Ziraldo Alves Pinto
(Caratinga/MG, 24 de outubro de 1932)
(Rio de Janeiro/RJ, 06 de abril de 2024).
Ziraldo foi um cartunista, escritor, chargista, pintor, poeta, ator, caricaturista, cartazista, cronista, desenhista, humorista, dramaturgo, autor, roteirista, redator, cronista, letrista, colunista, apresentador, entrevistador, jornalista e garoto-propaganda brasileiro com atuação em literatura, imprensa, rádio, teatro, cinema, internet e TV. Ziraldo é irmão do também desenhista, cartunista, jornalista e escritor Zélio Alves Pinto e também de Ziralzi Alves Pinto e tio do ator Fernando Alves Pinto. Ziraldo no Rio de Janeiro estudou por DOIS anos e voltou para Caratinga, onde concluiu o módulo científico (atual ensino médio). Ziraldo se formou em Direito pela “Universidade Federal de Minas Gerais”. Ziraldo começou a falar com entre os TRÊS e QUATRO anos de idade, mas seu talento para o desenho já se manifestou desde muito cedo, tendo publicado um desenho no jornal “Folha de Minas” com apenas SEIS anos de idade. Ziraldo é o criador de personagens famosos, como o (Menino Maluquinho) e é um dos mais conhecidos e aclamados escritores infantis do Brasil. Ziraldo começou a trabalhar no jornal “Folha da Manhã” (atual “Folha de S.Paulo”), com uma coluna dedicada ao humor. Ziraldo ganhou notoriedade nacional ao se estabelecer na revista “O Cruzeiro” e, posteriormente, no “Jornal do Brasil”. Seus personagens (entre eles Jeremias, o Bom, a Supermãe e o Mirinho) conquistaram os leitores. Ziraldo lançou a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor, “Turma do Pererê”, que também foi a primeira história em quadrinhos a cores totalmente produzida no Brasil. Embora tenha alcançado uma das maiores tiragens da época, “Turma do Pererê” foi cancelada, logo após o início do regime militar no Brasil. Anos mais tarde, a “Editora Abril” relançou a revista, desta vez, porém, sem o sucesso inicial. A revista da “Turma do Pererê” teve outras passagens pelas bancas numa edição encadernada pela “Editora Primor” e também em formato de almanaque pela “Editora Abril”, quase DUAS décadas depois. Ziraldo recebeu o "Nobel" Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prêmio “Merghantealler”, principal premiação da imprensa livre da América Latina. Ziraldo foi um dos fundadores e posteriormente diretor do periódico “O Pasquim”, tabloide de oposição ao regime militar, uma das prováveis razões de sua prisão, ocorrida um dia após a promulgação do “AI-5”. Ziraldo lançou o livro "O Menino Maluquinho", seu maior sucesso editorial, que foi adaptado na televisão e no cinema. As incursões de Ziraldo no cinema aconteceram nos filmes “Menino da Calça Branca” (atuação), “Esse é Meu Mundo” (atuação), “Rio, Verão & Amor” (roteiro e argumento), “Garota de Ipanema” (vendedor de bolas), “Quatro Contra o Mundo: O Menino da Calça Branca” (atuação), o já citado “Menino Maluquinho: O Filme” (autor do texto original), “Menino Maluquinho 2: A Aventura” (delegado, além do texto original) e “Uma Professora Muito Maluquinha” (Sêo Floriano, além da autoria do texto original). Na TV, a participação de Ziraldo aconteceu no programa “Pererê” (roteiro e argumento) da TV Tupi, no programa “Uau, a Companhia” (ele mesmo), “Chico Total” (roteiro e redação), no censurado especial “O Bem Amado - Odorico Entrevistado” (entrevistador), no especial “A Turma do Pererê” (autoria do texto original) e nas “Vinhetas Charge” (aminação e/ou autor) da TV Globo, no programa “O Papo” (apresentador e entrevistador) da TV Universitária, e nas séries infantis “Uma Professora Muito Maluquinha” (autoria texto original), “A Turma do Pererê” (autoria texto original) e “Um Menino Muito Maluquinho” (autoria texto original) nas TVE e TV Cultura. Ziraldo foi garoto-propaganda e/ou autor, narrador e chargista em campanhas comericia de cinema e TV para as marcas “Revista Turmsa do Pererê” (autor), “Cigarros Continental” (charge animada), “Videocassete e Câmera Sharp” (charge animada), “Banco Santander Banespa” (charge animada), “Nestlé” (narrador), “Ministério da Educação”(charge animada), “Ministério da Saúde” (charge animada) e “Itaú Criança” (garoto-propaganda). No teatro, Ziraldo foi autor das peças “Os Cangurus”, “As Garotas da Banda”, “O Último dos Nukupirus” e “A Feira do Adultério ou Como Cobiçar a Mulher do Próximo” e autor dos textos originais das peças “Flicts: Era Uma Vez”, “A Feira do Adultério”, “Ficts”, “Ficts, a Cor” e “O Menino Maluquinho”. Incansável, Ziraldo colaborava em diversas publicações e estava sempre envolvido em novas iniciativas, entre elas a "Revista Bundas", uma publicação de humor sobre o cotidiano que fez uma brincadeira com a “Revista Caras", (voltada para o dia a dia de festas e ostentação da elite brasileira). Ziraldo foi também o fundador da revista "A Palavra". Ilustrações de Ziraldo já figuraram em publicações internacionais como as revistas "Private Eye" da Inglaterra, "Plexus" da França e "Mad" dos Estados Unidos. Ziraldo participava da "Oficina do Texto", maior iniciativa de coautoria de livros do Mundo, criada por Samuel Ferrari Lago então diretor do “Portal Educacional”. Ziraldo onde ilustrou histórias que ganharam textos de alunos de escolas do Brasil todo, totalizando aproximadamente UM milhão de diferentes obras editadas. Ziraldo recebeu a “Medalha de Honra” da “Universidade Federal de Minas Gerais” em cerimônia presidida pelo reitor Jaime Arturo Ramírez. Na Internet, Ziraldo fez a campanha comercial da “Revista Sebrae” (charge animada) e participou como convidado da live “Artinfância Festival Literário” em canal do Youtube. Ziraldo foi casado com Vilma Gontijo com quem teve três filhos, a cineasta Daniela Thomás, o compositor Antônio Pinto e Fabrizia e estava casado com Márcia Martins. Ziraldo morreu em sua casa, enquanto dormia.