Alfred Siegmund Kleemann                                       

(Berlim/ALEMANHA, 02 de setembro de 1927)                                

(São Paulo/SP, 30 de outubro de 1974).  

Fredi Kleemann foi um ator, diretor, fotógrafo e produtor alemão com trabalhos no Brasil e atuação em teatro, cinema e TV. Fredi Kleemann era filho de Aniie Kleemann. Fredi (grafado como Fredy em alguns trabalhos) veio para o Brasil com sua família, aos seis anos de idade por serem refugiados da perseguição dos nazistas aos judeus Fredi estreou como ator em 1936. Fredi fez parte de um grupo de teatro amador na comunidade judaica. Kleemann comprou uma câmara fotográfica e passou a clicar os amigos em eventos e encontros informais. Em pouco tempo, Fredi Kleemann ficou conhecido tanto como ator como fotógrafo e foi uma figura muito importante na fase de implantação do teatro moderno em São Paulo e no Brasil. Seu primeiro trabalho como fotógrafo profissional, foi na “Fotóptica”. Fredi Kleemann passou a fazer parte também do “Foto Cine - Clube Bandeirantes”. Kleemann ficou amigo de vários profissionais, dentre eles o ator Marcos Jourdan, que cursava a “EAD - Escola de Arte Dramática”. E assim Fredi começou a fotografar os atores do “TBC - Teatro Brasileiro de Comédia”. Fredi Kleemann conheceu aí a grande atriz Cacilda Becker que o convidou para ser ator coadjuvante em suas peças, o que ele aceitou. No teatro, Fredi Kleemann fez, entre outras, as peças  “Nick Bar… Álcool, Brinquedos, Ambições”, ”O Anjo de Pedra”, “Seis Personagens à Procura de um Autor”, “Mortos Sem Sepultura”, “Eurídice”, “Paiol Velho” (Quinzinho Pereira), “Na Terra Como no Céu”, “Inimigos Íntimos”, ”Mary Stuart”, (Brasil e Portugal), “Os Filhos de Eduardo”, “Divórcio Para Três”, “Volpone”, “Adorável Júlia” (Pedro), “Auto da Compadecida” (Brasil e Portugal), “Pega Fogo” (no Brasil e no Festival das Nações de Paris na França), “Santa Marta Fabril S.A”, “Oscar”, “A Terceira Pessoa”, “Alô, Alô... 36-4408 (Direção e Produção), “Clube da Fossa” (Direção e Produção), “Intrigas e Amor”, “Hamlet”, além da leitura dramatizada de “A Cidade Assassinada”. Quando Cacilda Becker deixou o TBC, Fredi a acompanhou e junto com Cleyde Yáconis, Walmor Chagas, Ziembinski e a própria Cacilda, fundou a “Companhia Cacilda Becker”. Montaram então: “O Santo e a Porca” (Brasil e Portugal), ”Jornada de Um Longo Dia Dentro da Noite”, “A Dama das Camélias” (Brasil e Portugal), ”Virtude e Circunstância”, “Em Moeda Corrente do País”, “A Visita da Velha Senhora” (Burgomestre) e ”O Mentiroso”. Desde a montagem de “O Mentiroso”, Fredi foi contratado para ser o fotógrafo oficial da “Companhia Vera Cruz”. Antes das estréias, sempre havia um ensaio geral, com fotos feitas por Fredi, para a divulgação. E ele passou a ser o primeiro fotógrafo oficial para registro do teatro em São Paulo. E este foi o período mais profícuo do teatro. Em TV, Fredi Kleemann fez, entre outros trabalhos o episódio “Auto da Rosa de Belém” da série “Teatro Cacilda Becker” da TV Record, os episódios “Assassinato a Domicílio”, “Avatar”, “Leonor de Mendonça”, “Luz de Gás” e “Se Eu Quisesse” (Marido de Germain) da série “Teatro Philco” na TV Rio, os episódios “Rebecca” e “Um Casal Feliz” da série “TV Studio V” também na TV Rio, além da novela “Uma Sombra em Minha Vida”. No cinema, Fredi Kleemann esteve no filme “Noiva da Noite: O Desejo de 7 Homens” sendo esse seu último trabalho. Fredi Kleemann recebeu muitos prêmios como fotógrafo, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, Canadá e Argentina. Kleemann foi o primeiro sul-americano a ganhar prêmio no “Salão Internacional de Paris”. Com suas lentes e seu espírito de ator, registrava nuances particulares e muito marcantes, das cenas e da atuação dos atores. Seu acervo de 12.000 fotos foi adquirido, em 1976, pela “Secretaria de Cultura do Município de São Paulo”. Nesse acervo há ensaios fotográficos, bonecos de divulgação, fotos de familiares e amigos, e fotos de cenas dos espetáculos teatrais. Fredi Kleemann namorou o ator Gilson Barbosa. Fredi Kleemann morreu vitimado por um colapso cardíaco.