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ADRIANA DE OLIVEIRA (20 anos)

ID: M1652 Categoria: Modelos Date : Monday 30th May 2022 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Adriana de Oliveira              

 

(Santo Andre/SP, 11 de agôsto de 1969)                                   

(Ouro Fino/MG, 27 de janeiro de 1990). 

 

Adriana de Oliveira foi uma das modelos de maior sucesso no Brasil e que  teve atuação em passarela e TV.  Filha da dona de casa Amélia Chiarato e do metalúrgico aposentado da “Mercedes Benz”, Nélson de Oliveira, família de classe média paulista, Adriana foi criada com o único irmão, Ivan Oliveira, dois anos mais velho. Sensação de capas e editoriais das mais importantes revistas nacionais da época, Adriana chegou a figurar na lista das dez mulheres mais lindas do planeta, após sua classificação na final mundial do “Supermodel of The World”, realizada em Los Angeles nos Estados Unidos.   Tida como meiga e muito estudiosa por quem a conhecia, durante a infância e a adolescência teve algumas comodidades, como praticar natação e ter aulas particulares de piano por cinco anos. Caseira, Adriana costumava ajudar a mãe nas tarefas domésticas e era fã das bandas Irae Legião Urbana, bem como do cantor Cazuza. Adriana gostava de praticar esportes, como body boarding e full contact, este último aconselhada pelo namorado, Ciro Marques, que conheceu nos tempos de escola. Antes de se tornar modelo conhecida, Adriana se formou como técnica em processamento de dados na “Escola Técnica Estadual Lauro Gomes”, na vizinha cidade de São Bernardo do Campo. Aos quinze anos, Adriana foi sorteada em uma festa de bairro e recebeu como prêmio um curso de manequim. Embora não se empolgasse tanto por essa carreira, incentivada pelo irmão, um ano depois, Adriana procurou uma agência de modelos e fez suas primeiras fotos pouco pretensiosas. Contratada pela “L'equipe Agence”, Adriana começou a ser chamada para fazer pequenos desfiles e catálogos de moda, incluindo uma campanha de Natal para as lojas Mesbla e a capa da revista Carícia, até então seus maiores trabalhos. Aos dezoito anos e com perfil de modelo fotográfico e de passarela, em virtude de ter corpo e rosto indistintamente fotogênicos, a “Cinderela de Santo André”, como viria a ser conhecida, foi convidada a fazer parte do casting da agência de modelos Class, em São Paulo, uma das mais renomadas de então no Brasil, filiada à Ford Modelsamericana. Em pouco tempo, sua agenda já tinha uma média de vinte e cinco contratos por mês, o que a tornou a modelo mais requisitada da agência. O sucesso repentino também logo a levaria a passar uma temporada no Japão. Sua carreira se consolidou ao derrotar sete mil outras concorrentes e vencer a etapa brasileira do concurso “Supermodel of The World. Adriana disputa a final mundial em Los Angeles e fica entre as dez finalistas. Após a vitória, os convites para participar de desfiles, ensaios fotográficos e comerciais (Palmolive, Bob's, Pool, Mappin, Bis, Divina Decadência), entre outros se multiplicam. Adriana passa também a figurar nas páginas das revistas mais festejadas da época, como Nova, Máxima,Moda Brasil,Manequim,Cláudiae Faça Fácil.  Com apenas dois anos de trabalho e já elevada à categoria de top model, Adriana foi incluída em uma lista das dez modelos de maior sucesso no planeta. Adriana  tinha viagem marcada para a Alemanha e havia pousado para quatro revistas internacionais. Parte das fotos foi feita pela prestigiada fotógrafa de moda norte-americana Carol Weinberg. Mesmo antes de sua carreira de modelo deslanchar, ainda no fim da adolescência, Adriana conheceu Ciro Roberto de Azevedo Marques, na época estudante do terceiro ano de direito da “Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo”, com quem começou a namorar. Com ele, Adriana fazia planos futuros de se casar e ir morar no litoral paulista após o fim da carreira. Ciro era amigo de Dagoberto da Costa, que namorava a também modelo Cláudia Bassaneto, que conheceu Adriana enquanto trabalhavam no Japão. Ambos os casais costumavam sair juntos em virtude das afinidades que compartilhavam. Numa noite de sexta-feira, após saírem da festa de casamento do irmão de Ciro, os quatro decidiram improvisadamente viajar para o sítio “Vale a Vista”, a quarenta quilômetros de Ouro Fino, interior de Minas Gerais. Eles embarcaram no Gol branco de Adriana e partiram, chegando lá de madrugada. No sábado pela manhã, segundo os laudos, Adriana bebeu álcool e usou drogas com os amigos. Por volta das 15 horas, Adriana se sentiu mal enquanto admirava a paisagem no pátio com um binóculo, caiu no chão e começou a se contorcer e a gritar em convulsões. Nenhum de seus amigos conseguiu segurá-la em virtude da agitação e, com medo de levá-la ao hospital devido ao estado em que se encontravam, tentaram reanimá-la ali mesmo com respiração boca a boca e jatos de água fria no rosto. Ao perceber que a modelo não melhorava após duas horas de tentativas de salvamento, com a ajuda de um vizinho que veio socorrê-la, o grupo resolveu finalmente levá-la às pressas ao hospital. Com o rosto pálido, as pupilas dilatadas e as extremidades roxas pela falta de oxigenação, Adriana já chegou morta à “Santa Casa de Misericórdia de Ouro Fino” em virtude de uma parada cardiorrespiratória. Meia hora após a morte cerebral ser constatada, a polícia chegou ao local para providenciar a remoção de seu corpo para Pouso Alegre, onde passaria por exames cadavéricos.  Dias depois, o laudo  que continha os exames das vísceras da modelo, detectou uma combinação fatal de várias substâncias,  como cocaína, maconha, álcool e tranquilizante Diazepan. O Diazepan é comumente encontrado em pílulas de emagrecimento. Segundo o laudo, Adriana havia ingerido uma quantidade seis vezes maior do que aquela considerada letal ao ser humano.  Ciro e o casal acompanhante foram, na época, acusados de omissão de socorro e tentativa de ocultar a verdadeira causa da morte. No sítio, foram encontrados um espelho quebrado, usado para cheirar cocaína e tubos para aspiração desse pó, embora desde o primeiro momento o namorado e o casal de amigos tenham garantido que ela não havia ingerido cocaína. No entanto, constatou-se que antes de a polícia civil chegar ao local uma limpeza havia sido feita na casa por parte de uma tia de Dagoberto da Costa. Dias depois, o delegado de Pouso Alegre, Carlos Augusto Camargo da Silva, encarregado do caso, viajou para São Paulo com um mandado de prisão preventiva para Ciro, Cláudia e Dagoberto. Nessa ocasião, os três haviam desaparecido, tornando-se portanto foragidos da justiça. O processo jurídico da morte da modelo se arrastou e a decisão tomada por três desembargadores da “Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça” de Belo Horizonte foi de impronunciamento, o que significou que eles não seriam levados a júri por homicídio em virtude da falta de provas concretas das responsabilidades, apesar de terem assumido o risco na morte da modelo por não a terem levado imediatamente ao hospital. Os advogados de defesa dos réus alegaram que a fatalidade poderia ter ocorrido com qualquer um deles, tese não aceita pelos advogados da família de Adriana. Ninguém foi responsabilizado ou condenado, pois segundo a justiça não houve vontade dos três em perpetrar a morte da modelo. A morte trágica de Adriana de Oliveira, com apenas 20 anos e no auge de sua carreira, atraiu enorme atenção da mídia, que não cessou de publicar matérias sobre o caso durante os dois primeiros anos até a decisão do inquérito sobre o ocorrido. Ainda hoje, o caso da modelo sempre vem à tona quando o assunto é o uso de entorpecentes entre jovens no Brasil.

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