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NÉLSON SANGENTO (96 anos)

ID: h1450 Categoria: Cantores/Músicos Date : Wednesday 26th May 2021 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Nélson Mattos         

 

(Rio de Janeiro/RJ, 25 de julho de 1924)             

(Rio de Janeiro/RJ, 27 de maio de 2021).

 

Nélson Sargento foi um cantor, compositor, musicista, autor, letrista, escritor e pesquisador da música popular brasileira, artista plástico e ator brasileiro com atuação em música, rádio, cinema e TV. Nélson Sargento era filho de Rosa Maria da Conceição e Olímpio José de Mattos. Rosa Maria era empregada doméstica e cozinheira. Trabalhava e morava com Nélson na Tijuca, na casa do comerciante Manoel Ferreira Dias que era atacadista de secos e molhados no centro. Seu pai, cozinheiro de profissão, trabalhava no “Armazém Dragão”. Nélson conviveu pouco com o pai. Eles se encontravam esporadicamente, pois quando o conheceu, ele não morava mais com sua mãe. Olímpio morreu de gangrena, depois de um acidente na cozinha de um restaurante: uma panela de água quente caiu em seu pé e, não sendo tratado, acabou falecendo. Sua mãe saiu do emprego da casa dos Ferreira Dias, indo morar no morro do Salgueiro, em um barraco alugado. Para se sustentar ela passou a lavar a roupa de várias famílias. Nélson entregava as roupas lavadas no bairro da Tijuca. Foi lá no morro do Salgueiro que Nélson, então com dez anos de idade, tomou conhecimento do samba, desfilando e tocando tamborim na escola "Azul e Branco". Ali havia ainda outras duas escolas: a "Unidos do Salgueiro" e a "Depois eu Digo". José Casemiro, (conhecido como Calça Larga), uma liderança no morro, uniu todas elas, nascendo assim a “Acadêmicos do Salgueiro”. Sua mãe morava com um senhor de idade avançada, chamado Arthur Pequeno, que trabalhava como tecelão da fábrica de “Tecidos Bom Pastor” e era grande amigo de Alfredo Português, importante compositor da “GRES Estação Primeira de Mangueira”. Com o falecimento do companheiro, Rosa Maria teve muitas dificuldades para se manter com Nélson no Morro do Salgueiro. Alfredo Português a convidou para morarem com ele em sua casa na Mangueira. Ele morava numa parte do morro conhecida como “Santo Antônio”. Alfredo Português era empreiteiro da construção civil, um excelente letrista e uma figura diferente naquele universo, um português que compunha sambas. Nélson despontou para a música na adolescência, quando Alfredo Português descobriu o talento que surgia no jovem. Alfredo e Nélson compuseram o samba-enredo "Primavera", também chamado de “As Quatro Estações do Ano”, considerado um dos mais belos de todos os tempos. O Sargento, do autor do samba Agoniza, Mas não Morre”, corresponde, na verdade a mais alta graduação que o cidadão Nélson Mattos atingiu quando serviu ao “Exército Brasileiro”. Nélson Sargento viveu durante longos anos nos morros da cidade do Rio de Janeiro. Viveu na Tijuca e é considerado cidadão do mundo, já que sua música é conhecida, pelo menos, nas Américas e no Japão. O compositor mangueirense possui, aproximadamente, quatrocentas músicas em seu repertório. Nélson Sargento se mudou do Morro do Salgueiro para o Morro da Mangueira aos doze anos de idade. Nélson Sargento militava pelo samba quando o gênero era marginalizado. Nélson integrou o conjunto “A Voz do Morro”, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho. Entre seus parceiros de composição musical, estão Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca. Nélson Sargento escreveu os livros "Prisioneiro do Mundo" e "Um Certo Geraldo Pereira". Nélson Sargento atuou nos filmes “Dente Por Dente”, "O Primeiro Dia" (Vovô) de Walter Salles e Daniela Thomas, "Orfeu" (ele mesmo) de Cacá Diegues, “Meu Compadre, Zé Ketti”, “Paulinho da Viola, Meu Tempo é Hoje”, “O Passageiro- Segredos de Adulto” (mecânico), “Cartola, Música Para os Olhos”, “Guardians of The Samba” e "Nélson Sargento da Mangueira" de Estêvão Pantoja, que lhe valeu a premiação do “Kikito”, no “Festival de Gramado”, pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta metragem. Na TV, Nélson Sargento apareceu como ator na missérie “Presença de Anita” (João) da TV Globo, no programa “CQC: Custe o Que Custar” na Band e na novela “A Força do Querer” da TV Globo, além de diversas participações em programas de auditório como jurado ou homenageado. Nélson Sargento era baluarte e presidente de honra da “Estação Primeira de Mangueira”. Sua trajetória na música, na literatura e nas artes são suficientes para vários carnavais. Em homenagem aos 90 anos do sambista, o “Portal EBC” preparou uma matéria especial com entrevistas e vídeos exclusivos. Nélson Sargento era um ilustre torcedor do Vasco da Gama”, tendo participado do Megashow comemorativo dos cento e treze anos do clube, onde apresentou sua música "Casaca, Casaca", exaltando seu amor pelo “Vasco”. Em 2017 teve seu show “Nelson Sargento Com Vida” eleito, com o acompanhamento do “Grupo Reduto” e participações de Monarco, Criolo, Diogo Nogueira, Sandra de Sá, Denegrindo e Alcione, por votação popular, segundo o “Guia Folha de S.Paulo”, como o melhor show nacional. Em 2018, o show “Nelson Sargento Com Vida”, aconteceu no “Teatro da UFF”, em Niterói, com acompanhamento do “Coletivo Sindicato do Samba” e participações de Áurea Martins e Edil Pacheco. Em 2017 com a realização da “Fundação Cesgranrio”, Nélson Sargento foi o anfitrião do “Projeto Griôs” da “Cultura Popular Brasileira”, do qual participaram os griôs Monarco, Rubem Confete, Tantinho da Mangueira e Tia Maria do Jongo. O projeto consistiu no encontro em uma roda de diálogo, dos griôs com crianças e jovens da Favela da Mangueira. Em 2018 o projeto continuou com a realização da “Fundação Cesgranrio”, na “Casa do Jongo”, na Serrinha. Em janeiro de 2018, Nélson Sargento lançou um canal no Youtube, onde teve os programas “Cidade do Samba” e “Nélson Sargento: Memória do Samba”. Nélson Sargento era casado com Evonete Belizario Mattos. O casal teve seis filhos biológicos (Fernando, José Geraldo, Marcos, Léo, Ricardo e Ronaldo) e três adotivos (Rosemere, Rosemar e Rosana), além de ter criado vários filhos e filhas do coração. Era empresariado e agenciado, com exclusividade, pela produtora “Conexão Social Produções”, que tem como sócios seu filho caçula Ronaldo Mattos e sua nora Lívea Mattos. Nélson Sargento foi vacinado contra Covid em uma cerimônia no “Palácio da Cidade”, na qual o prefeito Eduardo Paes deu início à campanha de vacinação para a terceira idade no Rio. Ao lado dele, estavam outros quatro idosos, entre eles o ator Orlando Drummond, de cento e um anos. Mesmo tendo recebido as duas doses do imunizante, Nélson Sargento foi infectado.  Nélson Sargento estava internado no “Instituto Nacional de Câncer - INCA”, quando o sambista chegou à unidade com quadro de "anorexia e desidratação" e, logo após, testar positivo para Covid-19. Sua morte repercutiu no mundo artístico e político. A “Estação Primeira de Mangueira” lamentou a partida de seu baluarte e presidente de honra. A “Liga das Escolas de Samba” do Rio de Janeiro lamentou a morte de Nélson. Jornalistas e intelectuais como Chico Pinheiro, Flávia Oliveira, Luciano Huck, Regina Casé, Luiz Antônio Simas, Leandro Vieira, Boninho, Mariana Gross e artistas como Monarco, Alcione, Gilberto Gil, Zélia Duncan, Marcelo D2, Leci Brandão, Elza Soares, Zeca Pagodinho, Paulinho da Viola, Teresa Cristina, Tia Surica, Neguinho da Beija-Flor, Ailton Graça e Diogo Nogueira compartilharam homenagens ao legado de Nélson Sargento. O “Vasco da Gama” lamentou sua partida. “Flamengo”, “Fluminense” e “Botafogo” compartilharam homenagens em suas redes oficiais. Nélson Sargento morreu vitimado pela Covid-19. Nélson Sargento era paciente do INCA desde quando foi diagnosticado e tratado um câncer de próstata.

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