GENINHA DA ROSA BORGES (100 anos)
Maria Eugênia Franco de Sá da Rosa Borges
(Recife/PE, 21 de junho de 1922)
(Recife/PE, 23 de julho de 2022).
Geninha da Rosa Borges foi uma atriz, escritora, cantora, produtora, autora, diretora, apresentadora, garota-propaganda e professpora de interpretação brasileira com atuaçãpo em rádio, teatro, cinema e TV. Geninha da Rosa Borges era filha de Maria Emília Pinto Franco de Sá. Geninha da Rosa Borges era formada em pedagogia, letras anglo-germânicas e teatro e ficou conhecida com a “Grande Dama do Teatro Pernambucano”. Geninha da Rosa Borges ocupava a “Cadeira 33” da “Academia de Letras e Artes do Nordeste”. Geninha da Rosa Borges participou de sessenta e três peças teatrais, dez filmes e foi diretora em vinte e um espetáculos. Aos vinte anos, Geninha atuou numa apresentação teatral beneficente “Noite de Estrelas”. Logo depois estreou na peça “Primerose”, de Robert de Flers e Gaston de Caillavet, com direção de Valdemar de Oliveira. No “Teatro de Amadores de Pernambuco - TAP”, com participação do diretor polonês Zigmunt Turkow, participou da montagem de “A Comédia do Coração” de Paulo Gonçalves e teve a oportunidade de ser dirigida por artistas nacionais e estrangeiros de renome como Ziembinski, Graça Melo, Flamínio Bollini Cerri, Bibi Ferreira, Luís de Lima, entre outros. Geninha foi designada pelo “Ministério da Educação e Cultura - MEC” para coordenar a equipe do “Sistema Nacional de TV e Rádio Educação” e dar início a um programa pioneiro em Pernambuco de aulas teatralizadas para o rádio. No cinema participou do primeiro filme pernambucano falado, o curta-metragem “O Coelho Saí” de Firmo Neto. Geninha da Rosa Borges foi convidada por Tizuka Yamazaki para fazer o filme “Parahyba Mulher Macho” (diretora da escola) e por Paulo Caldas e Lírio Ferreira a atuar no filme “Baile Perfumado” (Dona Arminda). No cinema, Geninha da Rosa Borges fez ainda os filmes “O Teatro e a Menina Geninha: Geninha da Rosa Borges”, “O Teatro e a Música de Valdemar de Oliveira”, “Nóis Sofre, Mas Nóis Goza” e o curta-metragem “Conceição” (velha senhora). No rádio “Ministério da Educação e Cultura - MEC”, Geninha da Rosa Borges foi apresentadora do “Programa de Aulas Teatralizadas”. Geninha da Rosa Borges foi garota-propaganda em comerciais de TV e fez as campanhas “Produtos Royal”, “Lâmpadas GE – General Electric”, “Azeite Oliva Prima Donna”, “Biscoitos São Luiz Nestlé” e “CoperSucar”. Sua primeira aparição na TV aconteceu na novela “Da Cor do Pecado” de João Emanuel Carneiro, na TV Globo. Depois, voltou a trabalhar com o autor na novela “A Favorita”, no papel de (Angelina), mãe do cínico (Silveirinha), personagem do ator Ary Fontoura. Ao completar oitenta anos de idade, Geninha da Rosa Borges fez uma temporada no Rio de Janeiro, na “Casa de Cultura Laura Alvim”, com o espetáculo “2 em 1 e “O Marido Domado”, peça criada especialmente para ela por Ariano Suassuna, inspirada em “A Megera Domada” de William Shakespeare. Também aos oitenta anos foi homenageada com a peça “Geninha, 80 anos? Não Acredito” de Fernando de Oliveira. Geninha da Rosa Borges recebeu várias vezes os prêmios de melhor atriz e melhor diretora de teatro. Geninha da Rosa Borges era viúva do atleta e ator Otávio “Baby” da Rosa Borges com quem teve quatro filhos, Veramaria, Anamaria, Otávio e Breno. Geninha da Rosa Borges morreu em casa, de causas naturais.