João Ângelo Labanca
(Rio de Janeiro/RJ, 04 de maio de 1913)
(Rio de Janeiro/RJ, 07 de março de 1988).
Ângelo Labanca foi um ator, autor, diretor e produtor e advogado brasileiro. Labanca atuou em circo, TV, cinema e teatro e era filho de Biase Labanca e Filomena Jóia Labanca. Labanca estudou no “Colégio Anglo-Americano”, e foi discípulo das irmãs Bernardelli, se formou depois em Direito e advogou durante anos. Labanca se dedicou ao mesmo tempo ao teatro, ao cinema e à televisão. Era estudioso e pesquisador, sendo profundo conhecedor da história do Rio de Janeiro. Labanca fundou o grupo teatral “Os Comediantes”, ao lado de Santa Rosa, Luiza Barreto Leite e Jorge Castro, foi assistente de direção de Ziembinski, Turkow e Adacto Filho, participou da fundação dos grupos teatrais: “Equipe” e “Teatro Hoje”. Labanca atuou na companhia de Bibi Ferreira, de Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo, de Luiza Barreto Leite, dos “Artistas Unidos”, com Madame Henriette Morineau, esteve no “Teatro dos Sete”, na “Companhia de Raul Roulien”. No teatro, Labanca fez as peças ”Mambembe”, “Massacre”, “Victor ou as Crianças no Poder”, ”As Criadas”, “Com a Pulga Atrás da Orelha”, “Beijo no Asfalto”, “Vestido de Noiva”, “A Mulher do Outro Mundo”, “A Mulher Sem Pecado”, “Era Uma Vez Um Prisioneiro”, “Festival de Comédias”, “O Velho Ciumento”, ”O Terrível Capitão do Mato”, “Memórias de Um Sargento de Milícias “ e “Dilema Médico”. Ângelo Labanca fez os filmes “Terra Violenta”, “Terras do Sem Fim”, “Selva Mágica”, “O Grande Assalto”, “Cara a Cara”, “Os Carrascos Entre Nós”, ”Esse Homem é Perigoso” e “As Pequenas Criaturas”. Labanca adaptou várias obras de Nélson Rodrigues para a TV, onde também atuou em no programa de “Câmera Um” de Jacy Campos, do “Grande Teatro” de Sérgio Britto e na novela “Corpo Santo” da TV Manchete, entre outros. Ângelo Labanca era líder sindical, tendo colaborado muito pela criação da “Casa dos Artistas”, lutou muito contra a censura, durante o regime militar, fez parte da diretoria do “Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões” do Rio de Janeiro e era membro do “Conselho Superior de Censura”. Labanca fez do seu apartamento, um verdadeiro museu de documentos, recortes de jornais, revistas, sempre assuntos relacionados às artes cênicas e aos direitos dos artistas. Quando faleceu, todo seu acervo, por seu pedido anterior, foi doado à “FUNDACEM” e o material, após análise, foi distribuído ao “Arquivo de Memória Operária” do Rio de Janeiro, à “Funarte” e ao “Museu Histórico Nacional”. Nunca foram divulgadas as causas que levaram à morte o ator Labanca.