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FERNANDO PAMPLONA (87 anos)

ID: h1698 Categoria: Apresentadores Date : Thursday 21st July 2022 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Fernando Augusto da Silveira Pamplona                                  

 

(Rio de Janeiro/RJ, 28 de setembro de 1926)                                         

(Rio de Janeiro/RJ, 29 de setembro de 2013).

 

Fernando Pamplona foi um arnavalesco, cenógrafo, figurinista, iluminador, repórter, professor, ator, produtor e apresentador brasileiro com atuação em teatro, cinema e TV. Filho de Mercedes da Silveira Pamplona, Fernando Pamplona foi jogador de basquete e foi professor universitário. Fernando Pamplona é considerado um dos mais importantes nomes do carnaval carioca. Após a Revolução de 1930, Pamplona foi, com o pai, morar na cidade de Xapuri, no Acre, onde cursou o ensino primário. Ainda criança, Pamplona teve contato com diversas manifestações folclóricas da região, como a festa do boi-bumbá, o que foi crucial para lhe despertar um grande interesse por cultura popular. Formado pela Escola Nacional de Belas Artes, Fernando Pamplona teve uma rápida passagem como ator até conhecer Mário Conde que lhe abriu as portas para a cenografia. O escritor Miercio Tati, membro do então “Departamento de Turismo e Certames” da Prefeitura , hoje “Riotur” o chamou para integrar o corpo de jurados dos desfiles das escolas de samba do Rio. Embora tenha assumido o cargo com dedicação, apenas uma, entre todas as agremiações, deixou Pamplona realmente extasiado, o GRES Acadêmicos do Salgueiro, que naquele ano havia inovado por completo os padrões do carnaval carioca ao jogar para o alto os habituais enredos de capa-e-espada (sobre políticos ou militares) trazidos pelas escolas, abraçando uma temática sobre o pintor francês Jean-Baptiste Debret. Tal tema, denominado "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", fora elaborado pelos figurinistas Dirceu e Marie Louise Nery e o “Salgueiro” fez uma apresentação revolucionária e inesquecível. Pamplona deu nota 8 à agremiação, que somente perdeu por um ponto da Portela. Foi Pamplona um dos poucos jurados a defender, sem medo, sua avaliação sobre os desfiles, o que surpreendeu o diretor de carnaval do “Salgueiro”, Nélson de Andrade. A diretoria da escola, por intermédio de Nélson, o convidou para preparar o desfile salgueirense do ano seguinte e Pamplona aceitou o pedido com a condição de fazer um enredo sobre Zumbi dos Palmares. Pela primeira vez, a vida de uma personagem não oficial da história do Brasil era retratada por uma agremiação. Pamplona chamou seus colegas de teatro, Arlindo Rodrigues e Nilton Sá e acabou se tornando assim um carnavalesco de escola de samba. No “Salgueiro”, Pamplona conquistou quatro títulos e foi vice outras três vezes. Fernando Pamplona empresta seu nome à biblioteca do “Centro de Referência do Carnaval”, a única do gênero no Brasil.  Encontra-se colaboração artística da sua autoria na “Mocidade Portuguesa Feminina: Boletim Mensal”.  No teatro, Fernando Pamplona foi cenógrafo dos espetáculos “Angelina e o Dentista”, “Lampião”, “Ballet Matizes”, “O Badejo”, “O Golpe”, “Os Amantes”, “Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio”, “O Noviço”, “O Carrossel do Casamento”, “Um Vizinho em Nossas Vidas”, “Um Edifício Chamado 200” e foi iluminado do espetáculo “Maroquinhas Fru-Fru”. Pamplona trabalhou na rede Rede Manchete, onde foi comentarista de “Esquentando os Tambporins” nos desfiles de carnaval carioca desde a inauguração do Sambódromo. Anos antes, na TV Rio foi apresentador e repórter também na cobertura do carnaval carioca. Fernando Pamplona foi homenageado pela "Acadêmicos do Salgueiro" com o enredo "Tem que Se Tirar da Cabeça Aquilo que Não Se Tem no Bolso" no carnaval de 1.986. Fernando Pamplona recebeu uma homenagem póstuma da escola de samba "São Clemente"  que levou para a Marquês de Sapucaí um desfile inspirado em sua vida e obra, exaltando sua grande contribuição para o carnaval carioca. A carnavalesca Rosa Magalhães foi a responsável pela bela apresentação. Fernando Pamplona era casado com a atriz Zeni Lacerda Pamplona com quem teve duas filhas, Consuelo e Eneida. Um mês antes de morrer, Fernando Pamplona foi diagnosticado com um câncer raro no fígado que o levou à morte.

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