José Maria Bezerra de Paiva                                   

(Fortaleza/CE, 06 de novembro de 1932)                

(Fortaleza/CE, 31 de janeiro de 2023).

B. de Paiva foi um ator, diretor, produtor, autor, dramaturgo, escritor e professor de interpretação brasileiro com atuação em rádio, teatro, cinema e TV. Formado em teatro, B. de Paiva era filho do Sr. Oliveira Paiva e de Maria José Bezerra Paiva. B. de Paiva foi fundador do grupo “Teatro Experimental de Arte - TEA" em Fortaleza/CE. B. de Paiva atuou como coordenador da “Funarte” e foi um dos fundadores do “Ministério da Cultura” e fundador da "Faculdade de Artes Dulcina de Moraes", vinculada à "Fundação Brasileira de Teatro", da qual também foi presidente. B. de Paiva iniciou sua carreira aos QUINZE anos no conjunto “Sacri-Dramático”. B. de Paiva promoveu a criação do teatro moderno do Ceará e foi muito atuante na movimentação cultural do estado nordestino, onde fundou o teatro universitário da “Universidade Federal do Ceará - UFC”. No teatro, B. de Paiva fez as peças “O Noivo de Luíza” (autuação e produção), “O Morro dos Ventos Uivantes” (atuação e produção), “Mortos em Sepultura” (atuação e produção), “Rosa Morta” (autoria e produção), “Complexo” (autoria e produção), “Lampião e Maria Bonita” (atuação e produção), “Idomeneu” (atuação e assistência de direção), “Lágrimas de um Palhaço” (autoria e produção), “O Preço da Paz” (direção), “O Presépio de Belém”, “O Romance de Joana, a Linda Pastora” (assistência de direção), “A Farsa do Advogado Pathelin” (Escrivão), “A Revolta dos Brinquedos” (direção), “A Tabacaria”, “As Máscaras”, “Cobra Nonato”, “Uma Lembrança Chamada Genevieve” (atuação e autoria), “Zé do Pato” (direção), “Espetáculo de Poesias do Grupo” (Declamador, direção e produção), “A Guerra” (produção), “O Demorado Adeus” (direção e produção), “Rataplan” (direção e produção), “Auto da Compadecida” (direção e produção), “Poesia Pelo Mundo” (Declamador, adaptação, direção e produção), “Auto da Paixão/Pastoril” (autoria, direção e produção), “Macbeth” (atuação, direção e produção), “O Rapto das Cebolinhas” (direção e produção), “Triângulo Escaleno” (direção e produção), “A Raposa e as Uvas” (direção e produção), “A Ratoeira” (atuação, direção e produção), “Médico à Força” (atuação, direção e produção), “Mensagem de Natal” (autoria, direção e produção), “O Pagador de Promessas” (atuação, direção e produção), “Antígona” (direção e produção), “Cancioneiro de Lampião” (direção e produção), “O Morro de Ouro” (Candidato a Vereador, direção e produção), “Rosário, Rifle e Punhal” (atuação, direção e produção), “A Barragem” (atuação, direção e produção), “A Vigília da Noite Eterna” (autoria, direção e produção), “Festival de Sheakespeare” (direção e produção), “O Boi e o Burro a Caminho de Belém” (direção e produção), “Rosa do Lagamar” (atuação, direção e produção), “A Valsa Proibida” (atuação, direção e produção), “Amor à Oito Mãos” (atuação, direção e produção), “O Demônio Familiar” (direção e produção), “Pluft, o Fantasminha” (direção e produção), “Dois Poetas do Mundo” (atuação, tradução, direção e produção), “Festival de Poesia” (direção e produção), “O Casamento de Peraldiana” (atuação, direção e produção), “Amor Por Anexins” (direção e produção), “Bodas de Sangue” (atuação, direção e produção), “Museu da Emília” (direção e produção), “Auto da Ajuda” (direção e produção), “Um Uísque Pra Rei Seul” (direção e produção), “Ai de Vós” (direção e produção), “O Exercício” (direção), “David, o Rei” (direção e produção), “A Casa de Bernarda Alba” (direção), “Mimi Prafrentex” (direção e produção), “O Meirinhos” (direção e produção), “Electra” (direção e produção), “Uma Comédia Divina Num Natal Tão Cristão” (atuação, autoria, direção e produção), “Cantochão Para Uma Esperança Demorada”(autoria, direção e produção), “Kcrisis”, “Frei Tito: Vida, Paixão e Morte” (adaptação, direção e produção), “Lamento Pela Morte de Ignácio” (tradução, direção e produção), “Cancioneiro de Lampião” (direção e produção), “Festival Internacional de Teatro Cena Contemporânea de Brasília” (homenageado) e “Espetáculo em Homenagem a B, de Paiva” (atuação e homenageado). B. de Paiva trabalhou na “Rádio MEC” nos episódios  “A  Cidade Assassina” (assistência de direção), “A Dama da Espada” (assistência de direção), “A Pele de Onagro” (adaptação e direção), “Antígona” (assistência de direção), “As Máscaras” (adaptação e direção), “Cleópatra” (adaptação e direção), “Cyrano de Bergerac” (assistência de direção), “Dom Quixote” (assitência de direção), “João Sem Terra” (assistência de direção), “Juca Mulato” (adaptação e direção), “Teatro Martins Pena” (assistência de direção), “Terra Queimada” (direção), “Leonor de Mendonça” (assistência de direção) e “O Jogador” (assistêncioa de direção) da série “Radioteatro Duse” e do radioteatro “A Gaveta” (direção e produção). No cinema, B. de Paiva fez os filmes “Crioulo Doido”, “Volta do Filho Pródigo” (Ceará),”O Sonho Não Acabou” (Pai de Danilo), “Tigipió: Uma Questão de Amor e Honra” (Coronel Cezário), “O Círculo de Fogo”, “A República dos Anjos”, “Conterrâneos Velhos de Guerra” (Narrador), “O Calor da Pele”, “Corisco e Dadá” (Pai de Dadá), “Tangerine Girl”, “No Coração dos Deuses” (Templário), “Lua Cambará: Nas Escadarias do Palácio” (Francelino Cambará), “Bezerra de Menezes: O Diário de Um Espírito” (Dr. Leopoldino) e “Kcrisis”. Na TV Ceará, B. de Paiva fez os episódios “Antígona” e “Rosário, Rifle e Punhal” para a série “Contador de Histórias”. Na TV Tupi (parceria com a TV Gazeta), B. de Paiva fez a novela “Tempo de Viver” e na TV Globo B. de Paiva fez a novela “Irmãos Coragem” (Sr. Jorginho, Prefeito de Coroado), as minisséries “Lampião e Maria Bonita” (Caçador) e “O Pagador de Promessas” (Delegado), além dos episódios “O Justiceiro” (Gancho) e “Quem Matou Quem?” (Orlando) do seriado “Plantão de Polícia”. B. de Paiva foi casado com a bailarina clássica Tereza Bittencourt Paiva (falecida em 2017) com quem teve DOIS filhos, Carlos Eduardo e Elizabeth e era viúvo de Ecilda Ramos (falecida em 1997) e namorou  a Sra. Telles com quem teve o filho Rafael e com a atriz cearense Lourdinha Martins. B. de Paiva estava aposentado e morreu de causas naturais em função de senilidade.