Silvério Silvino Neto
(São Paulo/SP, 21 de julho de 1913)
(Rio de Janeiro/RJ, 12 de junho de 1991).
Silvino Neto foi um ator, cantor, compositor, autor, locutor, apresentador, produtor e radialista brasileiro com atuação em música, rádio, teatro, cinema e TV. Silvino Neto é pai do comediante Paulo Silvino e avô do ator Flávio Silvino. Silvino Neto era filho de Ernesto Silvino e de Leonor Dutra Silvino. Silvino Neto se destacou mais como humorista, mas também atuou na política exercendo o cargo de vereador. Silvino Neto estudou no “Ginásio do Estado”, terminando o secundário aos DEZESSETE anos. No ano seguinte, estreou na “Rádio Educadora Paulista” como cantor de tangos, sob o pseudônimo de (Pablo González), se apresentando também em outras emissoras paulistas. Mais tarde, Silvino Neto dirigiu seu repertório para a música nacional por sugestão de Marcelo Tupinambá, dando início também sua carreira de compositor. Sua primeira composição a ser gravada foi a marcha “Goodbye, Meu Bem”, por Raquel de Freitas na “Arte-Fone”. Silvino Neto cantou com as orquestras de Osvaldo Borba, Gaó, Martínez Grau e Eduardo Patané e formou com Alvarenga e Ranchinho o trio “Mosqueteiros da Garoa”. Silvino Neto participou do filme “Fazendo Fitas” de Vittorio Capellaro junto de Cândido Botelho, Alzirinha Camargo, Januário de Oliveira e outros. Silvino Neto participou de mais seis filmes. Silvino Neto deixou sua carreira de cantor romântico e se transferiu para o Rio de Janeiro, onde entrou em contato com Oduvaldo Cozzi, então diretor da “Rádio Nacional”. Cozzi o aconselhou a deixar a carreira de cantor e se dedicar ao humorismo. Silvino Neto estreou como comediante na “Rádio Nacional”, imitando Arnaldo Pescuma, Carlos Galhardo e Lamartine Babo, fazendo sucesso. No mesmo ano, Orlando Silva gravou com êxito na “Victor” a sua valsa-canção “Uma Saudade a Mais, Uma Esperança a Menos”. Silvino Neto conquistou grande popularidade interpretando a personagem (Pimpinela). Com esse personagem, Silvino gravou alguns discos pela “Victor” e estreou programas de rádio como “A Pensão da Pimpinela”, “Aventuras da Pimpinela” e “Pimpinela, Anestésio e o Telefone”. Com o fim do “Estado Novo”, Silvino Neto criou um programa chamado “Futebol Político”, no qual imitava com perfeição Getúlio Vargas, Ademar de Barros e outros políticos. Seu samba-canção “Adeus” ( também chamado “Cinco Letras Que Choram”) foi gravado por Francisco Alves na “Odeon”. A música fez tanto sucesso que se tornou um clássico da MPB. Silvino Neto participou com Dercy Gonçalves da revista “Fogo no Pandeiro”, voltando a atuar com ela dois anos depois, em “Confete na Boca”. Silvino Neto participou também das revistas “Passo da Girafa” (como autor), com Mara Rúbia e “A Borracha é Nossa!” (também como autor) com Eros Volúsia. Como ator de teatro, Silvino Neto fez ainda as peças “Disso é Que Gosto”, “Chuva de Estrelas”, “Fogueiras de São João”, “Bonde do Catete”, “Tira o Dedo do Pudim” e “Não Vou no Golpe”. Em 1950, Silvino Neto se candidatou a vereador pelo Rio de Janeiro e, depois duma campanha eleitoral basicamente humorística, foi eleito como o mais votado. No ano seguinte, gravou pelo selo “Carnaval”, as marchas “Mão Boba”, de Carvalhinho e Marino Pinto, e Costureira, de Luís Soberano, Jorge Abdala e Airton Amorim. Silvino Neto participou como cantor do “Festival Francisco Alves” no “Teatro João Caetano”. Silvino Neto trabalhou na "Rádio Mayrink Veiga" e musicou o poema "Meus Oito Anos" de Casimiro de Abreu, tango gravado Carlos Galhardo e criou a melodia para o poema "Ser Mãe" de Coelho Neto gravado por Jorge Goulart. Na TV, Silvino fez parte, como ator, dos humorísticos “Faça Humor, Não Faça Guerra”, “Satiricom”, “O Planeta dos Homens” e “Os Trapalhões” na TV Globo e “Deu a Louca no Show” e “Domingo é Dia de Graça” na TV Tupi. Silvino Neto passou a se apresentar esporadicamente no rádio e na televisão. Trabalhando como fiscal do “Instituto Brasileiro do Café” continuou compondo. Como compositor, Silvino Neto tem mais de CINCOENTA composições gravadas por grandes nomes da MPB. Silvino Neto foi casado com Naja Siqueira Campos (com quem teve um filho, o ator Paulo Silvino. Silvino Neto namorou a atriz portuguesa Saluquia Rentini e era casado com Fernanda Célia Larneirão Monteiro. Silvino Neto sofria de câncer no pulmão e morreu de insuficiência respiratória aguda em decorrência de câncer.