Luiz Carlos Alborghetti
(Andradina/SP, 12 de fevereiro de 1945)
(Curitiba/PR, 09 de dezembro de 2009).
Luiz Carlos Alborghetti, mais conhecido apenas por Alborghetti foi um radialista, jornalista, político e apresentador brasileiro com atuação em jornalismo impresso, rádio, internet e TV. Alborghetti se mudou para o Rio de Janeiro aos DEZESSEIS anos para estudar. Aos VINTE E UM anos, Alborghetti iniciou a carreira de radialista na cidade de Goioerê, Paraná, onde foi apresentador de um programa na “Rádio Goioerê”, na cidade, também atuou no extinto jornal “Folha do Vale do Piquiri”. Alborghetti se mudou para Londrina, para trabalhar na “Rádio Tabajara”, num programa policial que criou e que viria a ser a base do seu programa de televisão, onde relatava os crimes ocorridos na cidade. TRÊS anos mais tarde, Alborghetti estreou o programa de televisão chamado "Cadeia", inicialmente para a cidade de Londrina, sendo ampliado posteriormente para todo o estado do Paraná. Várias características marcaram a atuação de Alborghetti na televisão: o discurso ácido, uma toalha dependurada sobre os ombros, os óculos de leitura, uma caneta entre os dedos da mão direita e um porrete de madeira, que ele usava para descontar sua raiva batendo em qualquer objeto que visse, principalmente em sua mesa, sempre que algo o enfurecia. Um dos seus mais conhecidos discipulos é o apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, que trabalhou como repórter policial para ele por DOZE anos, tendo sido lançado em seu programa. Com a frase "Esse governador de São Paulo, Fleury, é um bundão!", dirigida ao então governador do estado de São Paulo na época, Luiz Antônio Fleury Filho, Alborghetti foi afastado temporariamente do programa que comandava, “Cadeia Nacional”, dando oportunidade para Ratinho apresentar o programa. Alborghetti possuía um tom inflamado e desafiador contra a criminalidade, defendendo o linchamento de criminosos e criticando duramente ativistas de direitos humanos, que segundo ele, seriam "defensores de bandidos". Ao denunciar o tráfico no Rio de Janeiro, Alborghetti chamou a facção criminosa “Comando Vermelho” de "bando de bichas". Também, ao comentar sobre o “PCC”, chamou seu líder Marcos Camacho (o Marcola) de "bundeiro" e "dador de bunda". Através do “Ministério Público”, Alborghetti impediu que a banda “Planet Hemp” se apresentasse no Paraná, devido às letras do grupo que consistiam basicamente no apoio à descriminalização do uso da maconha. Alborghetti estreou o programa “Cadeia Sem Censura”, veiculado de segunda a sexta-feira, na “Rede Intervalo de Comunicação”, uma rádio pela internet, baseada em Curitiba, posteriormente transformada em programa de televisão que ficou SEIS meses no ar. Por falta de patrocinadores, o programa saiu do ar, fazendo com que Alborghetti migrasse para a “Rádio Colombo”, também de Curitiba. Alguns de seus vídeos acabaram se popularizando na internet, como o episódio em que ele comenta o filme “300”. Alborghetti passou a ser referenciado na televisão: o programa “Hermes e Renato”, da MTV Brasil, fez uma paródia do programa de Alborghetti no quadro "Chapa Quente", em que o apresentador Bradock faz o papel de jornalista policial e também no programa “Pânico na TV” da Rede TV!, com vinhetas do jornalista dizendo “O Capeta Existe” e outros vídeos clássicos. Alborghetti foi homenageado pelo humorista Márvio Lúcio no “Video Show” da TV Globo. Alborghetti passou a apresentar seu programa “Cadeia Sem Censura” exclusivamente pela internet, de segunda a sexta-feira e disponibilizava os programas em sua comunidade oficial do “Orkut”. Alborghetti apresentou o programa “Plantão Mais”, na “Rádio Mais AM” e o programa o “Cadeia Sem Censura” na Fusão TV. Alborghetti estreou o “Cadeia Nacional”, levando seu programa para todo o Brasil, através da Rede OM de Televisão, atual “Central Nacional de Televisão - CNT”, que possuía em seu quadro de afiliadas a TV Gazeta de São Paulo. Seu jargão mais famoso era “bandido bom é bandido morto”. Como político, Alborghetti foi eleito vereador em Londrina e, QUATRO anos depois, deputado estadual, sendo reeleito mais DUAS vezes. Em 2002, Alborghetti tentou novamente a reeleição, sem sucesso. Alborghetti era casado com Maria Auxiliadora com quem teve QUATRO filhos. Em março de 2009, Alborghetti descobriu que estava com câncer de pulmão. Desde então, iniciou o tratamento e, com o decorrer do tempo, passou a ser acompanhado por especialistas em sua residência. Alborghetti morreu em decorrência de complicações da enfermidade.