Marlene Morbeck
(Itiruçu/BA, 1949)
(Rio de Janeiro/RJ, 15 de julho de 2022).
Marlene Morbeck foi uma modelo, chacrete, figurinista, atriz, compositora e cantora brasileira com atuação em música, teatro e TV. Marlene Morbeck se mudou para a cidade maravilhosa ainda adolescente, movida pelo sonho de ser artista de televisão. Enfrentando grande resistência por parte de sua família, que não via com bons olhos o seu envolvimento com as artes, Marlene rompeu barreiras e se impôs como artista durante o regime militar no Brasil. Dona de uma beleza sertaneja sem igual, Marlene Morbeck conquistou o título de “Rainha do Carnaval” do Rio de Janeiro, ganhando visibilidade nacional nas capas das principais revistas de celebridades do país na época. Marlene começou a fazer figurações na TV Globo, estreando em “O Sheik de Agadir” e também aparecendo em programas da linha de show da emissora, como o “Balança, Mas Não Cai”, quando foi vista por Aberlardo Barbosa, o “Velho Guerreiro”. O sucesso veio, porém, como assistente de palco do no programa do Chacrinha, que Marlene ficou eternizada na memória da televisão brasileira como a chacrete “Loira Sinistra”, apelido carinhoso dado por Chacrinha a ela e que marcou para sempre a sua história de vida. Formada em Belas Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marlene Morbeck atuou na revista “Leite Nelas” ao lado da atriz Cláudia Celeste. Marlene tornou-se figurinista contratada da Rede Globo e foi a grande responsável por modernizar os figurinos do Chacrinha, além de atuar também como figurinista em novelas e séries da emissora, como “Os Trapalhões”. Cantora e compositora, Marlene foi influenciada pelo amigo Tim Maia a gravar um disco próprio, lançado por ela com o single “Borrachudo”. Em seu livro “Vale Tudo – Tim Maia”, Nélson Motta cita Marlene Morbeck como sendo uma das amigas mais íntimas de Tim Maia, a quem ele exigia a presença em alguns shows como condição para subir ao palco. Apaixonada por política e pelo Brasil, Marlene se candidatou algumas vezes à “Câmara de Vereadores” do Rio, mas nunca foi eleita. Prima do cantor e compositor Tião Silveira, Marlene Morbeck era apaixonada pelo Povoado do Peixe, para onde desejava voltar antes de falecer, o que infelizmente não aconteceu. Sua vida e obra serão para sempre lembrados por amigos, família e admiradores, que agora se despedem da eterna “Loira Sinistra”. Não há informações sobre a vida pessoal de Marlene Morbeck que morreu de causas naturais.