Sílvia Orthof Gostkorzewicz
(Rio de Janeiro/RJ, 03 de setembro de 1932)
(Petrópolis/RJ, 24 de julho de 1997).
Sílvia Orthof foi uma escritora brasileira de livros infantis. Filha do pintor Gerhard Orthof e da pintora e ceramista Gertrud Alice Goldberg, um casal de judeus austríacos e é também sobrinha do compositor Arnold Schönberg. Sua formação inclui cursos de mímica, desenho, pintura, arte dramática e teatro. Na área de dramaturgia infantil, Sílvia Orthof trabalhou como autora de texto, diretora de espetáculos, pesquisadora e professora de teatro. Sílvia Orthof viveu dois anos em Paris, aprendendo com Marcel Marceau a arte da mímica. De lá, voltou ao Brasil para trabalhar como atriz. Atuou no “Teatro Brasileiro de Comédia” e na TV Record, ambos em São Paulo. Sílvia Orthof se mudou então para Nova Viçosa-BA e desenvolveu atividades com teatro de bonecos com as crianças do local utilizando materiais de uso comum na região se transferiu posteriormente para Brasília, onde lecionou “Teatro na Universidade de Brasília” e coordenou as atividades de teatro do “SESI”. Sílvia Orthof, lecionou a disciplina "Expressão Corporal" no “Curso de Teatro do Festival de Inverno” de Ouro Preto-MG, vinculado à “Universidade Federal” de Belo Horizonte. Como produto do curso, o grupo de alunos encenou o espetáculo teatral "Ciranda de Vila Rica", dirigido e montado por Sílvia Orthof, com trechos do “Romanceiro da Inconfidência” de Cecília Meireles. A convite de Ruth Rocha, Sílvia Orthof começou a colaborar com a “Revista Recreio”. Sílvia Orthof publicou seu primeiro livro infantil, escrevendo, a partir de então, mais de cem títulos para crianças e jovens, entre contos, peças teatrais e poesias. Entre as muitas peças de teatro, se destacam “Eu Chovo, Tu Choves, Ele Chove” e “Quem Roubou Meu Futuro". Entre as histórias infantis, “Maria-Vai-Com-as-Outras”, que conta a história de uma ovelha chamada (Maria) que fazia tudo que as demais faziam, até que um dia resolveu seguir seu próprio caminho. O livro foi um enorme sucesso de crítica e de público, bem como “Quem Roubou o Meu Futuro?”, sobre uma menina de treze anos chamada (Valéria) que deseja encenar uma peça, no que é impedida pela avó, que prefere que ela faça um curso de datilografia. Sílvia Orthof criou, na cidade de Petrópolis-RJ, a “Cia. Teatro Livro Aberto”, onde dirigiu oito de seus textos. A “Cia. Teatro Livro Aberto” mantém suas atividades até os dias de hoje encenando os textos de Sílvia Orthof pelo Brasil sob a direção de Fernando Vianna. Atualmente seu repertório é composto por sete espetáculos “O Cavalo Transparente”, “A Viagem de Um Barquinho”, “Se As Coisas Fossem Mães”, “Ponto de Tecer Poesia”, “Ervilina e o Princês”, “Zé Vagão da Roda Fina e Sua Mãe Leopoldina” e “Lustrosa, Cantora Misteriosa”. O músico, ator e compositor Marco Aurêh (que também foi um dos fundadores do “TELIA”) lança o CD "Cantando Sílvia Orthof". Sílvia Orthof ganhou inúmeros prêmios por suas obras, entre eles treze títulos premiados com o selo “Altamente Recomendável” para crianças pela “Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil”. Sílvia Orthof viveu seus últimos anos de vida em Petrópolis. Sílvia Orthof namorou com o ator Laércio Navarro e era viúva de Sávio Pereira Lima, (quando passou a usar o nome cível Sílvia Orthof Pereira Lima) com quem teve três filhos, Cláudia, Geraldo e Pedro Sávio. Sílvia Orthof era casada com o arquiteto Tato Gostkorzewicz quando passou a usar o nome cível de Sílvia Orthof Gostkorzewicz. Sílvia Orthof descobriu que estava com câncer e morreu um ano e meio depois.