José de Ribamar Ferreira
(São Luís/MA, 10 de julho de 1930)
(Rio de Janeiro/RJ, 04 de dezembro de 2006).
Ferreira Gullar foi um escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo com atuação em literatura, música, teatro e TV. Ferreira Gullar é UM dos ONZE filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart. Ferreira Gullar impactou a poesia brasileira com seu livro “A Luta Corporal” e logo depois se tornou um jornalista de destaque no Rio de Janeiro, escrevendo sobre Artes Plásticas no “Jornal do Brasil”. Ferreira Gullar se destaca com projetos culturais no “Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes” e firma frutíferas parcerias. Ferreira Gullar escreve com Vianinha a peça “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come”, que com direção de Gianni Ratto, ganha o “Prêmio Saci” e também o “Prêmio Moliere” referente ao teatro carioca. Exilado pela ditadura militar brasileira, Ferreira Gullar lança o livro “Poema Sujo”, aclamado em toda América Latina. Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Lucy Teixeira, Lago Burnett, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, “A Ilha”, da qual foi um dos fundadores. Morando no Rio de Janeiro, Ferreira Gullar participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os. Ferreira Gullar foi militante do “Partido Comunista Brasileiro - PCB” e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, na Argentina e Chile. Ferreira Gullar foi postulante eleito da cadeira TRINTA E SETE na “Academia Brasileira de Letras”. Ferreira Gullar foi reverenciado pelos maiores poetas e escritores brasileiros de sua geração. Na TV, Ferreira Gullar adaptou a peça “Só o Faraó Tem Alma” de Silveira Sampaio para o seriado “Aplauso” e escreve “Dona Felinta, A Rainha do Agreste” com Jofre Soares, Lélia Abramo e direção de Paulo José para o mesmo seriado, além de diversas outras obras para seriados e séries. Ferreira Gullar foi homenageado pelo “Instituto Moreira Salles”, com UM volume do “Caderno de Literatura Brasileira”. Ferreira Gullar foi ganhador do “Prêmio Camões”, o mais importante da Língua Portuguesa e foi contemplado com o título de “Doutor Honoris Causa”, na “Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ”. Na cidade de Imperatriz no interior do Maranhão, Ferreira Gullar ganhou em sua homenagem o “Teatro Ferreira Gullar”. Há em sua cidade natal, a Avenida Ferreira Gullar em sua homenagem. Ferreira Gullar recebeu “Prêmio Jabuti” com o livro de poesia “Em Alguma Parte Alguma”. A obra “Poema Sujo” inspirou a vídeo instalação “Há Muitas Noites na Noite”, dirigida por Silvio Tendler e a série documental, também denominada: "“Há Muitas Noites na Noite”, com SETE episódios, exibida na TV Brasil e, também dirigida por Silvio Tendler. Ferreira Gullar foi casado durantes anos com Theresa Aragão teve TRÊS filhos, Luciana, Marcos e Paulo. Marcos e Paulo, foram diagnosticados com esquizofrenia, o que levou a falar abertamente sob os dilemas das doenças mentais e o despreparo muitas vezes por profissionais brasileiros para com a doença em colunas na “Folha de S.Paulo”. Ferreira Gullar viveu com Theresa Aragão até o falecimento dela. Ferreira Gullar viveu com Theresa Aragão até o falecimento dela. Ferreira Gullar estava casado com a poeta gaúcha Claudia Ahinsa. UMA semana antes de morrer, Ferreira Gullar pediu à filha Luciana para que o levasse até a “Praia de Ipanema” e em seu leito de morte, Ferreira Gullar disse para a esposa "se me ama, me deixa ir em paz". Ferreira Gullar morreu em decorrência de vários problemas respiratórios que culminaram em uma pneumonia.