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ZÉ KETI (78 anos)

ID: h1317 Categoria: Cantores/Músicos Date : Friday 19th February 2021 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

José Flores de Jesus                                  

 

(Rio de Janeiro/RJ, 06 de outubro de 1921)             

(Rio de Janeiro/RJ, 14 de novembro de 1999).

 

Zé Keti foi um cantor e compositor do samba brasileiro com atuação em música, carnaval, teatro e TV. José Flores de Jesus ficou conhecido como Zé Keti. Zé Keti foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, das quais participavam nomes famosos da música popular brasileira como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, Zé Keti cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Após a morte do avô, Zé Keti se mudou para a Rua Dona Clara. Zé Keti cantou o samba, as favelas, a malandragem e seus amores. Zé Keti começou a atuar na ala dos compositores da escola de samba Portela”. Zé Keti compôs sua primeira marcha carnavalesca, "Se o Feio Doesse". "Tio Sam no Samba" foi o primeiro samba de sua autoria gravado pelo grupo “Vocalistas Tropicais”. Zé Keti obteve seu primeiro grande sucesso com o samba "Amor Passageiro", parceria com Jorge Abdala gravado por Linda Batista na RCA”. O seu samba "Amar é Bom", parceria com Jorge Abdala foi gravado na “Todamérica” pelos “Garotos da Lua”. A carreira de Zé Keti começou a deslanchar quando seu samba "A Voz do Morro", gravada por Jorge Goulart e com arranjo de Radamés Gnattali, fez enorme sucesso na trilha do filme "Rio 40 Graus", de Nélson Pereira dos Santos. Neste filme, Zé Keti trabalhou também como segundo assistente de câmera e ator. Outro sucesso foi "Leviana", que também foi incluído no filme "Rio 40 Graus" de Nélson Pereira dos Santos, diretor com o qual trabalhou também no filme "Rio Zona Norte". Dono de um temperamento tímido, seu pseudônimo veio do apelido de infância "Zé Quieto" ou "Zé Quietinho". Zé Keti idealizou o conjunto A Voz do Morro”, do qual participou e que ainda contava com Elton Medeiros, Paulinho da Viola, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaquinho, José da Cruz, Oscar Bigode e Nélson Sargento. O grupo lançou três discos. Zé Keti participou do espetáculo "Opinião", ao lado de João do Vale e Nara Leão, que o levou ao concerto que tornou conhecidas algumas de suas composições, como "Opinião" e "Diz que Fui Por Aí" (esta em parceria com Hortêncio Rocha). Zé Keti lançou "Acender as Velas", considerada uma de suas melhores composições. Esta música se inclui entre as músicas de protesto, a letra deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela. Nara Leão e Elis Regina fizeram um enorme sucesso com a gravação desta música. Zé Keti gravou pelo selo “Rozemblit” um compacto simples que tinha a música "Nega Dina". Nessa mesma época, recebeu o troféu “Euterpe” como o melhor compositor carioca e, juntamente com Nélson Cavaquinho, o troféu “O Guarany”, como melhor compositor brasileiro. Com Hildebrando Matos, Zé Keti compôs a marcha-rancho "Máscara Negra", outro grande sucesso, gravada por ele mesmo e também por Dalva de Oliveira. "Máscara Negra" foi a música vencedora do carnaval, tirando o primeiro lugar no “1º Concurso de Músicas para o Carnaval”, criado pelo “Conselho Superior de MPB” do “Museu da Imagem e do Som” e fazendo grande sucesso nacional. Nos anos seguintes, Zé Keti viveu um período de esquecimento na música do Brasil. Zé Keti morou em São Paulo. Zé Keti teve um derrame cerebral. Zé Keti voltou a morar no Rio com uma das filhas. Continuou compondo, cantando e lançou um disco. Zé Keti lançou o CD "75 Anos de Samba", com participação de Zeca Pagodinho, Monarco, Wilson Moreira e Cristina Buarque. Este CD foi produzido por Henrique Cazes, com quatro músicas inéditas e vários sucessos antigos. Zé Keti subiu ao palco com Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela e interpretou com enorme sucesso alguns clássicos do samba, como "A Voz do Morro" e "O Mundo é um Moinho", de Cartola, entre outros. Zé Keti recebeu da Portela um troféu em reconhecimento pelo seu trabalho e participou da gravação do disco “Casa da Mãe Joana”. Zé Keti ganhou o “Prêmio Shell” pelo conjunto de sua obra, mais de duzentas músicas. Nesta noite foi homenageado por muitos músicos da “Portela”, entre eles, Paulinho da Viola, Élton Medeiros, Monarco e a própria “Velha Guarda”, em show dirigido por Sérgio Cabral e encenado, em noite única, no “Canecão” do RJ. Zé Keti recebeu a placa pelos sessenta anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá.  Zé Keti era pai de cinco filhos e morava com a filha Geisa. Zé Keti morreu de falência múltipla dos órgãos.

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