David Grimberg                                 

(Juiz de Fora/MG, 09 de abril de 1934)             

(São Paulo/SP, 06 de agosto de 2017).  

David Grimberg foi um diretor de televisão brasileiro com atuação também em rádio. Ficou conhecido por dirigir o núcleo de teledramaturgia do SBT, em sua parceria com a Televisa. David Grimberg começou a carreira na TV Tupi de São Paulo como iluminador. Em poucos meses passou a câmera-man e aí se percebeu que ele era muito criativo e que teria muito futuro. Foi Grimberg que descobriu o truque de gravar a cena de cabeça para baixo. O cenário era um restaurante montado no teto e pelas paredes. David mudou um botão da câmera e foi invertendo a tela. Isso se deu no “TV de Comédia”, que era um programa leve e permitia esses truques. Quando chegou o vídeo-teipe, Grimberg se especializou no novo processo revolucionário. Foi chamado para cuidar da unidade de videotape “Ampex”, adquirida pela TV Tupi. Em seguida, David Grimberg foi contratado pela TV Excelsior, que estava no auge das grandes produções e passou para a direção de novelas e de TV. David Grimberg dirigiu “É Proibido Amar”, “A Deusa Vencida”, “A Menina do Veleiro Azul”. Foi na TV Excelsior que Grimberg teve participação no “1º Festival de Música Popular Brasileira”. A TV Excelsior, no entanto, entrou em declínio e David para salvá-la criou com os colegas até um pedágio em frente ao “Teatro Cultura Artística”, solicitando ao público, colaboração para evitar o naufrágio. Não teve jeito, a Excelsior fechou e David foi para a TV Paulista (onde já havia estado anteriormente, na época da “OVC - Organizações Victor Costa”), que já era TV Globo. David Grimberg foi chamado para dirigir “Shazan, Xerife & Cia”. David Grimberg se mudou para o Rio de Janeiro, só voltando para São Paulo quando voltou para a TV Tupi onde dirigiu “Um Dia, o Amor”, “Xeque-Mate” e “O Profeta” e pouco depois fez na TV Record “O Espantalho”. Quando a Tupi foi extinta David Grinberg foi para o SBT. Passou depois para Manchete, onde foi gerente de produção e diretor na fase de ascensão da emissora. Voltou para o Rio de Janeiro. Dentro do núcleo, esteve por trás de sucessos da Manchete como “Dona Beija”, “Kananga do Japão”, “Tudo ou Nada” e “Pantanal”. Saiu da emissora na crise, voltando para o SBT e como produtor executivo, ao lado de Nilton Travesso fez “As Pupilas do Senhor Reitor, “Éramos Seis” e depois, sozinho, “Fascinação”. David Grimberg ficou um tempo afastado, mas Silvio Santos novamente o chamou para ser diretor do núcleo de teledramaturgia, onde realizou vários trabalhos. David Grimberg comandou as novelas “Pícara Sonhadora”, “Amor e Ódio”, “Marisol”, “A Pequena Travessa”, “Jamais Te Esquecerei”, “Canavial de Paixões, “Seus Olhos, “Esmeralda”, “Os Ricos Também Choram”, ”Cristal”, “Maria Esperança”, “Amigas e Rivais” e “Revelação”.  David Grimberg era casado com Vera Lúcia Akut. Não foram informados os motivos que levaram à morte o diretor David Grimberg.