Antônio Abujamra
(Ourinhos/SP, 15 de setembro de 1932)
(São Paulo/SP, 28 de abril de 2015).
Antônio Abujamra foi um diretor, ator, jornalista, crítico teatral, dramaturgo, produtor e apresentador brasileiro. Abujamra é conhecido pela irreverência de suas encenações e por seu humor crítico em relação a tabus sociais. Abujamra começou no teatro amador, na peça “Assim é Se Lhe Parece”, atuando no “Teatro Universitário” de Porto Alegre. Abujamra se formou em filosofia e jornalismo pela “Pontifícia Universidade Católica” de Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Como diretor, foi um dos principais da antiga TV Tupi e, como ator, teve atuação destacada. Abujamra esteve em Monte Carlo, principado de Mônaco, ao lado de celebridades como Claudia Cardinale, Annie Girardote e Yehudi Menuhin, no júri do “Festival Mundial de Televisão”, como único latino-americano convidado. Abujamra foi quem levou o ator Othon Bastos para a TV, depois do sucesso do ator ao interpretar (Corisco) no filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” de Gláuber Rocha. Abujamra comandava o programa “Provocações”, da TV Cultura. Entre seus principais trabalhos em teatro encontram-se “Volpone" de Ben Johnson, “Hair” de Gerome Ragni e James Rado, “A Secreta Obscenidade de Cada Dia” de Manuel Antonio de La Parra, “Retrato de Gertrude Stein Quando Homem” texto seu sobre a vida e obra da autora e “O Inferno São os Outros” de Sartre. Na TV teve destaque como ator e diretor. Abujamra dirigiu, na TV Tupi, o programa de entrevistas “O Estranho Mundo de Zé do Caixão” e as novelas “Nenhum Homem é Deus”, “Salário Mínimo” e “Gaivotas”, na TV Bandeirantes as novelas “Um Homem Muito Especial”, “Os Imigrantes”, “Os Adolescentes” e “Ninho da Serpente” e a novela “Os Ossos do Barão” no SBT. Como ator esteve em “As Minas de Prata”, “Sassaricando”, “Cortina de Vidro”, “Que Rei Sou Eu?“, “O Mapa da Mina”, “A Idade da Loba”, “Os Ossos do Barão”, “Andando Nas Nuvens”, “Terra Nostra”, “Marcas da Paixão”, “Começar de Novo”, “Poder Paralelo” e “Corações Feridos”, além na minissérie “Amazônia”. Abujamra foi ator de cinema e fez os filmes “Festa” de Ugo Giorgetti, “Lua Cheia” de Alain Fresnot, “Os Sermões - A História de Antônio Vieira” de Júlio Bressane, “Olímpicos” de Flávia Moraes, “Atrás das Grades” de Paolo Gregori, “Perigo Negro” de Rogério Sganzerla, “Oceano Atlantis” de Francisco de Paula, “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil” de Carla Camuratti, “Quem Matou Pixote?” de José Joffily, “Olhos de Vampa” de Walter Rogério, “Caminhos dos Sonhos” de Lucas Amberg, “Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão” de Zelito Viana, “Concerto Campestre” de Henrique de Freitas Lima, “Quanto Vale ou é Por Quilo” de Sérgio Bianchi, “É Proibido Fumar” de Anna Muylaert, “Syndrome” de Roberto Bomtempo, “Assalto ao Banco Central” de Marcos Paulo, “Babu - A Reencarnação do Mal” de Cesar Nero e “Bichos - A Floresta é Nossa” de Paulo Munhoz. Abujamra recebeu os prêmios “Juscelino Kubistchek de Oliveira", “Kikito” e "Lifetime Achievent" no “XI Festival Internacional de Teatro”, em Miami e o “Troféu APCA”. Abujamra era conhecido do meio artístico por Abu. Abu era viúvo de Cibelia “Belinha” Abujamra, pai de Alexandre, do artista André Abujamra. Abu era tio das atrizes Clarice Abujamra e Iara Jamra e do cineasta Samir Abujamra. Antônio Abujamra foi encontrado morto em sua casa.