Francisco Cuoco                                                                                

(São Paulo/SP, 29 de novembro de 1933)                                   

(São Paulo/SP, 19 de junho de 2025).

Francisco Cuoco foi um ator brasileiro com atuação em teatro, cinema, internet e TV.  De origem humilde, Francisco Cuoco era filho do entalhador e depois feirante italiano Leopoldo Cuoco e de Antonieta. Francisco Cuoco nasceu no paulistano bairro da Móoca, mas cresceu, junto com a Irma Grácia, no Brás, bairro vizinho. Francisco Cuoco trabalhava durante o dia com o pai na feira e à noite estudava, buscando uma profissão estável. Aos VINTE anos de idade, ao fazer vestibular, Cuoco trocou o cuso de Direito pela “Escola de Arte Dramática” da “Universidade de São Paulo”, fundada por Alfredo Mesquita, formando-se QUATRO anos depois. Ao lado de Tarcísio Meira, outro ícone da TV brasileira, Francisco Cuoco é considerado um dos principais nomes da televisão nacional. Cuoco ganhou destaque ao interpretar galãs marcantes em diversas produções durante mais de TRÊS décadas, deixando um legado significativo na dramaturgia brasileira. Francisco Cuoco estreou em peças do “Teatro Brasileiro de Comédia” e depois atuou pela companhia “Teatro dos Sete”, trabalhando com diretores como Alberto D'Aversa, Gianni Ratto, Fernando Torres e atores como Ítalo Rossi, Fernanda Montenegro, Carminha Brandão. Seu primeiro protagonista no teatro foi o personagem (Werneck), de “O Beijo no Asfalto”, de Nélson Rodrigues, com direção de Fernando Torres. No teatro, Francisco Cuoco esteve, pela ordem,  nas peças “O Anúncio Feito à Maria”, “As Três Irmãs”, “A Bilha Quebrada”, “Os Apaixonados Pueris”, “A Madona de Éfeso”, “A Pedreira das Almas”, “A Senhoria”, “Quando se Morre de Amor”, “Romanoff e Julieta”, “Cristo Proclamado”, “Com a Pulga Atrás da Orelha”, “Mambembe”, na já citada “O Beijo no Asfalto”, “O Médico Volante”, “O Velho Ciumento”, “O Homem, a Besta e a Virtude”, “Panorama Visto da Ponte”, “Boeing Boeing”, “Boeing-Airbus”, “A Infidelidade ao Alcance de Todos”, “O Assalto”, “Hedda Gabler”, “Os Três Homens Baixos”, “O Último Bolero”, “Paixão de Cristo de Nova Jerusalém”, “Circuncisão em Nova York”, “Deus é Química”, “Judy Garlandy e o Fim do Arco Íris”, “Uma Vida no Teatro”, “Electra” e “Paixão e Morte de Um Homem”. Na TV, Francisco Cuoco começou na TV Tupi participando da série “Grande Teatro Tupi”, no qual fez vários episódios e a novela “Por Amor Não é Amor”. Francisco Cuoco também trabalhou na TV Rio, onde fez a novela “A Morta Sem Espelho” (Dr. Odorico), então uma coprodução com a TV Record, onde Francisco Cuoco também trabalhou nas novelas “Marcados Pelo Amor” (Victor) e “Banzo” (Mário). Francisco Cuoco começou a ganhar destaque na TV Excelsior atuando nas novelas “Ainda Resta Uma Esperança” (Alcides), “Os Quatro Filhos” (Luiz), “O Pecado de Cada Um” (Daniel), “Renúncia” (Miguel Borges), “Almas de Pedra” (Felipe), “Redenção” (Dr. Fernando Silveira), novela onde viveu seu primeiro protagonista e que é a recordista de permanência no ar, tendo QUINHENTOS E NOVENTA E SEIS capítulos e tebndo ficado DOIS anos no ar, “Legião dos Esquecidos” (Felipe) e “Sangue do Meu Sangue” (Carlos Rezende e Lúcio Rezende). A consolidação, contudo, veio a partir de sua transferência para a TV, onde Cuoco permaneceu até os últimos anos de sua vida. Na emissora, Francisco Cuoco estreou na novela “Assim na Terra Como no Céu” (Vitor Mariano) e imortalizou personagens emblemáticos como o emergente (Gilberto Athayde), em “O Cafona”, o injustiçado (Cristiano Vilhena), em “Selva de Pedra”, o taxista (Carlão), em “Pecado Capital”, o vidente (Herculano Quintanilha), em “O Astro” , os sósias (Denizard) e (Paulo Della Santa) em “O Outro”, o deputado (Severo) em “O Salvador da Pátria”. Na TV Globo, Francisco Cuoco fez ainda as novelas “O Semideus” (Alexandre Garcia Maia), “Cuca Legal” (Mário Barroso), “Saramandaia” (Tiradentes em participação especial), “Duas Vidas (Vítor Amadeu), “Feijão Maravilha” (Dono do galinheiro), “Os Gigantes” (Francisco), “Sétimo Sentido” (Tião Bento), “Eu Prometo” (Lucas Cantomaia), “Lua Cheia de Amor” (Diego Miranda e Estebán Garcia),”Deus nos Acuda” (Otto Bismark), “Tropicaliente” (Gaspar Velasquez), “A Próxima Vítima” (Dr. Hélio Ribeiro), “Quem é Você?” (Nélson Maldonado), o remake de “Pecado Capital” (Salviano Lisboa), “As Filhas da Mãe” (Fausto Cavalcante), “O Clone” (Padre Matiolli), “Agora é Que São Elas” (Raul Tigre), “Da Cor do Pecado” (Pai Gaudêncio), “América” (Zé Higino), “Cobras & Lagartos” (Omar Pasquim e Vicentino Pereira), “Duas Caras” (ele mesmo), “Negócio da China” (Dr. Evandro Fontanera), “Passione” (Olavo Souza e Silva), o remake de “O Astro” (Ferragus Ferraz), “Amor à Vida” (Rubão Carvalho), “A Vida da Gente” (Mariano Vilaça), “Boogie Oogie” (Vicente dos Santos), “I Love Paraisópolis” (Evaristo Mateus Salsete), “Sol Nascente” (Gaetano di Angeli), “Pega-Pega” (Seu Chico), “Segundo Sol” (Nestor Maranhão) e “Salve-se a Quem Puder” (ele mesmo). Francisco Cuoco foi um dos galãs preferidos da autora de novelas Janete Clair. Na TV Globo ainda, Francisco Cuoco fez os episódios “Meu Primeiro Baile” (primeiro programa gravado inteiramente a cores na TV brasileira) e “Mandrake” (Rodolfo Cavalcanti Méier) da série “Caso Especial”, os episódios  “Cobiça” (Jair Pinheiro), ”O Escândalo” (Gil Canto) e “Uma Mulher Quase Honesta” (Padre) da série “Você Decide”, o telefilme “Menino do Engenho” (Coronel José Paulino), os seriados “Obrigado, Doutor” (Rodrigo Junqueira), o episódio “O Preço de Uma Vida” (Ivan Maciek) do seriado “A Justiceira”, o episódio “Meia Encarnada Dura de Sangue” do seriado “Brava Gente”, o episódio “Galinha Que Come Pedra” (Dr. Pauleta) do seriado “Toma Lá, Dá Cá”, o episódio “Amor Não Tem Idade” (Geraldo) do seriado “Dicas de um Sedutor”, o episódio “O Fim da História” (Fortuna de Souza, o Toninho) do seriado “Doce de Mãe”,  um episódio (ele mesmo) do programa “Tá no Ar: A TV na TV”, os episódios “A Enorme Família” (Oduvaldo Carrara), “Quem é Morto Sempre Aparece” (Oduvaldo Carrara) e “Guerra e Paz” (Oduvaldo Carrara) do seriado “A Grande Família”, os episódios “A Travessura de Cassandra” (Ney e Neila) e “Algo Brega no Reino da Dinamarca” (Lindovando Batista) do seriado “Saí de Baixo”, o episódio “Dia de Fortuna” (Seu Lauro) no seriado “No Corre”, o episódio piloto (Feldman) e os episódios “A Nova Namorada, o Chefe e o Dia Fértil” (Dr. Anísio) e “O Colar, O Cachorro e o DVD” (Dr. Edgar) do seriado “Casos & Acasos”, a terceira temporada de “Malhação” (Orestes Maldonado), as minisséries “Memórias de um Sargente de Milícias” (Vidigal), “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (Delegado Garcia) e “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes” (Augusto), os especiais de fim de ano “Visita de Natal” (pai desabrigado), “A Princesa e o Vagabundo” (Germain) e “Juntos a Magia Acontece” (Padre Francisco), da QUINTA temporada do quadro “A Dança dos Famosos” no programa “Domingão do Faustão”, das vinhetas de fim de ano da TV Globo e como convidado no “Programa do Jô”. Francisco Cuoco foi um dos homenageados do programa “Tributo”. No cinema, Francisco Cuoco fez os filmes “Pedro e Paulo” (transviado), “Anuska, Manequim e Mulher” (Bernardo), “Traição” (Argemiro Santos), “Gêmeas” (Dr. Jorge), “Um Anjo Trapalhão” (pai desabrigado), “Os Xeretas” (Stegner), “O Castelo” (narrador), “Cafundó” (Bispo), “Didi, o Caçador de Tesouros” (Guardião) e “Real Beleza” (Pedro). Na Internet, Francisco Cuoco foi narrador do programa “A Vida dos Santos” num canal do Youtube/Warner Music/Spotfy. Francisco Cuoco teve uma série de desentendimentos com a atriz Carolina Ferraz na época em que ambos faziam par romântico no remake da novela “Pecado Capital”, porque ela teria se recusado a gravar cenas românticas com ele e beijá-lo em cena. Esses conflitos obrigaram a autora Glória Perez a criar uma personagem inédita entregue a atriz Vera Fischer para ser o novo par romântico de na Francisco Cuoco trama. Em entrevistas, Cuoco chegou a dizer que Ferraz era intratável. Anos mais tarde, a atriz revelou que a mágoa entre ambos já havia sido superada. Francisco Cuoco foi vítima de um sequestro-relâmpago no Rio de Janeiro enquanto se dirigia para o “Teatro Miguel Falabella”, onde estava em cartaz com a peça “O Último Bolero”. Francisco Cuoco, seu motorista e a produtora da peça, Tatiana Amaral, foram parados por um veículo com SETE assaltantes. Os bandidos renderam os TRÊS e ficaram circulando com o carro do ator durante cerca de VINTE minutos, até decidirem deixá-los no bairro de  São Cristóvão. O modelo Anthony Junior entrou na justiça alegando ser filho de Francisco Cuoco, fruto de um caso de sua mãe, embora o ator negasse. Um exame de DNA resultou. Francisco Cuoco foi premiado pela “Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA” como melhor ator coadjuvante, na peça “Boeing-Boeing” . Além desse prêmio, Francisco Cuoco foi premiado também QUATRO troféus “Imprensa” por ator revelação e melhor ator em “Redenção”, melhor ator em “O Cafona” e melhor ator em “Selva de Pedra”, de melhor ator por “Traição” no “Festival Internacional de Cinema de Brasília”, no “Prêmio Arte Qualidade Brasil” de melhor ator coadjuvante por “América” e dos prêmios “Contigo de TV” e “Mário Lago” pelo conjunto da obra. Francisco Cuoco foi casado com a atriz Carminha Brandão, DOZE anos mais velha que ele. Posteriormente se casou com Virgínia Rodrigues, com quem teve TRÊS filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo e teve um relacionamente com a estilista Thaís Almeida, CINQUENTA E SETE anos mais jovem. Francisco Cuoco estava morando com a irmâ. Francisco Cuoco lidava com dificuldades de locomoção, havia ganhado muito peso e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos. O ator havia permanecido VINTE dias internado em razão dos problemas de saúde que enfrentava nos últimos anos.