Aderbal Freire Filho                                                          

(Fortaleza/CE, 08 de maio de 1941)                                           

(Rio de Janeiro/RJ, 09 de agosto de 2023).

Aderbal Freire Filho foi um diretor, ator, autor, produtor, adaptador e apresentador brasileiro com atuação em teatro, cinema e TV. Aderbal Freire Filho era filho de Aderbal Freire e Maria de Lourdes Pompeu Rossas Freire e foi um dos fundadores do "Teatro Novo" na sua cidade natal. A partir de 1954, Aderbal já participava de grupos amadores e semiprofissionais de teatro. Aderbal se mudou para o Rio de Janeiro e faz sua estreia como ator em “Diário de Um Louco” de Nikolai Gogol, encenado dentro de um ônibus que percorreu as ruas da cidade. Sua primeira direção é “O Cordão Umbilical” de Mário Prata. Mas seu primeiro grande sucesso profissional foi a direção do monólogo “Apareceu a Margarida” com Marília Pêra. A peça era de Roberto Athayde e falava de uma professora tresloucada. Aderbal Freire Filho fundou o “Grêmio Dramático Brasileiro”. Aderbal Freire Filho cria uma companhia de teatro, o “Centro de Demolição e Construção do Espetáculo - CDCE”. A companhia surgiu vinculada ao projeto de recuperar o “Teatro Gláucio Gil”, abandonado pelo “Governo do Estado”, ocupando-o com uma programação coerente e uma companhia com continuidade de produção. Durante um ano e meio, Aderbal ensaiou nos escombros do teatro.  Aderbal Freire Filho estreou “A Mulher Carioca Aos 22 Anos”, peça que transpôs para a cena, sem nenhuma adaptação, o romance original de João de Minas, incorporando o modo narrativo à interpretação dos atores. A companhia, com mais atores e em sua maioria iniciantes, monta “Lampião”, texto e direção de Aderbal, o primeiro de uma seqüência de três espetáculos voltados a temas históricos nacionais. Em “O Tiro Que Mudou a História”, de sua autoria juntamente com Carlos Eduardo Novaes. O diretor sai do teatro para encenar a trajetória política de Getúlio Vargas na sua antiga morada, o “Palácio do Catete”, atual “Museu da República”. Com ação itinerante, o espetáculo conduz o público pelos diversos cômodos da casa, onde a história gradativamente passa da mesa de reuniões à cama em que o presidente comete suicídio. Aderbal Freire Filho tem no currículo dezenas de peças teatrais, muitos prêmios e diversos sucessos de público e crítica. Ao lado de Paulo José, Aderbal Freire Filho participou como ator do filme “Juventude” de Domingos de Oliveira, no papel de (Ulisses) um médico com muitas conquistas amorosas e um drama familiar. Aderbal dirigiu Wagner Moura na bem-sucedida versão de “Hamlet”, de Shakespeare. Em seguida montou os clássicos “Moby Dick” e “Macbeth”. Aderbal Freire Filho dirigiu a peça “Orfeu da Conceição”, escrita por Vinicius de Moraes. Após mais de uma década fora dos palcos, Aderbal Freire Filho volta a atuar na peça “Depois do Filme”. No espetáculo, que também dirigiu e escreveu, continuou a narrativa de (Ulisses), seu personagem no filme “Juventude”. No cinema, também de Domingos de Oliveira, Aderbal Freire Filho fez ainda o filme “Paixão e Acaso”. Aderbal Freire Filho estreou a peça "Incêndios", no “Teatro Poeira”. A montagem tinha Marieta Severo como protagonista e ganhou vários prêmios. Por este trabalho, Aderbal recebeu o “Prêmio Shell” de teatro na categoria melhor diretor. Aderbal Freire Filho participou de “Dupla Identidade”, série de Glória Perez na TV Globo, como o senador (Oto Veiga). Seu último trabalho na televisão foi como apresentador do programa "Arte do Artista", na TV Brasil. Antes, porém, Aderbal já havia feito outros trabalhos para o veículo. Ainda no Ceará, Aderbal participou como ator dos episódios “Deu Freud Contra”, “Uma Janela Para o Sol” e “Dona Xepa” para a série “Contador de Histórias”, dos especiais “Arrastão” e “Rediviva”, todas na TV Ceará e como garoto-propaganda, na mesma emissora da campanha “Telex-Consumidor”. O programa experimental teve quatro temporadas e um formato inovador, pois mesclava a linguagem televisiva com a teatral e cinematográfica. No programa, Aderbal Freire Filho  entrevistou grandes nomes da nossa cultura, como: Alexandre Nero, Andréa Beltrão, Camila Pitanga, Deborah Colker, Eduardo Kobra, Fábio Porchat, Fagner, Gerald Thomas, Gregório Duvivier, Lenine, Marieta Severo, Marília Gabriela, Mateus Solano, Matheus Nachtergaele, Nathália Timberg, Nicette Bruno, Selton Mello, Thalita Rebouças, Wagner Moura, Walter Carvalho, Wanderléa, Wolf Maya e Zélia Duncan. Aderbal Freire Filho era casado com a atriz Marieta Severo. Aderbal Freire Filho tinha complicações de saúde desde 2020, quando sofreu um AVC e morreu devido a complicações em seu estado de saúde.