Ângela Maria Diniz Gonsalves                                                          

(Rio de Janeiro/RJ, 05 de dezembro de 1949)                                           

(Rio de Janeiro/RJ, 08 de setembro de 2025). 

Ângela Rô Rô foi uma cantora, compositora, produtora, pianista, letrista, locutora e apresentadora brasileira com atuação em rádio, música, teatro, cinema, internet e TV. Ângela Rô Rô era filha do Sr. Gonsalves e de Maria da Conceição Baptista Diniz. Ângela Rô Rô foi considerada pela revista “Rolling Stone” a TRIGÉSIMA TERCEIRA maior voz da música brasileira. O apelido Rô Rô foi dado na infância por meninos do seu bairro devido a sua voz rouca. Ângela Rô Rô começou a estudar piano clássico aos CINCO anos, influenciada por ícones como Elis Regina, Maysa, Jacques Brel e Ella Fitzgerald, a quem elegeria posteriormente como ídolos musicais. No auge da ditadura militar brasileira, Ângela Rô Rô foi para a Europa após o pai pagar passagem de ida. A de volta, não sabe se não, por falta de dinheiro ou porque simplesmente não queria mais vê-la. Ângela Rô Rô foi primeiro para a Itália, onde conheceu o cineasta Glauber Rocha. Depois, se mudou para Londres. Lá, foi faxineira num hospital, garçonete e lavadora de pratos num restaurante. Nessa época, já compunha, se apresentava em pubs e andava com hippies e squatters. Por indicação de Glauber Rocha, Ângela Rô Rô participou do álbum “Transa” de Caetano Veloso, tocando gaita na música "Nostalgia”. Ao voltar para o Rio de Janeiro, Ângela Rô Rô se apresentou em casas noturnas de espetáculos em Ipanema até ser contratada pela gravadora “Polygram/Polydor” (atual “Universal Music”). O primeiro LP, lançado exclusivamente com composições da cantora e intitulado simplesmente “Ângela Rô Rô”, se tornou um clássico da MPB, ao abrigar numa mesma safra canções como "Gota de Sangue", "Balada da Arrasada", "Agito e Uso", "Tola Foi Você" e "Amor, Meu Grande Amor". O disco seguinte, “Só Nos Resta Viver”, trouxe a faixa-título e a regravação de "Bárbara" (Chico Buarque e Ruy Guerra), presente na peça de teatro “Calabar”, além de "Meu Mal é a Birita", na qual a cantora fala sobre a fama de alcoólatra. O trabalho seguinte, “Escândalo!”, apresentou uma capa em formato de jornal, com o título como manchete, fazendo alusão à grande exposição de Rô Rô na imprensa por ter sido acusada de agressão pela então namorada, a cantora Zizi Possi. A canção "Escândalo" dá título ao álbum e foi composta por Caetano Veloso. DUAS características aliadas da persona pública de Ângela Rô Rô são o temperamento forte e a tendência a escândalos. Numa das entrevistas, a cantora foi levada a abandonar a apresentadora Cidinha Campos durante o programa, devido às sucessivas perguntas pessoais, desviando o centro de atenção da entrevista. Ângela se defendeu da entrevistadora argumentando que estaria abusando ao acusá-la de ser uma pessoa violenta e ao fazer alusões nada lisonjeiras sobre uso de drogas e comportamento errático. Ou outros álbuns foram “Simples Carinho”, “A Vida é Mesmo Assim”, “Eu Desatino”, “Acertei no Milhar”, “Compasso”, “Selvagem”, os álbuns ao vivo “Nosso Amor ao Armagedon”, “Ao Vivo” e “Feliz da Vida”. Ângela Rô Rô teve canções incluídas nas trilhas musicais de diversas novelas em todas emissoras que produzem dramaturgia e participou de diversos programas de TV. Em fase descendente na carreira e em meio à pandemia da Covid-19, Ângela Rô Rô chegou a pedir ajuda financeira em suas redes sociais e agendou lives na internet para arrecadar dinheiro. Ângela Rô Rô estava internada em função de crise renal e grave infecção pulmonar. Ângela Rô Rô passou por traqueostomia e foi submetida a hemodiálise, situações que agravaram seu estado de saúde. Ângela Rô Rô sofreu UMA parada cardíaca após procedimento cirúrgico e não resistiu.