, Berta Loran estreio no filme “Sinfonia Carioca”. Depois, Berta Loran fez os filmes “Papai Fanfarrão”, “Garotas e Samba” (Ninon Ervilha), “O Barbeiro Que Se Vira” (Margarida), “O Cantor e a Bailarina” (amiga de Natália), “A Ilha dos Paqueras”, “Em Busca do Su$exo” (Dona Helena), “Ipanema Toda Nua” (turista alemã), “Como Matar Uma Sogra”, “O Amante da Minha Mulher” (Clara), “Polaroides Urbanas” (Malka, dona da joalheira), “A Guerra dos Rocha” (Nair), “Até Que a Sorte Nos Separe 2” (Manuela), “Divinas Divas” (ela mesma), “Jovens Polacas” (Sarita), “Amarração no Amor” (Berta) e “Juntos e Enrolados” (Dona Elvira). Berta Loran foi garota-propaganda de cinema e TV e participou de campanhas comerciais para as marcas “Biotônico Fontoura”, “Pilhas Eveready”, “Colégio Impacto”, “Circulador de Ar Arno”, “Ultralar”, “Iogurteira Arno”, “Jumbo Eletro” e “Casa Guanabara Presentes”. Em TV, Berta Loran estreou na TV Tupi, no programa “Espetáculos Tonelux”. Na TV Excelsior, Berta Loran fez o humorístico “Aquela Feliz... Cidade”. Na TV Globo, Berta Loran fez os teledramas “1.001 Vidas de Horácio Disparach” (a criada Martícia) e “Bairro Feliz” (a moça difícil), os programas “Espetáculos Tonelux”, “Musicalíssima”, “Viva a Revista”, “Show da Girafa”, “Uau, a Companhia”, “Alô Brasil, Aquele Abraço”, “Grupo Escolacho” (Leda) e “Tá no Ar: A TV na TV” (ela mesma), os humorísticos “Riso Sinal Aberto”, “Balança, Mas Não Cai”, “Faça Humor, Não Faça Guerra”, “Satiricom”, “O Planeta dos Homens”, “Viva o Gordo”, “Estúdio A... Gildo!”, “A Festa é Nossa”, “Chico Anysio Show”, “Humor Livre”, “Escolinha do Professor Raimundo” (Manuela D´Além Mar/Dona Raquel Ainsberg/Dona Sara Rebeca Alencar), “Estados Anysios de Chico City”, “Chico Total” e “Zorra Total” (Dona Sara Rebeca Alencar/Maria), além de diversos especiais de fim de ano de “Viva o Gordo”, o episódio “E.T. O Extra Tomate” (a falsa Raquel Cury) do seriado “Mário Fofoca”, o episódio “O Fantasma de Canterville” (Emily) da série “Quarta Nobre”, o episódio “A Vez dos Aflitos” da série “Caso Verdade”, o episódio “Vidigal - Memórias de Um Sargento de Milícias” da série “Caso Especial”, o episódio “O Príncipe Desencantado” da série “Você Decide”, o episódio “Aquele dos Vizinhos” (Raquel) do seriado “A Diarista”, o episódio “Quero Ser Lineu Silva” (Dona Vilma) do seriadeo “A Grande Família” e o episódio “O Grande Plano” (ela mesma), quadro do programa “Fantástico”, a minissérie “Chiquinha Gonzaga” (beata) e as novelas “Guerra dos Sexos” (Pepa Souza), “Amor Com Amor Se Paga” (Frosina), “Vereda Tropical” (carcereira), “Cambalacho” (Sra. Souza), “Torre de Babel” (Sara Bentes), o remake de “Ciranda de Pedra” (jurada do Miss Suéter), “Cama de Gato” (Loló), “Cordel Encantado” (Efigênia de Seráfia do Norte, a rainha-mãe) e “A Dona do Pedaço” (Dinorá Macondo), além de diversas vinhetas institucionais “Um Novo Tempo”. Na TV fechada Multishow, Berta Loran fez o seriado “Por Isso Eu Sou Vingativa” (Dona Lourdes) e os episódios “Subúrbio Adventure” (Adelaide Lacerda) e “A Grande Surpresa” (Adelaide Lacerda) do seriado “Vai Que Cola”. Berta Loran foi casada com o ator judeu Suchar Handfuss (quando passou a assinar o nome cível de Basza Ajs Handfuss). Em entrevistas, Berta Loran revelou que não amava o primeiro marido e que se casou com ele apenas para sair de casa e conquistar sua independência. Revelou ter engravidado do marido DUAS vezes, mas devido ao fato de não gostar dele, aliado as dificuldades financeiras que passavam e a vontade de alavancar sua carreira, optou por fazer abortar as DUAS vezes. Após alguns anos solteira e mantendo relacionamentos esporádicos com alguns artistas, Berta Loran se casou novamente com o empresário e ex futebolista paulistano chamado Júlio Marcos Jacoba. Berta Loran foi casada com o cantor Paulo de Carvalho e estava casada com o ator Claudionor Vergueiro. Berta Loran estava internada e teve morte natural em função da senilidade.