Astrud Evangelina Weinert                                                  

(Salvador/BA, 29 de março de 1940)                                    

(Filadelfia/EUA, 05 de junho de 2023).

Astrud Gilberto foi uma cantora, compositora, musicista e artista plástica brasileira com atuação em música, teatro, cinema e TV. Filha de mãe brasileira e pai alemão, Astrud Gilberto se mudou para o Rio de Janeiro com a família. Seu pai era professor de idiomas e de literatura. Sua mãe tinha grande paixão pela música, cantava e tocava bandolim. Caçula de três irmãs, Astrud Gilberto era extremamente tímida e passou anos a reprimir seu interesse pelo canto. Na adolescência, sua melhor amiga Nara Leão, então a aspirante a cantora, foi incentivando a amiga a soltar a voz. Foi também Nara quem apresentou Astrud e João Gilberto, que passou a ser o seu namorado e grande incentivador. Astrud Gilberto subiu ao palco pela primeira vez, no histórico show “Noite do Amor, do Sorriso e da Flor”, no anfiteatro da “Faculdade de Arquitetura da UFRJ”, organizado para comemorar o lançamento do segundo LP de João Gilberto, “O Amor, o Sorriso, a Flor” do qual participaram também Nara Leão, Dori Caymmi, Chico Feitosa, Johnny Alf, o “Trio Irakitan”, Elza Soares, Sérgio Ricardo, Sylvinha Telles, Pedrinho Mattar, Norma Bengell, Nana Caymmi, o grupo vocal “Os Cariocas”, Hélcio Milito, Bebeto Castilho, Roberto Menescal e outros. O espetáculo foi produzido e apresentado por Ronaldo Bôscoli.  Astrud e João se transferiram para os Estados Unidos. No mesmo ano, eles participaram do álbum “Getz/Gilberto” juntamente com o saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim. Astrud, que nunca havia cantado profissionalmente, participou das gravações, mas, durante as apresentações subsequentes, descobriu que sofria de medo de palco. Meses após as gravações de “Getz/Gilberto”, o casamento de João e Astrud chegou ao fim. Astrud ançou o seu primeiro álbum solo. Seguiram-se muitos outros, cantando bossa-nova, MPB, standards do jazz e canções americanas e europeias, em inglês, espanhol, francês, italiano e alemão. Astrud gravou dezoito álbuns solo. O sucesso do trabalho de Astrud Gilberto na canção "Garota de Ipanema" a tornou um nome proeminente na música do jazz, e ela começou a fazer gravações solo. Embora Astrud tenha começado como intérprete de bossa nova brasileira e jazz americano, passou também a gravar composições próprias. A canção "Astrud", interpretada pela cantora polaca Basia é um tributo a ela. Astrud Gilberto ganhou o “Grammy de Música do Ano”, por "Garota de Ipanema" (com Stan Getz). em 1965 se tornando a primeira mulher a ganhar o prêmio, A cantora baiana também recebeu o prêmio “Latin Jazz USA” pelo conjunto de sua obra em e foi incluída no “International Latin Music Hall of Fame”. Astrud Gilberto contribuiu para o álbum beneficente “AIDS - Red Hot + Rio” produzido pela “Red Hot Organization”, interpretando a música "Desafinado" junto com George Michael no seu convite.  Sua gravação original de "Fly Me to The Moon" foi editada como um dueto usando uma gravação da mesma música de Frank Sinatra para a trilha sonora de “Down With Love”. Sua gravação "Who Can I Turn To?" foi utilizada pelo “The Black Eyed Peas”na música "Like That" do álbum de “Monkey Business”. Seus vocais em "Berimbau" foram sampleados por Cut Chemist em sua música "The Garden". Sua gravação de "Once I Loved" foi apresentada no filme “Juno”.  Astrud Gilberto morava na Filadélfia, nos Estados Unidos, na companhia dos filhos, o baixista João Marcelo e Gregory Lasorsa. A cantora também se tornou conhecida pelo seu trabalho como artista plástica, assim como por seu ativismo em favor dos direitos dos animais. Astrud Gilberto foi casada com o cantor João Gilberto com quem teve um filho, João Marcelo e com o empresário americano Nicholas 'Nick' Lasorsa com quem também teve um filho, Gregory. Astrud Gilberto morreu em decorrência de um infarto.