José do Rêgo Barreto Júnior
(Cabo de Santo Agostinho/PE, 05 de junho de 1903)
(Recife/PE, 21 de fevereiro de 1983).
Barreto Júnior foi um ator, diretor, autor, humorista e produtor brasileiro com atuação em teatro, cinema e TV. Barreto Júnior foi fundador da "Companhia Nacional de Comédias Barreto Júnior". Barreto Júnior construiu em Recife o "Teatro de Emergência Almare" e o "Teatro Marrocos". Nas festas do “Colégio Salesiano”, onde estudava, Barreto Júnior encenava peças teatrais. Após concluir o segundo grau, Barreto Júnior se empregou como telegrafista no “Western Telegraph”, mas todas as noites frequentava o “Teatro Helvécia”, para ver peças teatrais. Seu pai, no entanto, o proibiu de frequentar o teatro, o que o fez sair de casa e deixar o trabalho de telegrafista e se aventurar como ator. Barreto Júnior estreou na “Companhia Paraense” de Leonardo Siqueira, na peça “Eu Vi”, no mesmo “Teatro Helvécia”. Ainda no teatro, entre outras, Barreto Júnior fez as peças “Jesus” (atuação, direção e produção), “A Flor da Família” (atuação, direção e produção), “A Família Lero-Lero” (atuação, direção e produção), “As Três Helenas” (atuação, direção e produção), “Sansão” (Atuação, direção e produção), “Senhorita Vitamina” (atuação, direção e produção), “Carlota Joaquina” (Dom João VI, direção e produção), “A Cegonha Se Diverte” (atuação, direção e produção), “Variações do Verbo Amar” (produção), “Agita-se” (produção) e “A Rosa Vermelha” (produção). Barreto Júnior integrou o grupo amador “Gente Nossa”, em peças de autoria de Paulo Magalhães, Abadie Faria Rosa, Lucilo Varejão e Valdemar de Oliveira. Barreto Júnior construiu o “Teatro Emergência Almare”. Barreto Júnior recebia ajuda do governo de Getúlio Vargas para levar o teatro a pequenas comunidades. Barreto Júnior construiu o “Teatro Marrocos” que anos mais tarde foi demolido. Após receber o “Troféu Mambembe” juntamente com Pascoal Carlos Magno, Barreto Júnior se afastou do teatro. No cinema, Barreto Júnior atuou em filmes da companhia cinematográfica pernambucana de Aurora Filmes, tendo participado do primeiro filme realizado. Na TV, Barreto Júnior trabalhou na “TV Rádio Clube de Recife” onde fez os episódios “A Feia”, “Está Lá Fora Um Inspetor”, “Carlota Joaquina” (D. João VI), “O Último Guilherme”, “Os Maridos Atacam de Madrugada” (Fagundes), “Pensão de Dona Stela”, “A Família Lero-Lero”, “A Flor da Família”, “Feitiço”, “O Futuro Governador” e “Sansão” na série “Grande Teatro”. Barreto Júnior que ficou conhecido como “O Rei da Chanchada” era casado com a atriz Lenita Lopes com quem teve dois filhos, Marilourdes e Luciano. A Prefeitura do Recife inaugurou uma casa teatral à qual deu o nome de “Teatro Barreto Júnior”. Barreto Júnior teve morte natural.