Mário da Silveira Meirelles Reis
(Rio de Janeiro/RJ, 31 de dezembro de 1907)
(Rio de Janeiro/RJ, 05 de outubro de 1981).
Mário Reis foi um popular cantor, ator, radialista e locutor brasileiro da era do rádio brasileira com atuação em música, rádio, teatro, cinema e TV . Mário Reis ganhou de alguns admiradores o epíteto de “Bacharel do Samba”. Mário Reis era filho do advogado Raul Meireles Reis e de Alice da Silveira Reis. Mário Reis integrou a equipe juvenil de futebol do “América Futebol Clube”, pela qual disputou o campeonato estadual da categoria na posição de meia-direita. Com QUATRO gols marcados, Mário Reis foi artilheiro da equipe, que se sagrou vice-campeã. Ele também se enveredou no tênis, chegando a integrar a seleção estadual do Rio de Janeiro. Mário Reis se formou em Direito na então “Faculdade de Direito” da “Universidade do Rio de Janeiro”, atual “Faculdade Nacional de Direito” da “Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ”, na mesma turma de Ary Barroso de quem era amigo e incentivador, tendo gravado sua primeira música ("Vou à Penha") e seu primeiro sucesso popular, "Vamos Deixar de Intimidades". Mas foi Sinhô, que alavancou sua carreira. Com a ajuda de seu tio Guilherme da Silveira, amigo do presidente do “Banco do Brasil”, conseguiu um emprego no setor jurídico da instituição. Com a deposição do então presidente do Brasil, Washington Luís, Guilherme teve de deixar seu cargo e Mário pediu demissão na mesma época, ao passo que sua parceria com Francisco Alves começava a se tornar bem-sucedida. Mário Reis aprendeu violão com Carlos Lentini que mais tarde se tornaria integrante do “Regional de Benedito Lacerda”. Mário Reis iniciou uma parceria com Francisco Alves, mesmo que tivessem vozes bem diferentes. Francisco decidiu transformar a dupla num espetáculo ao vivo, promovendo apresentações que traziam a participação de nomes como Lamartine Babo. Mário Reis gravou seu primeiro disco pela “Odeon”. Ainda pela “Odeon”, Mário Reis lançou o segundo e o terceiro disco. O estilo de Mário Reis cantar foi recebido inicialmente com estranhamento, mas foi recebendo elogios da crítica conforme as gravações eram lançadas. Por outro lado, tradicionalistas o acusavam de querer ditar os rumos do canto de samba. Mário Reis passou a compor, sob o pseudônimo Zé Carioca. Também esporadicamente comprava sambas de compositores do “Estácio”. Mário Reis estreou no cinema nos musicais “Alô, Alô, Brasil!” e “Estudantes”. Neste último fez o papel de um estudante em uma relação amorosa com uma cantora de rádio chamada (Mimi), interpretada por Carmen Miranda. Mais tarde, participou de “Alô, Alô, Carnaval!” e “Joujoux e Balangandãs”. Júlio Bressane fez o filme “O Mandarim” sobre a trajetória de Mário Reis, que foi interpretado por Fernando Eiras. Mário Reis buscava manter sua vida pessoal privada e surgiram ataques difamatórios sobre sua sexualidade. Mário Reis morreu de insuficiência renal e embolia pulmonar após complicações de uma cirurgia para tratar de um aneurisma abdominal.