Cid Moreira
(Taubaté/SP, 29 de setembro de 1927)
(Petrópolis/RJ, 03 de outubro de 2024).
Cíd Moreira foi um locutor, apresentador, escritor, narrador, jornalista, ator, radialista e repórter brasileiro com atuação em teatro, cinema, rádio e TV. Cíd Moreira se tornou popular ao apresentar, durante anos, o “Jornal Nacional” do qual foi também o primeiro apresentador. Cíd Moreira era irmão do radialista Célio Moreira. Cíd Moreira começou a carreira aos QUINZE anos, como contador, na “Rádio Difusora” de Taubaté. Como sua voz era muito bonita e grave, Cíd foi convidado para ser locutor. Após se formar contador, Cíd se transferiu para a “Rádio Bandeirantes”. Em pouco tempo viu seu salário ter considerável aumento, além de ter sido contratado como locutor oficial da campanha de Ademar de Barros (um dos proprietários da Bandeirantes) para as eleições estaduais em São Paulo. Cíd Moreira foi contratado por Gilberto Martins junto com Carlos Henrique e Nélson de Oliveira para a “Rádio Mayrink Veiga”. Ali, Cíd Moreira permaneceu por DOZE anos como um dos principais narradores até ser contratado pela TV Excelsior. Cíd Moreira narrou documentários para cinema, meio no qual também apresentou o noticiário semanal “Canal 100” produzido por Carlos Niemeyer. Cíd Moreira atuou como ator no filme “Angu de Caroço”, na peça “Vestido de Noiva”, voltando ao cargo de narrador no filme “Traficantes do Crime”. Na época áurea do cinema, Cíd Moreira foi narrador dos jornais de cinema da maior parte dos estados brasileiros. Cíd Moreira apresentou o “Jornal Nacional” da Rede Globo de Televisão, sendo um recordista como âncora que mais tempo esteve à frente de um mesmo telejornal (VINTE e SETE anos). A estreia do noticiário foi ao lado do locutor Hilton Gomes. A última edição de Cíd Moreira como âncora do “Jornal Nacional” foi ao lado de Sérgio Chapelin, o parceiro mais constante. Cíd Moreira fez a narração para o documentário “Brasil: Ontem, Hoje e Amanhã”, material de propaganda do governo comemorando os ONZE anos de ditadura militar no Brasil. Cíd Moreira é célebre, também, pela gravação, em áudio da Bíblia cristã na íntegra e em linguagem atual. Os CDs com sua locução alçaram um enorme sucesso de vendas, chegando hoje a TRINTA E TRÊS milhões de cópias. Aos OITENTA E SETE anos (SETENTA de carreira), Cíd Moreira publicou o livro “Boa Noite”. O nome de sua biografia se deve à sua frase "Boa Noite!", com a qual encerrava, todas as noites, o “Jornal Nacional”. Na semana de aniversário de CINQUENTA anos da Rede Globo, Cíd Moreira apresentou um bloco do “Jornal Nacional” junto com Sérgio Chapelin, homenagem da emissora aos DOIS jornalistas, que por muitos anos apresentaram o “Jornal Nacional”. Chamaram a última da reportagem da série "50 Anos de Jornalismo da Globo", com reportagens e fatos marcantes com mais destaque na década. Durante a “Copa do Mundo de 2010”, Cíd Moreira gravou uma vinheta exibida durante as reportagens do “Fantástico” e dos programas esportivos da Rede Globo. A vinheta "Jabulaaani!", nome da bola “Adidas” na Copa é até hoje um sucesso em sites de vídeos. Outros tra balhos de Cíd Moreira como locutor foram na “Radio Nacional de São Paulo”, no filme publicitário “Banco Nacional - Bom Natal/Feliz Natal” e no comercial de TV para campanha “Mash Cuecas - Mestre do Conforto”, como apresentador dos programas “Primeiro Plano” (primeiro na TV Excelsior e depois na TV Rio), do “Telejornal Pirelli”, do programa “Os Dez Mais da Semana” na TV Rio, dos filmes “Brasil, Bom de Bola”, “João e a Sinuca Brasileira” e “Futebol Total”, “2 Filhos de Francisco” e “O Âncora 2: Tudo Por Um Furo/Anchorman 2: The Legend Continues” (também como dublador) e do “Fantástico” da TV Globo e no vídeo “Caminhos de Jesus: Visita à Terra Santa”. Cíd Moreira colocou voz em diversos discose CDs de orações e músicas, além de participar das vinhetas de fim de ano da TV Globo. Cíd Moreira foi casado com Amélia dos Santos Moreira com quem teve UMA, Jaciara (falecida em 2020, vitimada por enfisema pulmonar), com Olga Verônica Radenzev Simões com quem teve UM filho, Rodrigo, com Maria da Conceição Costa Reis, com Ulhiana Naumtchyk Moreira com quem teve filho adotivo, Roger e era casado com a jornalista Fátima Sampaio Moreira. Cíd Moreira estava internado para tratar de uma pneumonia, mas não resistiu a complicações da doença e morreu.