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AGNALDO TIMÓTEO (84 anos)

ID: h1436 Categoria: Cantores/Músicos Date : Friday 2nd April 2021 9:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Agnaldo Timóteo Pereira                 

 

(Caratinga/MG, 16 de setembro de 1936)           

(Rio de Janeiro/RJ, 03 de abril de 2021). 

 

Agnaldo Timóteo foi um cantor, compositor, escritor e político brasileiro com atuação em música, rádio, circo, teatro, cinema e TV. Agnaldo Timóteo era filho de José Timóteo Pereira e Catarina Maria Passos Pereira. Agnaldo Timóteo atuou na política como vereador e deputado federal. Agnaldo Timóteo passou toda a sua infância em sua terra natal, Caratinga. Desde pequeno se interessou por música e se apresentava nos circos que passavam pela cidade. Foi lá onde ele conheceu o cartunista Ziraldo, seu conterrâneo. Agnaldo Timóteo iniciou a carreira como intérprete de versões de sucessos internacionais. Agnaldo Timóteo teve grande popularidade durante duas décadas, foi recordista de vendas de discos e foi agraciado com vários prêmios ao longo de sua carreira. Com mais de cinqüenta e cinco anos de carreira, Agnaldo Timóteo continuava a se apresentar pelo Brasil e conseguia mobilizar grande público, principalmente nas cidades do interior, tendo ainda reconhecimento internacional em Moçambique. Timóteo se mantinha ativo devido as suas participações em programas de televisão e entrevistas. Aos dezesseis de idade, Agnaldo Timóteo saiu de Caratinga e foi para Governador Valadares, no mesmo estado e iniciou seu trabalho como torneiro mecânico, fabricando peças para veículos que eram usados nas construções de estradas e rodovia. Lá trabalhou na oficina de italianos “Lambertucci Retifica”, no Bairro Prado, que era vizinha de uma casa onde se ouvia muita música. Agnaldo largava o trabalho para ouvir "Adeus, Querido", sucesso da cantora Ângela Maria. Os anos seguintes foram marcados pelas viagens em busca de oportunidades para gravar e cantar. Agnaldo Timóteo se mudou para Belo Horizonte, onde não obteve muito êxito, embora fosse reconhecido pelas rádios da cidade como o "Cauby Mineiro". Agnaldo Timóteo era chamado para defender as canções de Cauby e até se fazer passar por ele, pois o mesmo viajava muito e não podia comparecer a todos os convites e compromissos, ele era chamado para imitá-lo nas rádios.  Com a ajuda de Aldair Pinto cantou nas rádios “Inconfidência”, “Itatiaia”, “Mineira” e “Guarani”. Agnaldo Timóteo teve a oportunidade de conhecer Ângela Maria em um show que ela realizou em Belo Horizonte e ela lhe deu o conselho para ir para o Rio de Janeiro, onde, provavelmente, teria mais chances e oportunidades. No Rio de Janeiro, Timóteo passou por hospedarias e casas de parentes, passando pelo Lins de Vasconcelos, onde conheceu o cantor Roberto Carlos, que na época havia buscado a capital pelo sonho de virar cantor. Agnaldo revelou em um programa de televisão que eles costumavam ir a pé do Lins à Cinelândia para as Rádio Nacionale “Rádio Mayrinck Veiga em busca de oportunidades, pois não tinham dinheiro sequer para pagar o bonde. Neste período, não encontrando as oportunidades que buscava, pediu trabalho para Ângela Maria, que tinha um automóvel e não sabia dirigir. Indicado pela patroa aconteceu sua estreia em disco, um 78 rotações com “Sábado no Morro” e “Cruel Solidão”, para o selo “Caravelle”, onde gravou também no ano seguinte a marcha Na Base do Amendoim”. Nada aconteceu. Pela “Philips”, Timóteo gravou o compacto duplo “Tortura de Amor” de Waldick Soriano, um trabalho mais bem elaborado e fiel ao seu estilo romântico. A gravadora, no entanto, não acreditou no sucesso e as cento e oitenta cópias foram vendidas de mão em mão pelo próprio artista. O programa realizado por Jair de Taumaturgo na TV Rio, teve Agnaldo Timóteo como o "defensor" da balada "The House of the Rising Sun", sucesso do grupo britânico The Animals”. Agnaldo ganhou todos os prêmios do programa e arrebatou o público jovem, sendo contratado, imediatamente, pela “EMI-Odeon”, onde teve a oportunidade de gravar seus primeiros discos. O LP "Surge um Astro", um disco de versões de sucessos internacionais foi sucesso de vendas do mercado fonográfico. O disco emplacou sucessos como "A Casa de Irene" (“A Casa D'Irene”), "A Casa do Sol Nascente" (“The House Of The Rising Sun”), "É Tão Triste Veneza" (“Que C'est Triste Venise”), mas o hit mais conhecido foi "Mamãe" (“La Mamma”). Agnaldo Timóteo participou de muitos programas da juventude, principalmente o “Jovem Guarda”, embora fosse mais velho que a média dos outros participantes. Agnaldo Timóteo lançou "O Astro do Sucesso", que seguia o mesmo roteiro de sucesso do primeiro, era composto por versões de sucessos internacionais que estavam fazendo sucesso. As músicas de maior destaque foram "Último Telefonema" (“L'ultima Telefonata”), "Não Te Amo Mais" (“Je Ne T'Aime Plus”) e "Aline", estas últimas sucesso do jovem francês Christophe. Agnaldo Timóteo lançou o álbum "Obrigado Querida", emplacando como sucesso a canção "Meu Grito" de Roberto Carlos, ficando em primeiro lugar em todas as gravadoras do país. O disco veio ainda com dois grandes sucessos da sua carreira: "Mamãe Estou Tão Feliz" (“Mamma”) e "Os Verdes Campos da Minha Terra" ("Green Green Grass Of Home”). Segundo Timóteo, "Meu Grito" consolidou a sua carreira, que precisava de uma música própria e original, diferente das versões que recebia para gravar. O disco seguinte trouxe "Deixe-me Outro Dia, Menos Hoje" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos e "A Hora do Amor" (“L'ora Dell'Amore”). O LP seguinte não teve muito destaque, trazendo apenas "Eu Vou Sair Para Buscar Você" de Nélson Ned como sucesso. Agnaldo Timóteo tentou carreira no mercado latino, com versões de sucessos seus, de Cauby Peixoto e Nélson Gonçalves, mas também não disparou. Timóteo lançou regravações de hits de outros artistas como "These Are The Songs" de Tim Maia. O LP "Agnaldo Timóteo Sempre Sucesso"  também não foi de grande sucesso, embora estivesse como um dos mais vendidos daquele ano. Com o álbum "Os Brutos Também Amam", Agnaldo Timóteo mostrou que seguiria a linha dos românticos, cada vez menos falando a linguagem dos jovens. Este disco mostrou o amadurecimento musical do artista, que vinha contando seus sentimentos e desastres amorosos através de músicas inéditas. O maior sucesso foi "Os Brutos Também Amam", da dupla Roberto e Erasmo. A capa deste disco trazia um desenho seu com dois leões de fundo, fato que fez o apresentador Sílvio Santos colocar o cantor para cantar ao vivo em uma jaula ao lado de um leão. O próximo disco traria outro sucesso inédito da dupla “Frustrações”, que deu título ao álbum. A capa deste também foi emblemática, pois trazia o cantor no gramado de um Maracanã vazio, para demonstrar tamanha solidão. Segundo ele próprio, o estádio foi um símbolo de uma grande frustração sua - o futebol. Botafoguense de carteirinha, Timóteo nunca foi bom no esporte. O disco trazia outros sucessos também como “Adeus Pampa Mia” e “Cedo Para Amar”, levando o cantor várias vezes no mesmo ano para receber prêmios no programa do Chacrinha. Agnaldo Timóteo lançou a primeira composição própria “A Galeria do Amor”. Segundo Nélson Motta essa foi uma música de grande valor e foi uma das grandes contribuições da música chamada brega. O disco contou inclusive com uma canção do jornalista em parceria com Guto Graça Melo, "Enigma de Uma Vida", além de "Quero Ser Seu Amigo" de Benito di Paula, ambas inéditas, além da regravação de "A Noiva", versão de Fred Jorge, sucesso de Cauby Peixoto.  “Eu Pecador” foi outra mensagem de duplo-sentido deixada pelo cantor. Entretanto, desta vez, Timóteo deixou a sua outra visão sobre os romances de que tratava, afirmando que eles eram o seu pecado. O álbum contou com a sua primeira tentativa de incursão no grupo da MPB, a gravação de “Por Causa de Você” de Dolores Duran e Tom Jobim.  Depois do sucesso de “A Galeria do Amor”, Agnaldo voltou ao tema da vida noturna no Rio de Janeiro. Timóteo fez o seu disco de maior sucesso “Perdido na Noite”, com a canção de trabalho assinada por si mesmo, além de outras composições, “Aventureiros” e “O Conquistador” (esta com Wagner Montanheiro e Miguel Plopschi). O álbum teve “Tristeza Danada” (de seu irmão Majó) como segundo destaque. Provavelmente foi sua primeira tentativa de incursão para o grupo de cantores da MPB, pois neste álbum esteve presente “Olhos nos Olhos” de Chico Buarque, sendo lançada simultaneamente por ele, pelo compositor e por Maria Bethânia. Agnaldo Timóteo lançou "A Força da Mulher", álbum que reunia catorze faixas com nomes de mulher, dando voz a sucessos como “Michelle”, dos Beatles”, “Manuela”, de Julio Iglesias e “Mulher (Sexo Frágil)” de Erasmo Carlos e dedicou o trabalho a então presidente da república Dilma Rousseff. Agnaldo Timóteo concorreu ao “Prêmio da Música Brasileira”, na categoria melhor cantor popular pelo álbum e gravou um DVD com mesmo nome, saindo em turnê. Agnaldo Timóteo fez participação especial no show Duas Gerações da dupla Matogrosso & Mathias gravado ao vivo, cantando o sucesso "24 Horas de Amor". Agnaldo Timóteo lançou o álbum (DVD + CD) “Agnaldo Timóteo 50 Anos na Estrada Asfaltada“ (Ao Vivo), lançado em parceria da Coqueiro Verde com o Canal Brasil. O show foi gravado no Teatro São Pedro em São Paulo, onde o artista celebrou sua carreira cantando sucessos com participações especiais de Alcione, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Claudete Soares e Martinha. Agnaldo Timóteo participou do projeto "MPB na ABL" (comemorando a música romântica nos 450 anos da cidade do Rio) ao lado do cantor Luiz Vieira, a convite de Ricardo Cravo Albin para um bate-papo intercalado com apresentações musicais. Agnaldo Timóteo escreveu o prefácio do livro "Mensagens Para a Vovó" de autoria de Antônio Marcos Pires e junto com o autor participou da “Bienal do Livro SP” 2016 autografando o livro. Agnaldo Timóteo lançou o álbum "Obrigado, Cauby" em tributo ao cantor falecido no ano anterior. Agnaldo perpassa vários sucessos da carreira do ídolo, tais como "Conceição" (em dueto póstumo com o homenageado), "Bastidores" e "Ninguém é de Ninguém". Agnaldo Timóteo saiu em turnê pelo país com show homônimo. No mesmo ano foi lançado nos cinemas o documentário "Eu, Pecador" de Nélson Hoineff retratando a vida musical, pessoal e política do artista. Nesse documentário, Agnaldo Timóteo assumiu, aos oitenta e um anos já haver tido relações com outros homens. Porém, optou por não definir sua sexualidade. Agnaldo Timóteo gravou o álbum “Reverências”, ao vivo no Teatro Itália em São Paulo, no qual presta tributo a ídolos e artistas do seu tempo que influenciaram sua obra como Elis Regina, Gonzaguinha e Tim Maia. Agnaldo Timóteo grava um show para o programa “Todas as Bossas” da TV Brasil apresentando seus recentes trabalhos e participa de álbuns coletivos em homenagem a outros artistas, tais como Luiz Vieira e Martinha, as apresentações musicais foram registradas em disco. Agnaldo Timóteo participou ao lado de grandes artistas nacionais do projeto especial em homenagem ao centenário da cantora Dalva de Oliveira e saiu em turnê na companhia de Claudete Soares, Eliane Pittman e Márcio Gomes pelo país para a divulgação do trabalho. Junto destes artistas, Timóteo gravou um especial em tributo à Dalva que foi transmitido pela TV Brasil no programa “Todas as Bossas”. Agnaldo Timóteo sofreu um AVC quando se preparava para uma apresentação no interior da Bahia. Agnaldo Timóteo ficou hospitalizado por cinqüenta e nove dias e ao longo do ano foi recuperando sua saúde e retornou aos palcos. Seu grande retorno se deu no programa Conversa Com Bial, onde falou sobre sua vida e carreira com o apresentador e interpretou alguns sucessos. Após dezessete dias internado na unidade de terapia intensiva, Agnaldo Timóteo morreu de complicações decorrentes da COVID-19.

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