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MONARCO (88 anos)

ID: h1850 Categoria: Cantores/Músicos Date : Tuesday 30th May 2023 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Hildmar Diniz                                                       

 

(Rio de Janeiro/RJ, 17 de agosto de 1933)                         

(Rio de Janeiro/RJ, 11 de dezembro de 2021).

 

Monarco foi um cantor e compositor brasileiro com atuação em música, rádio, teatro, carnaval, cinema e TV. Baluarte e presidente de honra da Portela, Monarco foi discípulo de Paulo da Portela. Monarco nasceu no bairro de Cavalcante, mas ainda criança foi morar em Nova Iguaçu, filho de um marceneiro chamado José Filipe Diniz. Aos dez anos de idade, Monarco se mudou para Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio e bairro de origem da Portela. Monarco teve contato próximo com os sambistas da escola, integrando blocos e, ainda pequeno, compondo sambas. Também foi nessa época que surgiu o apelido, Monarco. Monarco foi convidado a integrar a ala de compositores da Portela, aonde mais tarde viria a se tornar líder da velha guarda. Monarco foi diretor de harmonia da escola. Nunca chegou a ganhar uma disputa de samba-enredo (o samba cantado durante o desfile da escola), mas conseguiu consagrar sambas "de terreiro" ou "sambas de quadra", como são conhecidos aqueles executados nos ensaios e logo tornados emblemas do patrimônio cultural coletivo dessas associações. Um deles é "Passado de Glória", que já foi esquenta (samba executado na área de concentração, pouco antes do desfile) da agremiação em diversos anos. Sua última disputa de samba-enredo foi com seu filho Mauro Diniz e o presidente da “Ala de Compositores da Portela”, Júnior Scafura. Seu primeiro disco solo foi com temas como "O Quitandeiro" (com Paulo da Portela) e "Lenço" (com Francisco Santana). Monarco tem o CD “A Voz do Samba” lançado no Japão. No Brasil, foi editado pelo selo “Kuarup”. Marisa Monte convidou Monarco e a “Velha Guarda da Portela” para o CD “Tudo Azul”, de sua produção, que contou com participação de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. De outra parte, entre os momentos de desalento vividos pelo grupo, conta-se aquele do desfile da Portela em 2005, quando, após um atraso da seção de abertura do desfile, ou seja, a do carro-alegórico chamado “Abre-Alas” (onde funcionários da agremiação não conseguiram encaixar as asas da águia, símbolo da escola, a tempo do desfile), o último setor e o chamado carro da agremiação foram impedidos de desfilar, pelo receio de se ultrapassar o tempo regulamentar de desfile, com as consequentes penalizações que isso implicaria. Naquele setor era onde estavam exatamente os integrantes da “Velha Guarda da Portela”, entre eles Monarco, Tia Surica, Casquinha e outros nobres do samba. O documentário “Mistério do Samba”, dirigido pelos cineastas Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor produzido por Marisa Monte foi lançado. O documentário levou dez anos para ser concluído e nele Monarco participou fazendo relatos de sua história de vida e dando testemunhos pessoais sobre a história do samba no Rio de Janeiro. A produção foi incluída na seleção oficial do Festival de Cannes.  Monarco gravou o DVD “Monarco: A Memória do Samba” no teatro “Oi Casa Grande”, Rio de Janeiro. Assim como o documentário, esse projeto tinha a pretensão de se tornar um registro para a história da tradição do samba. Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Velha Guarda da Portela e “Família Diniz” participaram do DVD. A direção artística ficou a cargo de seu filho, Mauro Diniz.  Beth Carvalho também participou do DVD, apesar de não poder comparecer ao show por conta da recuperação da cirurgia na coluna, Monarco e sua banda foram à sua casa para gravar a canção "Lenço". A gravação foi exibida durante o show e está presente no DVD que faz parte de um projeto da “ONG” - “Oficina do Parque”, voltado para a preservação da obra do portelense, e traz consigo um CD ao vivo do mesmo show e um encarte impresso intitulado “Memórias de um Bamba”, com partituras, notas musicais e biográficas, curiosidades e anedotas vividas por Monarco. O DVD foi lançado em um show para convidados no teatro “Rival Petrobrás”, no centro do Rio de Janeiro. Lá, a ONG realizadora do projeto informou que, a princípio, o material (almanaque, CD e DVD) não estaria à venda, mas seria distribuído às bibliotecas públicas. Monarco foi articulador da vitória da chapa “Portela Verdade”, encabeçada por Serginho Procópio como presidente e Marcos Falcon, o vice, atuando politicamente contra Nilo Figueiredo, então ex-presidente da “Portela” se tornando então o presidente de honra da escola. O álbum “Passado de Glória - Monarco 80 Anos” foi premiado no vigésimo sexto Prêmio da Música Brasileira na categoria “Melhor Álbum de Samba”.  O álbum “De Todos os Tempos” foi indicado ao Grammy Latino” de “Melhor Álbum de Samba/Pagode”.  Monarco é conhecido por ter feito vários êxitos no gênero do samba. Seu primeiro grande sucesso veio quando Martinho da Vila gravou “Tudo Menos Amor”, canção de Monarco em parceria com Walter Rosa. Outro êxito foi “Lenço”, interpretado por Paulinho da Viola. Beth Carvalho gravou “Obrigado Pelas Flores”, música que Monarco compôs ao lado de Manaceia. Na voz de Zeca Pagodinho vieram sucessos como “Coração em Desalinho” e “Vai Vadiar”. Estas duas últimas músicas foram feitas em parceria com Alcino Correia Ferreira. Apesar de ser ligado à “Portela”, Monarco jamais venceu uma disputa de samba-enredo pela azul e branco de Oswaldo Cruz, mas conseguiu êxitos por outras agremiações. Para a Unidos de Padre Miguel, foi o autor de “A Conquista de Aracy”, baseado na obra de José de Alencar. Monarco compôs quatro sambas para a Unidos do Jacarezinho, ”Exaltação a Frei Caneca”, “Exaltação à Cultura Nacional”, “A História de Vila Rica do Pilar” e “Geraldo Pereira, Eterna Glória do Samba”. Por também fazer parte da história da agremiação rosa e branco, Monarco virou enredo em quando a escola desfilava pelo grupo B. Pela “Portela”, Monarco chegou a concorrer na disputa pelo enredo “Contos de Areia”, junto com Noca da Portela. Monarco disputou também, junto com Mauro Diniz e Noca, para ser o samba de “Adelaide, a Pomba da Paz”. Em sua homenagem, a prefeitura do Rio rebatizou o “Parque Madureira” como Parque Madureira Mestre MonarcoMonarco era casado, tinha filhos e netos. Monarco estava internado onde passou por uma cirurgia no intestino, mas não resistiu às complicações e morreu.

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