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GUILHERME DE PÁDUA (53 anos)

ID: h1748 Categoria: Atores Date : Sunday 6th November 2022 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Guilherme de Pádua Thomaz                                   

 

(Belo Horizonte/MG, 02 de novembro de 1969)                       

(Belo Horizonte/MG, 06 de novembro de 2022).

 

Guilherme de Pádua foi um ator, modelo, escritor e pastor brasileiro com atuação em teatro, cinema e TV. Guilherme de Pádua ficou nacionalmente conhecido por ter assassinado brutalmente a atriz Daniella Perez, sua colega de elenco e par romântico na novela De Corpo e Alma. Daniella era filha de Glória Perez, autora da telenovela. O crime ocorreu quando Guilherme de Pádua, com a ajuda da sua então esposa Paula Nogueira Thomaz (atualmente Paula Nogueira Peixoto), assassinou Daniella utilizando um instrumento perfurocortante (uma tesoura segundo Pádua, um punhal segundo o autor da autópsia).  Nascido em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, anos depois Guilherme deixou a cidade e se mudou para o Rio de Janeiro, a fim de tentar a carreira artística. Como ator, Guilherme de Pádua atuou no filme alemão Via Appia” como o garoto de programa (José), fez uma pequena participação na telenovela Mico Preto”, interpretando (Narciso) e atuou na telenovela De Corpo e Alma como o motorista de ônibus (Bira), ambas da TV Globo. Guilherme de Pádua tinha vinte e três anos quando cometeu o crime e sua então esposa estava grávida. Em 28 de dezembro de 1992, Guilherme de Pádua assassinou a atriz Daniella Perez, junto com sua então esposa. A motivação do crime seria profissional, pois Guilherme havia "perdido espaço" na novela (a vítima era filha da autora da novela em que atuava), e o ciúme de Paula Nogueira Thomaz em relação à atriz. O casal emboscou Daniella em frente a um posto de gasolina, situação vista e confirmada por dois frentistas. Quando Daniella deixou o posto, Guilherme, com Paula escondida no banco de trás, fechou o carro de Daniella, que desceu do veículo. Guilherme então lhe deu um soco e forçou a atriz a entrar no carro do casal, um Volkswagen Santana. Paula então assumiu a direção, enquanto Guilherme pegou o Ford Escort da atriz, com o qual seguiu para o local do crime. Foi neste momento que outra testemunha, um advogado, viu a cena e seguiu os dois carros por algum tempo. Guilherme e Paula então seguiram até um matagal da Barra da Tijuca, onde mataram a atriz e deixaram seu corpo. O laudo cadavérico da atriz Daniella Perez indicou que ela teve entre dezesseis e vinte ferimentos. A maioria deles estava concentrada na região mamária esquerda (sobre o coração) e o restante, no pescoço. Os ferimentos causaram uma grande hemorragia interna. O pulmão esquerdo foi perfurado e recebeu muito sangue. O coração apresentava oito perfurações e o pescoço, quatro (uma delas atingindo tecidos profundos e causando infiltração de sangue na traquéia). Além desses ferimentos, o corpo mostra também escoriações no ombro, que poderiam indicar, de acordo com o médico legista Nelson Massini, que ela tenha sido arrastada. O crime teria sido motivado por inveja, cobiça e vingança, já que, segundo a acusação, Guilherme assediava Daniella em busca de uma maior participação de seu personagem na novela. Sem obter êxito em suas investidas e ao ver que seu personagem não ia aparecer em dois capítulos da novela na semana do crime, acreditou que Daniella teria contado sobre suas perseguições a sua mãe, como forma de prejudicá-lo. Em entrevista, Glória Perez explicou que não diminuiu a participação de Pádua na novela para prejudicá-lo. Ela conta que, naquela semana, recebeu ordens superiores da TV Globo para não tratar de sequestro na novela, porém ela já tinha escrito capítulos sobre o tema. Em consequência, muitas cenas tiveram que ser cortadas e foi por isso que o personagem de Pádua acabou sumindo por dois capítulos. Após o corpo ser encontrado e com a grande repercussão do caso na imprensa, Guilherme chegou a ir a delegacia confortar a mãe e abraçar o marido de Daniella. Na noite do assassinato, uma testemunha havia visto uma movimentação estranha no local do crime e anotou detalhes dos carros, como as placas, tendo posteriormente ligado para a polícia. No local onde o corpo foi encontrado, a polícia encontrou apenas o Escort de Daniella, mas não o outro veículo. No entanto, com os dados do outro veículo em mãos, os investigadores foram até o estúdio da TV Globo e reconheceram o carro de Pádua, que se encaixava na descrição da testemunha. Posteriormente foi descoberto que o assassino havia alterado a placa, o que mostra a premeditação do crime.  A Justiça ordenou a prisão em flagrante de Guilherme de Pádua e ele foi preso. Contudo, a prisão do ator durou poucos dias, pois o seu advogado entrou com um recurso e o juiz concedeu-lhe liberdade provisória, sob a alegação de que a prisão em flagrante tinha sido ilegal. Após sair da cadeia, Pádua desapareceu. Após alguns dias, uma nova decisão judicial decretou a prisão preventiva do ator, que passou a ser considerado foragido. O desaparecimento de Pádua revoltou os atores da novela que fizeram um mutirão para encontrá-lo, interfonando a esmo em prédios da zona sul do Rio de Janeiro, à procura do ator. Após alguns dias foragido, Pádua se entregou às autoridades. Após Pádua confessar o crime, o casal foi preso por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima). Guilherme e Paula foram condenados dezenove anos e seis meses de cadeia por homicídio qualificado, com motivo torpe. Enquanto estava preso, Pádua escreveu o livro "História que o Brasil Desconhece", editado pela “Escriba Editora Multimídia de Artes Gráficas”. Ele pretendia lançá-lo durante a “Bienal do Livro” do Rio, mas uma liminar conseguida por Glória Perez suspendeu o lançamento, tendo sido oficiado à “Secretaria de Segurança Pública” de Minas Gerais para que fizesse a apreensão dos exemplares. Glória Perez obteve então decisão judicial condenando Pádua e a editora a uma multa de vinte mil reais por cada dia em que a decisão não fosse cumprida. A venda do livro foi proibida porque, segundo a decisão judicial, diminuia a imagem e a honra de Daniella. Contudo, o livro foi distribuído aos jurados pelo advogado de Glória Perez como uma maneira de provar as injúrias e difamações que Guilherme fazia contra a vítima. O assassinato de Daniella mobilizou o Brasil e causou revolta na sociedade, com muitos brasileiros exigindo o endurecimento das leis penais. O “Congresso” brasileiro chegou a debater a pena de morte, mas o projeto não andou. Glória Perez iniciou um movimento com vistas a tornar o homicídio qualificado crime hediondo, de modo que os condenados por esse crime passassem a ter de cumprir mais tempo de prisão para conseguir mudar para o regime aberto ou para ter a progressão de pena. Mesmo numa época em que as pessoas não tinham acesso à Internet, em apenas três meses Glória conseguiu recolher um milhão e trezentas mil assinaturas para o seu projeto de lei, após percorrer programas de rádio e televisão e grandes shows de música para pedir a adesão das pessoas. Os papéis passavam de mão em mão. Glória entregou as assinaturas ao “Congresso Nacional”. A nova lei foi aprovada e sancionada pelo então presidente da República Itamar Franco. Todavia, a nova lei não pôde ser aplicada no caso de Daniella Perez, uma vez que o direito brasileiro não permite que uma lei mais severa retroaja para prejudicar alguém. Guilherme é mencionado em um capítulo do livro da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado. Pádua foi solto após ficar preso por seis anos e nove meses, o que significa o cumprimento de um terço da pena. Em entrevista, o promotor Francisco Cembranelli afirmou que o delito que ficou praticamente impune. A pena alta (dezenove anos para ele e dezoito anos e meio para ela) foi cumprida por pouco tempo.  O promotor se referia ao direito à progressão de regime existente na lei penal brasileira, fazendo com que o condenado não cumpra o total da pena em regime fechado.  Pádua se separou de Paula Thomaz e se casou com a produtora de moda Paula Maia, catorze anos mais nova e que havia conhecido na igreja que ambos frequentavam. Pádua foi entrevistado no Programa do Ratinho e pelo Twitter, Glória Perez afirmou que Guilherme de Pádua não era mais réu, logo, não estava mais protegido pelo direito de mentir que a lei brasileira concede a réus. Portanto, qualquer declaração mentirosa resultaria em processo. Assim, Pádua se recusou a responder perguntas sobre o caso para não ser processado. Guilherme de Pádua foi noticiado que sua mulher, Paula Maia, estaria lançando um livro contando a história do marido: "Que Amor é Esse? A História Real de Guilherme de Pádua". Guilherme de Pádua começou a trabalhar na empresa “Itaipu Vidros” como gerente de TI. Guilherme foi entrevistado no programa Domingo Espetacular, no quadro "A Grande Reportagem", contando para Marcelo Rezende sua versão sobre o assassinato, versão esta que já fora modificada várias vezes. Guilherme de Pádua disse, por exemplo, que não havia agredido fisicamente Daniella Perez ao abordá-la, desmentindo as duas testemunhas oculares, os frentistas Flávio de Almeida Bastos e Danielson da Silva Gomes.  Em 2014, o casamento de Guilherme e Paula Maia chegou ao fim. Ela falaria para a imprensa posteriormente, que ele era um grande manipulador.  Guilherme de Pádua foi condenado a pagar uma indenização de quinhentos salários mínimos (cerca de quatrocentpos e quarenta mil reais na época) à Glória Perez e ao marido da atriz, o ator Raul Gazolla. Além disso, Guilherme ainda teve que arcar com as despesas de sepultamento e funeral de Daniella e com os custos processuais e honorários de advogados.  Guilherme de Pádua se casou pela terceira vez, com a estilista Juliana Lacerda e se tornou pastor na Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte.  Guilherme de Pádua postou um vídeo em seu canal do Youtube, pedindo perdão para a mãe de Daniella Perez e para o viúvo, o ator Raul Gazolla. O vídeo gerou muita revolta, com acusações de que Guilherme não estava sendo sincero e que só teria gravado o vídeo devido à repercussão gerada pelo lançamento de um documentário sobre a morte de Daniella Perez.  Guilherme de Pádua morreu em sua residência, vítima de um infarto.

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