Saulo Gomes                                                 

(Rio de Janeiro/RJ, 02 de maio de 1928)                          

(Ribeirão Preto/SP, 23 de outubro de 2019).

Saulo Gomes foi um radialista, escritor, apresentador, repórter, redator, locutor, produtor e jornalista brasileiro com atuação em rádio e TV. Saulo Gomes ocupou a cadeira 28 da “Academia Ribeirão-pretana de Letras”. Durante 20 anos, Saulo Gomes recebeu todos os prêmios de reportagem. Foi Saulo Gomes que, no ano de 1.967, inovou ao introduzir o uso do helicóptero nas reportagens jornalísticas. Saulo Gomes iniciou sua atividade jornalística quando foi o primeiro colocado em um concurso no qual disputavam cerca de 200 jovens para uma vaga de repórter da “Rádio Continental”.  Saulo iniciou as atividades de repórter investigativo em função dos diversos casos de mortes e chacinas no Rio de Janeiro, promovidos pelo “Esquadrão da Morte”. Em 1960, Saulo Gomes conseguiu desvendar, em primeira mão, o misterioso crime da “Fera da Penha” que teve, na época, repercussão nacional. Por conta dessa investigação, Saulo sofreu dois atentados. Saulo Gomes se tornou primeiro jornalista proibido de exercer a profissão pelos militares. Saulo Gomes acumulou dezenas de prêmios e centenas de processos na justiça brasileira, comprovando sempre absoluta lisura e responsabilidade em suas reportagens, sendo absolvido em todas as ações criminais e cíveis. Saulo Gomes começou sua amizade com Chico Xavier, quando, então repórter da TV Tupi, ele conseguiu convencer o médium a romper longo período de silêncio com a imprensa brasileira, ressabiado com a parte dela que o tratava como uma fraude. A partir daí, Saulo teria acesso privilegiado a Chico, além da convivência como amigos até a morte do espírita. Desde então, Saulo Gomes escreveu dois livros sobre Chico Xavier e faz palestras sobre o mesmo Brasil afora. Saulo Gomes protagonizou um momento histórico, informando ao vivo, que a central paulista da extinta TV Tupi deixava, naquele instante, de gerar suas imagens. É de sua autoria uma reportagem especial sobre o "Maníaco do Parque", que marcou uma das maiores audiências da TV Record. Em 2011, Saulo Gomes foi homenageado, como autor local, na “11ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto”. Saulo Gomes nunca esteve filiado a partidos políticos, entretanto, sua independência e denúncia contra poderosos, civis e militares, custaram-lhe treze inquéritos policiais militares, exílio no Uruguai e cadeia no Brasil. Além do jornalismo, Saulo Gomes encontrou tempo para realizar palestras em universidades, nas quais tentou passar sua experiência a futuros profissionais da área. Saulo Gomes era casado e teve filhos. Saulo Gomes morreu de infarto.