Oswaldo Gogliano                                             

(São Paulo/SP, 24 de junho de 1910)                           

(Rio de Janeiro/RJ, 11 de junho de 1962).

Vadico foi um compositor, maestro, regente e instrumentista (sobretudo piano) brasileiro com atuação em música, rádio, teatro e TV. Vadico nasceu e viveu no Brás com os pais até aproximadamente os VINTE anos, quando abandonou o ofício para cantar em festivais. Vadico começou a estudar música aos DEZESSEIS anos e DOIS anos depois tocava piano profissionalmente, época em que venceu um concurso com "Isso Mesmo é Que Eu Quero". "Arranjei Outra" foi gravada por Francisco Alves e "Deixei de Ser Otário" foi incluída na trilha sonora do filme "Acabaram-se os Otários". Vadico conheceu Noel Rosa por intermédio de Eduardo Souto, nos estúdios da gravadora “Odeon”, que de imediato pôs letra em "Feitio de Oração", seguida de parcerias notáveis como "Feitiço da Vila", "Pra Que Mentir", "Conversa de Botequim", "Cem Mil Réis", "Provei", "Tarzã, o Filho do Alfaiate", "Mais um Samba Popular", "Quantos Beijos" e "Só Pode Ser Você". Com  Marino Pinto, Vadico compôs sucessos como "Prece" e "Súplica". Vadico também fez parceria com Vinícius de Moraes em "Sempre a Esperar". Vadico foi para os Estados Unidos se apresentar com a orquestra de Romeu Silva na “Exposição Internacional de Mundial” de Nova Iorque. No ano seguinte, retornou e se radicou na Califórnia, onde viveu durante OITO anos. Lá, Vadico gravou músicas do filme "Uma Noite no Rio", com Carmen Miranda, e a partir de então, se tornou pianista da cantora luso-brasileira e do “Bando da Lua”. A pedido da “Universal Pictures”, Vadico compôs "Ioiô" - que acabou virando tema de outro filme. A convite de Walt Disney, Vadico musicou o desenho animado "Saludos, Amigos", que apresentava o papagaio (Zé Carioca) como símbolo do Brasil. Vadico rodou a Europa e as Américas dirigindo a orquestra da “Companhia de Bailados” de Katherine Dunham. Vadico morou QUINZE anos nos Estados Unidos, onde conseguiu cidadania e estudou com o maestro Mario Castelnuovo-Tedesco. Vadico voltou ao quando começou a trabalhar como diretor musical da TV Rio. Recusando um convite para ser parceiro musical da peça “Orfeu da Conceição” de Vinícius de Moraes, Vadico acabou abrindo oportunidade para a famosa parceria do poeta com um músico então desconhecido, Tom Jobim, iniciando uma das mais brilhantes e produtivas parcerias da MPB. Embora não tão reverenciado, Vadico foi um dos parceiros mais constantes do sambista carioca Noel Rosa. Não há informações sobre a vida pessoal de Vadico. Vadico sofreu uma ataque cardíaco e morreu enquanto se preparava para um ensaio com uma orquestra no “Estúdio da Columbia”.