PAULO MACHADO DE CARVALHO (90 anos) 

Paulo Machado de Carvalho                                                

(São Paulo/SP, 09 de novembro de 1901)                  

(São Paulo/SP, 07 de março de 1992).

Paulo Machado de Carvalho foi um advogado e empresário brasileiro com atuação em rádio e TV. Paulo Machado de Carvalho era filho de Antônio Marcelino de Carvalho, negociante bem-sucedido que chegou à presidência da “Associação Comercial de São Paulo” e de Brasília Leopoldina Machado de Oliveira, filha do governador do Paraná, Brasílio Augusto Machado de Oliveira e neta do “Brigadeiro” José Joaquim Machado de Oliveira e irmão de Marcelino de Carvalho, mestre de etiqueta, autor de livros clássicos. Paulo Machado de Carvalho estudou direito, na “Faculdade do Largo São Francisco” e depois foi para a Suíça aprimorar seus estudos. Machado de Carvalho voltou ao Brasil cheio de sonhos, mas sua paixão logo se dirigiu ao rádio, que estava recém-inaugurado no Brasil. Paulo Machado de Carvalho é considerado o maior responsável fora de campo pelas conquistas das “Copas do Mundo” de 1958 e de 1962. Por causa disso, o estádio do Pacaembu, em São Paulo é batizado oficialmente de “Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho” em sua homenagem. Além disso, Paulo Machado de Carvalho foi responsável pela criação de vários veículos de comunicação atuais (tanto no rádio quanto na televisão), sendo o fundador e patrono da RecordTV e também da “Rádio Sociedade Record”, atual “Rádio Record”, conhecida também como a "Voz de São Paulo" na “Revolução Constitucionalista” de 1932 e uma das ferramentas fundamentais para o sucesso dos ideais revolucionários. Paulo Machado de Carvalho adquiriu a “Rádio Record” e criou a “Associação das Emissoras de São Paulo”. O estúdio ficava na Praça da República e, apesar de pequeno, reunia orquestras inteiras para a apresentação de programas musicais. Nos primeiros anos de trabalho, Paulo Machado de Carvalho fez de tudo no rádio: selecionou músicas, arquivou discos, dirigiu programas. Durante a época em que estava na Record, participou da produção do primeiro jornal falado da rádio, comandado por Assis Chateaubriand. Paulo Machado de Carvalho adquiriu a “Rádio Panamericana”, que passou a integrar o “Grupo das Emissoras Unidas” e depois mudaria seu nome para “Rádio Jovem Pan”. Paulo Machado de Carvalho inaugurou a TV Record, realizando um outro sonho que alimentava desde a chegada da televisão ao Brasil três anos antes. A emissora entrou no ar com o que tinha de mais moderno à época, com todos os equipamentos importados dos Estados Unidos e entregues no Porto de Santos. Antes da TV Record havia mais duas emissoras de TV em São Paulo, a TV Tupi e a TV Paulista. A TV Record teve fases de rede nacional de televisão que não deram certo. Foi formada a “Rede de Emissoras Unidas de Rádio e Televisão” e a “Rede de Emissoras Independentes - REI”. Como empresário, Paulo Machado de Carvalho se destacou na área de mídia formando um grupo de empresas do setor que incluía a TV Record, “Rádio Record”, “Rádio Excelsior”, “Rádio São Paulo”, “Rádio Panamericana AM” e “Rádio Panamericana FM”. Algumas dessas emissoras foram vendidas posteriormente, como a “Rádio Excelsior”, que atualmente pertence às “Organizações Globo”, utilizando a denominação “Central Brasileira de Notícias – CBN”. A família de Paulo Machado de Carvalho com a família de Sílvio Santos se viu obrigada a vender a TV e “Rádio Record” para o empresário Edir Macedo, líder da “Igreja Universal do Reino de Deus”. Na época a emissora também pertencia a Sílvio Santos, pois ele havia comprado cerca de metade dela anos antes. Com a compra, a emissora foi reerguida e se tornou uma rede nacional de televisão, chamada “Rede Record”. Atualmente apenas a “Rádio Jovem Pan” (AM e FM) pertencem à família Machado de Carvalho e são dirigidas por seu neto Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como (Tutinha). A “FM Record” foi vendida para as “Organizações Sol Panamby”, um grupo empresarial e conglomerado de mídia brasileiro da família Quércia, atualmente com o nome de “Nova Brasil FM”. Na área esportiva, Paulo Machado de Carvalho foi Vice-Presidente e Presidente do “São Paulo Futebol Clube - SPFC”, depois assumiu o departamento de Futebol e chegou a pagar torcedores para vaiar o time quando jogava mal no primeiro tempo e, no intervalo, mostrava a reação da torcida aos jogadores em busca de "reações heroicas".  Ao lado de João Havelange, então presidente da “Confederação Brasileira de Desportos - CBD”, Paulo Machado de Carvalho foi dirigente do futebol brasileiro, tendo sido chefe das delegações campeãs mundiais nas “Copas do Mundo” de 1958 na Suécia e de 1962 no Chile, o que lhe valeu o apelido de "Marechal da Vitória". Na ocasião da primeira conquista, Paulo Machado de Carvalho foi convidado por Havelange e preparou o plano para a Copa desde meados do ano anterior. O plano foi elaborado com a colaboração de jornalistas com experiência no futebol e foi transformado em um livro chamado “O Plano Paulo Machado de Carvalho”. Nos últimos preparativos, já na Suécia, Paulo Machado de Carvalho era vítima constante das brincadeiras do jogador Mané Garrincha. Paulo Machado de Carvalho  foi vice-presidente da “Federação Paulista de Futebol”. Paulo Machado de Carvalho foi tema do enredo "Carvalho, Madeira de Lei - Paulo Machado de Carvalho” da escola de samba “Rosas de Ouro” para o Carnaval que terminou o concurso na SEXTA colocação. Paulo Machado de Carvalho  era casado com Maria Luiza Chaves do Amaral com quem teve TRÊS filhos, Paulo Machado de Carvalho Filho, Erasmo Alfredo Amaral de Carvalho e Antônio Augusto Amaral de Carvalho. Paulo Machado de Carvalho morreu de causas naturais devido á senilidade.