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JOSÉ CELSO M. CORRÊA (86 anos)

ID: h1860 Categoria: Diretores Date : Wednesday 5th July 2023 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

José Celso Martinez Corrêa                          

 

(Araraquara/SP, 30 de março de 1977)                                    

(São Paulo/RJ, 06 de julho de 2023).

 

Zé Celso foi um diretor, autor, ator, dramaturgo, tradutor, letrista, cineasta, produtor, professotr de interpretação e encenador brasileiro com atuação em cinema, teatro, TV e internet. Zé Celso era filho de Jorge Borges Corrêa e Ângela Martinez Corrêa, mais conhecida por Lina e irmão do também ator e diretor Luiz Antônio Martinez Corrêa. Zé Celso nasceu numa família de ascendência portuguesa, espanhola e italiana e foi amigo de infância do escritor Ignácio de Loyola Brandão. Zé Celso fez Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, mas não exerceu a profissão. Porém, foi durante a graduação na USP que o dramaturgo formou ali o Teatro Oficina. Zé Celso começou profissionalmente no teatro com uma peça de sua autoria, “Vento Forte Para Papagaio Subir” e “A Incubadeira”, também de sua autoria. Com a direção de Amir Haddad, o “Teatro Oficina” produz as duas peças. “A Engrenagem, encenada pelo grupo tem o intuito de homenagear Jean-Paul Sartre que visitava o país. A peça foi traduzida e adaptada juntamente com Augusto Boal. Para Zé Celso e sua trupe, o ano de 1961 foi marcante: o “Oficina” inaugura sua fase profissional com uma casa de espetáculos alugada na Rua Jaceguai. A empresa é composta pelos sócios Renato Borghi, José Celso Martinez Corrêa, Ronaldo Daniel (que depois se torna importante diretor na Inglaterra, como Ronald Daniels), Paulo de Tarso e Jairo Arco e Flexa. A estreia de Zé Celso como diretor foi com a peça “A Vida Impressa em Dólar” de Clifford Odetts que abriu a programação da nova estadia do grupo na casa de espetáculos alugada. No elenco estava Eugênio Kusnet que, por ser conhecedor profundo do Método Stanislavski, colaborou na preparação dos atores. Essa montagem fez com que Zé Celso ganhasse o prêmio de revelação de diretor pela Associação Paulista de Críticos de Teatro. Depois da montagem de “Todo Anjo é Terrível”, a equipe encena “Pequenos Burgueses” de Máximo Gorki, que teve enorme repercussão. “Pequenos Burgueses” rendeu a Zé Celso todos os prêmios de melhor direção do ano. Seu trabalho, encarado às vezes como orgiástico e antropofágico e teve início no fim da década de 1950 se definindo na década de 1960 quando Zé Celso apresentava sua inquietude e irreverência, realizando trabalhos de caráter inovador. Nessa época, se destacam as encenações de “Pequenos Burgueses”, O Rei da Vela de Oswald de Andrade e “Na Selva das Cidades” de Bertolt Brecht que trata da profunda crise que atravessava o país e a equipe artística.  Interessado em eventos culturais, artísticos e políticos, Zé Celso se intercalava entre o cinema e o teatro. Zé Celso trabalhou em “Encarnação do Demônio de José Mojica Marins, dirigiu e atuou em inúmeras peças teatrais, (ainda comandando o “Teatro Oficina”, mesmo depois de cinquenta anos) como em “Santidade. Por experimentar formas ousadas de se realizar uma peça teatral, Zé Celso já se viu entre críticas internacionais. Sua peça “Os Sertões, quando montada em Berlim, Alemanha, causou polêmica na capital pelo fato dos atores ficarem nus em determinadas cenas. A imprensa alemã apelidou a montagem de “teatro pornô”. Zé Celso lutava havia duas décadas contra o “Grupo Silvio Santos, que busca construir um empreendimento comercial nos arredores do Teatro Oficina, cujos traços originais, projetados pela arquiteta Lina Bo Bardi, interagem com vizinhança ameaçada pela incorporação imobiliária. Embora Zé Celso afirmasse que sua relação com Silvio Santos fosse boa, a disputa se estendia há anos. Trabalhando − seja dirigindo, adaptando, ou realmente numa colaboração − com nomes que vão de Augusto Boal, Henriette Morineau, Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Raul Cortez, Bete Coelho e Flávio Império a Chico Buarque, William Shakespeare, Nélson Rodrigues, Max Frisch, Bertolt Brecht e Máximo Gorki, Zé Celso construiu um dos mais originais percursos dos palcos brasileiros. No teatro, Zé Celso dirigiu peças “Geni no Pomar”, “Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera”, “A Vida Impressa em Dólar”, “Quatro Num Quarto”, “O Rei da Vela” (Brasil e Alemanha), “Roda Viva” e “O Jardim das Cerejeiras”. Apenas como ator, Zé Celso fez as peças “Theatro Musical Brazileiro: 1914-1945”, “Utilidades Domésticas”, “Farsa Quixotesca” (voz em off), “Um Homem Indignado”, “Santidade”, “7XRodas” e “Vassah, a Dama de Ferro” (Sergei Geleznov).  Zé Celso foi autor, tradutor ou adaptador das peças “Vento Forte para um Papagaio Subir” (Adaptação), “A Incubadeira” (Autoria), “Don Juan” (Tradução), “Habbeas Corpus: Quer Tu Tenhas Teu Corpo” (Adaptação), (Tradução) e “As Três Irmãs” (Tradução).  Zé Celso esteve ainda, em mais de uma função, nas peças “A Engrenagem” (Tradução e adaptação), “A Vida Impressa em Dólar” (Direção e Produção), “Todo Anjo é Terrível” (Direção e Produção), “Pequenos Burgueses” (Teteriev, além de tradução, adaptação, direção e produção), no Brasil e no Uruguai, “Andorra” (Direção e Produção), no Brasil e no Uruguai, “Os Inimigos” (Tradução, adaptação e direção), “Galileu, Galilei” (Galileu, além de direção e produção), no Brasil e em Portugal, “Na Selva das Cidades” (Direção e Produção), “Gracias Señor” (Atuação, Direção, Autoria e Produção), “O Rei da Vela” (Tradução, Adaptação, Direção e Produção), “Rituais e Visões de Transformação” (Direção, Adaptação e Produção), “Utropia/Utopia dos Trópicos” (Direção e Produção), “As Três Irmãs” (Tchebutikine, além da Direção e Produção), “Ensaio Geral do Carnaval do Povo” (Roteiro, Direção e Produção), “O Homem e o Cavalo” (Adaptação, Direção e Produção), “Acordes” (Roteiro, Direção e Produção), “As Bacantes” (Tirésias, além da Tradução, Adaptação e Direção), “90 Minutos: Uma Coisa Inofensiva” (Atuação e Roteiro), “Cacilda!” (Robespierre/Zampari/Michel Simon/Zimba Tyrone, além da Autoria, Direção e Produção), “As Boas” (Solange, além da Adaptação, Iluminação, Direção e Produção), “Ham-let” (Fantasma/Rei Hamlet/Boa, além da Tradução, Direção e Produção), “Mistérios Gozozos” (Atuação, Adaptação, Autoria Musical, Direção e Produção), “Mistérios Gozozos à Moda de Ópera” (Direção e Direção Musical), “As Bacantes” (Tirésias, além da Tradução, Adaptação, Direção, Direção Musical e Produção), “Para Dar um Fim no Juízo de Deus” (Artaud, além da Direção e Produção), “Ela” (Papa, além da Tradução, Direção, Direção Musical e Produção), “Taniko, o Rito do Vale” (Bundo, além da Direção e Produção), “Taniko, o Rito do Mar” (Bundo, além da Direção e Produção), “Boca de Ouro” (O Dentista, além da Direção e Produção), “Esperando Godot“ (Adaptação e Direção), “Os Sertões: A Terra” (Atuação, Adaptação, Direção e Produção), “Os Sertões: O Homem 1” (Antônio Conselheiro, além da Adaptação, Direção e Produção), “Os Sertões: O Homem 2” (Antônio Conselheiro, além da Adaptação, Direção e Produção), “Os Sertões: A Luta 1” (Atuação, Adaptação, Direção e Produção), “Os Sertões: A Luta 2” (Atuação, Adaptação, Direção e Produção), “Os Bandidos” (Atuação, Adaptação e Direção), “Vento Forte para um Papagaio Subir” (Atuação, Adaptação, Direção, Direção Musical e Produção), “Estrela Brazyleira a Vagar: Cacilda!” (Autoria, Direção e Produção), “O Banquete” (Atuação, Adaptação, Direção e Produção), “Macumba Antropófaga” (Papa Bento XVI/Padre Vieira/Moisés/Deus /Maestro Carlos Gomes/João Ramalho/Artaud Momo, além da Autoria, Direção e Produção), “Acordes” (Autoria, Direção e Produção), “Roda Viva” (Adaptação, Direção e Produção) e “Avá: Até Que os Ventos Aterrem” (Direção Artística). No cinema, Zé Celso fez os filmes “América do Sexo” (Ele mesmo), “Prata Palomares” (Redação), “Documentaries on Teatro Oficina” (Direção e Produção), “Semana de Arte Moderna” (Ele mesmo), “Um Homem Célebre”, “O Parto” (Redação, Direção e Produção), “A$suntina das Amérikas”, “25” (Redação, Direção e Produção), “A Caminho das Índias” (Ele mesmo), “Fênix” (Ele mesmo), “O Rei da Vela” (Atuação, Redação, Direção e Produção), “Temporada de Caça” (Ele mesmo), “A Paz é Dourada/Fronteras”, “Lina Bo Bardi” (Ele mesmo), “Videoclipe de Laura Finocchiaro - Dinheiro”, “Lara” (Vendedor humilde), “Glauber, o Filme: Labirinto do Brasil” (Ele mesmo), “A Mochila do Mascate” (Ele mesmo), “Árido Movie” (Meu Velho), “Encarnação do Demônio” (O Mistificador), “Palavra (en)cantada” (Ele mesmo), “Meu Amigo Claudia” (Ele mesmo), “Travessia” (Ele mesmo), “Tupi: Rebellion in the Backlands” (Ele mesmo), “Evoé - Retrato de Um Antropófago” (Ele mesmo), “Satyrianas, o Filme: 78 Horas em 78 Minutos” (Ele mesmo, além da produção),  “Ralé” (Ded), “Bandida” (Diabo), “Como Você Me Vê?” (Ele mesmo), “O Cravo e a Rosa, o Documentário” (Ele mesmo), “Pitanga” (Ele mesmo), “Saudade” (Ele mesmo), “Antropofaga Makumba” (Atuação e Direção e Produção), “Horácio”, “Máquina do Desejo: 60 Anos do Teatro Oficina” (Ele mesmo) e “Fédro” (Sócrates/ele mesmo) Na TV, Zé Celso  foi o autor do texto original e redação final do episódio “A Incubadeira” da série “Grande Teatro Tupi”, dos programas “Vox Populi”, “#Provoca” (em ambos como ele mesmo) e “Na Selva das Cidades Em Obras - Ocupação#15” no episódio “Caos” na TV Cultura, do programa “Documento Especial” nos episódios “Crimes Contra Homossexuais/Turismo Sexual em Recife” (ele mesmo), “A Revolução dos Idiotas” (ele mesmo) e “Vanguardas” (ele mesmo) da TV Manchete, do programa “Altas Horas” (ele mesmo) e da novela “Cordel Encantado” (Amadeu) na TV Globo, do especial “Gal: Do Tropicalismo aos Dias de Hoje” (ele mesmo) na Directv, do videoclip “Dinheiro” de Laura Finocchiaro, do programa “Transando com Laerte” no episódio “Drama & Tragédia” (ele mesmo) do Canal Brasil, do programa “Asdrubal Trouxe o Trombone” no especial “Perdido Pro Mundo” no Canal Viva, do programa “Manual Para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis” (Bartolomeu Boaventura) na Warner Channel, do especial “Jorge Mautner: Kaos em Ação” (ele mesmo) no canal HBO e do programa “A(u)tores” (ele mesmo) no canal Futura. Pela internet, Zé Celso participou como ele mesmo no programa “Salve o Prazer” do canal Curta e do programa “Ato Criativo da PUCRS” no canal do Youtube. Zé Celso namorou a dramaturga Leilah Assumpção e era casado com o ator Marcelo Drummond. Zé Celso foi vítima de um incêndio em seu apartamento, causado provavelmente por a explosão de um aquecedor. Zé Celso sofreu queimaduras em mais da metade do seu corpo e foi imtubado e internado na UTI, mas não resistiu às queimaduras e morreu.

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