Ilva Niño Mendonça                          

(Floresta/PE, 15 de novembro de 1933)              

(Rio de Janeiro/RJ, 12 de junho de 2024).

Ilva Niño foi uma atriz, diretora, figurinista, produtora, professora de interpretação e garota-propaganda brasileira com atuação em teatro, cinema, internet e TV. Formada em Teatro, Ilva Niño  era filha de Helvécio Carvalho Niño e de Maria Carlinda de Carvalho. Ilva Niño  foi para o Rio de Janeiro logo após o regime de 64. No teatro, Ilva Niño  estreou aos DEZESSETE anos na peça “O Defunto”, onde além de atuar também foi assistente de direção. Ilva Niño foi garota-propaganda de cinema e televisão para campanhas comerciais das marcas “Papel Higiênico Primavera”, “Máquina Bosch”, “Molho Elefante Cica”, “Cera Parquetina”, “Copiadora TM”, “Eletrodomésticos GE”, “Lubrax Óleo”, “Lençóis Santista” e “Toalhas Buettner”. Ilva Niño   tem vasta carreira na televisão, sempre com papéis coadjuvantes, em mais de TRINTA novelas e várias participações em séries, a maioria delas exibidas pela Rede Globo. Ilva Niño   estreou na televisão em pequena participação na série “22-2000 Cidade Alerta”. A estreia de Ilva Niño em novelas foi em “Bandeira 2” de Dias Gomes, interpretado (Santa), uma das integrantes da família de retirantes nordestinos de (Severino) vivido pelo ator Sebastião Vasconcelos. Ilva Niño  fez ainda as novelas “Corrida do Ouro” (Jandira), “Gabriela” (Filomena), a versão censurada de “Roque Santeiro” (Filismina/Mina), “Pecado Capital” (Alzira Batista), “Sem Lenço, Sem Documento” (Maricota/Cotinha), “Feijão Maravilha” (Filomena), “Água Viva” (Antônia), “Jogo da Vida” (Mãe da Mariúcha), “Partido Alto” (Iara), “Roque Santeiro” (Filismina/Mina), “O Outro” (Belmira Pascolato Silveira), “Bebê a Bordo” (Mãinha), “O Sexo dos Anjos” (Anésia), “Pedra Sobre Pedra” (Naninha), “Tropicaliente” (Neide), “História de Amor” (Chica), “O Rei do Gado” (Joana), “Por Amor” (Dalva), “Suave Veneno” (Zezé), “Terra Nostra” (Irmã Letícia), “Porto dos Milagres” (Valdenice), “Senhora do Destino” (Severina Pimentel/”Dona Bil”), “Alma Gêmea” (Almerinda), “Pé na Jaca” (Dona Santa Mangabeira do Arrabal), “Duas Caras” (Risoleta), “Sete Pecados” (Marli Sampaio), “Cama de Gato” (Ernestina Tibiriçá), “Cordel Encantado” (Cândida Araújo), “Cheias de Charme” (Maria Epifânia Cordeiro de Deus), “Saramandaia” (Cleide Neves Tavares), “Contos de Verão” (Neusa Junqueira) e “O Outro Lado do Paraíso” (Tiana Almeida), as minisséries “Lampião e Maria Bonita” (Odete) e “Quem Ama Não Mata” (Helena), os episódios “Duelo” e “Mão de Obra” da série “Caso Especial”, os episódios “Retorno” e “Chico Xavier, Um Infinito Amor” da série “Caso Verdade”, os episódios “Cigarra ou Formiga”, “Faça a Coisa Certa” (Elza) e “A Volta Por Cima” da serie “Você Decide”, os episódios “O Estrangulador da Praça Tiradentes”, “A Doceira de Bangu” e “Olho da Morte” do seriado “Plantão de Polícia”, os episódios “Miss Sucupira, Quiçá Miss Universo” e “Medrados e Cajazeiras” no seriado “O Bem-Amado”, o episódio “Emergência” (Madalena) no seriado “Obrigado, Doutor”, o episódio “Na Palma da Mão” (Madame Esmeralda) no seriado “Caça Talentos”, o episódio “Álbum de Família” (Dalva, a passageira) no seriado “Faça Sua História”, o episódio “Os Belos e as Feras” no seriado “Guerra e Paz”, o episódio “O Anel Que Tu Me Deste” (Dona Damiana), no seriado “Toma Lá, Dá Cá” (Dona Zoraide), o seriado “Mister Brau”, duas temporadas de “Malhação” (Yolanda e Irmã Teresa de Almeida, respectivamente), a temporada “Malhação: Pro Dia Nascer Feliz” (Damiana Miranda), o episódio “Vargas, Agosto de 54” do programa “Globo Repórter”, duas temporadas “O Enigma Enigmático” (Dona da Pensão) e mais uma (Dona Tonha, mãe de Timbó) do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, e o especial “Missa de Sangue” (Leniza) no seriado “Nélson Rodrigues ou A Vida Como Ela È” além de uma participação especial na novela “Guerra do Sexos” (mãe na selva), todos na TV Globo. Em TV, Ilva Niño   participou também do episódio “Ainda Não!” (Dona Sebastiana) no seriado “Confissões de Adolescente” na TV Cultura, do programa “Rizoma” no Canal Universitário”,  da série “Um Menino Muito Maluquinho” (Irene) da TVE, do teleconto “Rua do Sobe e Desce, Número Que Desaparece” (Janice) no Canal Brasil, do episódio “A Franga Pousou!”(Dona Fofinha) e da série “Os Roni” (Dona Santinha), ambas no canal Multishow. No cinema, o primeiro filme de Ilva Niño  foi em “André, a Cara e a Coragem” (prostituta), mas fez também “Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva” (Zefa, a prostituta), “Cassy Jones, O Magnífico Sedutor” (prostituta), “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa” (mulher reclamante do elixir), “Com Um Grilo na Mão” (Rosa), “Uma Mulata Para Todos”, “Crueldade Mortal” (Josefina), “O Escolhido de Iemanjá” (mãe do acidentado), “Amor e Traição” (voz), “Insônia: Dois Dedos”, “Piranha de Véu e Grinalda” (Raimunda), “Com Licença, Eu Vou à Luta” (Mãe de Otávio), “Ópera do Malandro” (Dóris Pelanca), “Vento Sul”, “Leila Diniz” (Babá), “Fronteira das Almas”, “Stelinha” (Mendiga), “Assalto ao Banco Central” (Marisa Melo), “Minha Mãe é Uma Peça 2” (Zezé), “Hotel Delire” e “Lamento” (Otília). No teatro, Ilva Niño esteve na leitura dramatizada do texto “O Homem na Esquina” e nas peças “Paixão de Cristo”, “A Ditadora”, “O Pivete”, “Auto da Compadecida” (Mulher do Padeiro, direção e produção), “A Derradeira Ceia” (Maria Bonita), “Chapeuzinho Vermelho”, “Um Menino Nos Foi Dado”, “Julgamento em Novo Sol” (Minervina/Lavradora), “O Boi e o Burro no Caminho Belém”, “A História do Formiguinho”, “A Incelença” (Dona Guiomar/Rosemira), “A Volta do Camaleão Alface”, “Jesus, o Mártir do Calvário” (atuação e figurino), “Madalena, Divina Pecadora” (Raquel), “O Auto do Individuo Analfabeto”, “A Via Sacra”, “Da Lapinha ao Pastoril”, “Histórias do Mato: A Afilhada de Nossa Senhora da Conceição” (Dona Minininha), “Histórias do Mato: A Incelença” (Dona Guiomar/Rosemira), “As Incelenças”, “Filha do Sol” (atuação e produção), “O Inquilino”, “A Raposa e as Uvas”, “Lisbela e o Prisioneiro”, “Morte e Vida Severina”, na censurada “O Berço do Herói” (Ninon), “O Pagador de Promessas” (Rosa), “Perversão” (Gertrudes), “O Boi e o Burro no Caminho de Belém”, “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come” (Bizuza/Retirante), “A Ópera dos Três Vinténs” (prostituta), “A Pena e a Lei” (Cheirosa/Márcia), “A Mandrágora”, “Jesus/Paixão de Cristo” (atuação e figurino), “Joãozinho Peteleco”, “O Juiz de Paz Na Roça”, “Via Sacra”, “Amanhã Será Outro Dia” (atuação e produção), “O Caldeirão”, “O Santo e a Porca”, “Treco nos Cabos” (atuação e produção), “As Aventuras do Pequeno Polegar” (produção), “Casa Grande e Senzala” (atuação e produção), “Quantos Olhos Tinha Teu Último Casinho?”(atuação e produção), “A Afilhada de Nossa Senhora da Conceição” (atuação, figurino e produção), “Reinações de Monteiro Lobato” (Direção, figurino e produção), “Mais Quero Um Asno Que Me Carregue Que Um Cavalo Que Me Derrube” (Festeira), “A Alma Boa de Set-Suan” (atuação e produção), “A Farsa da Boa Preguiça” (Nevinha, além da produção), “Lampião no Inferno” (atuação e produção), “Viva o Cordão Encantado” (atuação e produção), “Gata em Teto de Zinco Quente” (produção), “O Último Carro ou As 14 Estações”, “A Incrível História de Pedro Bacamarte” (direção e produção), “Dom Quixote de La Mancha” (atuação e produção), “É Muito Socó Para Um Socó Só Coçar” (atuação e produção), “O Bom Burguês” (atuação e produção), “O Santo Homem” (atuação e produção), “Onde Canta o Sabiá” (atuação e produção), “Ópera do Malandro” (Dóris Pelanca), “Mural Mulher” (Gari), “A Menina Que Perdeu o Gato” (atuação e produção), “O Último dos Nukupyrus” (atuação e produção), “Barreado” (produção), “Concerto Para Virgulino Sem Orquestra” (produção), “Moço em Estado de Sítio” (produção), “O Pecado Capitalista” (atuação e produção), “Adeus, Fadas e Bruxas”, “Mame-o ou Deixe-o” (produção), “Marginal”, “O Mambembe” (produção), “Vida Nova” (empregada), “República dos Prazeres” (produção), “A Tocha da América” (atuação e produção), “Diretas Onde Já Civil” (produção), “A Filha da P...” (atuação e produção), “Amizade Colorida”, “Com o Suor do Nosso Rosto” (produção), “O Menino da Bicicleta” (produção), “A  Madrugada dos Amantes” (produção), “Apareceu a Margarida” (produção), “Alma de Gato” (produção), “O Pesadelo” (produção), “Rapunzel” (produção), “Vida Que Vida!” (produção), “Quem Sabe é Nós” (produção), “Saúde da Saúde” (produção), “A Inconveniência de Ter Coragem” (produção), “De Como Quase Tudo Deu Errado” (produção), “Milagres” (produção), “Um Sábado em 30” (Sá Nana, além da produção), “Por Falta de Roupa Nova Passei o Ferro na Velha”, “Auréola” (produção), “Isto é Brasil” (direção e produção), “Noite Feliz”, “Os Mistérios do Sexo”, “Estradas de Luz” (participação em vídeo), “Bordel da Humanidade” (atuação e produção) e “Cabaré da Humanidade” (atuação e produção).  Ilva Niño  é mais lembrada pelo personagem (Mina) da novela  “Roque Santeiro”, empregada da (Viúva Porcina), personagem da atriz Regina Duarte que quando ficava nervosa gritava "Miiiiiiiiiiinaaaaaa", imortalizando o bordão. Ganhou o prêmio de melhor atriz por sua atuação na peça “Auto da Compadecida” no “1º. Festival de Amadores Nacionais” e foi homenageada por sua contribuição à arte no “Festival de Cinema de Triunfo”. Ilva Niño atuou como diretora e professora da escola de teatro "Niño de Artes Luiz Mendonça" e como professora de teatro da “EPSJV-FIOCRUZ”, ambos na cidade Rio de Janeiro. Ilva Niño era viúva do diretor teatral Luiz de Mendonça com quem teve um filho, o também ator Luiz Carlos Niño. Ilva Niño estava internada fazia um mês tendo passado por uma cirurgia cardíaca, mas acabou morrendo em função dos problemas cardíacos.