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SÉRGIO RICARDO (88 anos)

ID: h1218 Categoria: Cantores/Músicos Date : Thursday 14th January 2021 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

João Lufti                  

 

(Marília/SP, 18 de junho de 1932)                 

(Rio de Janeiro/RJ, 23 de julho de 2020).

 

Sérgio Ricardo foi um músico, compositor, locutor, autor, apresentador, ator, diretor, roteirsta, produtor e cantor brasileiro, com atuação em música, rádio, cinema, teatro e TV. De origem libanesa, Sérgio Ricardo era filho de Abdalla Lutfi e de Maria Mansur Lutfi e irmão do cineasta e ator Dib Lutfi.  Sérgio Ricardo participou de diversos movimentos culturais como "Bossa Nova, “Cinema Novo, “Canção de Protesto eFestivais de Música Brasileira. Aos oito anos, Sérgio Ricardo começou a estudar piano no conservatório de Marília (SP). Aos dezessete anos se mudou para São Vicente (SP), onde trabalhou como operador de som e discotecário, na “Rádio Cultura” e como pianista nas boates “Savoi” e “Recreio Prainha”. Sérgio Ricardo se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar como locutor na Rádio Vera Cruz”. Sérgio conseguiu um emprego como pianista junto à banda da boate “Corsário”, na Barra da Tijuca e com o salário comprou seu primeiro piano. Mais tarde, seu colega Newton Mendonça lhe informou sobre uma vaga de pianista na boate “Posto 5”, em Copacabana, que abriria com a saída de Tom Jobim que estava indo trabalhar como arranjador na Continental. Sérgio fez um teste e assumiu a vaga, iniciando longos anos de trabalho na noite carioca e assim fazendo amigos como Tom Jobim, João Gilberto e Johnny Alf. Como pianista em uma época em que os músicos profissionais eram muito requisitados, Sérgio trabalhava diariamente nas melhores boates do Rio, São Paulo e Santos. Ainda como João Lutfi, seu nome oficial, compôs muitas músicas para piano, passando a escrever letras e cantá-las, incentivado por Eunice Colbert, dona da boate “Chez Colbert”, onde ao longo de um ano Sérgio se apresentou. Sérgio Ricardo se tornou notável como compositor quando a cantora Maysa foi até a boate “Dominó” para ouvir sua mais recente canção, "Buquê de Isabel", pedindo-lhe para gravá-la em seu segundo disco. Dessa fase das boates ficou o registro do primeiro LP, "Dançante Nº 1", lançado pela “Continental”. Sua primeira gravação como cantor saiu em um disco 78 rotações pela RGE”, com uma música de Geraldo Serafim, "Vai Jangada", muito tocada no rádio. Logo em seguida vieram mais duas “Cafezinho” e Amor Ruim". Em São Paulo, acompanhando o gaitista Chade em uma apresentação na TV Tupi, Sérgio foi convidado pelo diretor artístico Teófilo de Barros Filho para virar ator da emissora, com a condição de mudar seu nome para Sérgio Ricardo. Embora relutante, ele aceitou o convite e passou a intercalar os trabalhos de ator e pianista na noite. Sérgio Ricardo estrelou como galã no musical "Música e Fantasia", atuou em "O Direito da Mulher" e fez alguns papeis em novelas de rádio e televisão. Seu rosto ficou conhecido na TV Rio, atuando em novelas como "Está Escrito no Céu" e "Mulher de Branco", dirigidas por Carla Civelli que colocou Sérgio para atuar no Grande Teatro Tupi”, encenando peças de autores consagrados como Pedro Anísio. Sérgio também trabalhou na TV de Vanguarda e na TV Continental, convidado a apresentar o programa "Balada", cujo tema era “Bossa Nova”. Miele apresentou Sérgio a João Gilberto na casa de Nara Leão, onde se integra ao movimento musical que estava surgindo. Como integrante da Bossa Nova desde seu surgimento, Sérgio Ricardo foi um dos primeiros a gravar um LP nesse estilo, "A Bossa Romântica de Sérgio Ricardo" pela Odeon, contendo apenas músicas próprias. Seu maior sucesso no disco, a música "Zelão", protagonizou a polêmica em torno da falta de engajamento social em grande parte das composições bossanovistas, motivo que levou Sérgio a deixar o movimento. Após ter acumulado experiência em televisão e ter lançado um segundo disco de “Bossa Nova”, "Depois do Amor", Sérgio partiu para rodar seu primeiro curta-metragem, "Menino da Calça Branca", que o colocou dentro do movimento conhecido como “Cinema Novo”, manifesto político/estético que se espalhou pelo mundo. Por este filme, ele recebeu o prêmio “Governador do Estado da Guanabara” e o “Prêmio Berimbau de Prata” no “I Festival de Cinema da Bahia”. Sérgio Ricardo foi convidado pelo serviço diplomático brasileiro do Itamaraty”, para representar o Brasil nos festivais de cinema de São Francisco (EUA) e Karlovy Vary (Tchecoslováquia). Sérgio Ricardo tocou no histórico “Festival da Bossa Nova”, no Carnegie Hall”. Sérgio Ricardo ficou em Nova Iorque por oito meses, procurando um produtor para "Menino da Calça Branca" e tocando ao vivo em boates como o Village Vanguard”, onde revezava o palco com Herbie Mann e Bola Sete. De Nova Iorque, Sérgio foi para a Riviera Francesa, seguindo convite para passar uma temporada de apresentações musicais. De volta ao Brasil foi levado para os estúdios da Philips”, por seu produtor Aloysio de Oliveira, para gravar seu terceiro LP, "Um Senhor Talento". Ao todo, doze composições novas, entre elas, "Folha de Papel", "Esse Mundo é Meu", "Enquanto a Tristeza Não Vem", "Barravento" e "A Fábrica". Sérgio Ricardo compôs a trilha sonora para o filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol", um dos filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos, com letra e direção de Gláuber Rocha. A trilha saiu em LP homônimo junto com o filme e Sérgio ganhou o prêmio de melhor trilha para cinema pela “Comissão Estadual de Cinema de São Paulo” pelo trabalho. Seu amigo Chico de Assis o convidou para participar do CPC-UNE - Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes”. Lá, Sérgio Ricardo compõe a trilha sonora para uma peça de Carlos Estevão, atua nos shows habituais e se integra ao movimento, atuando em universidades, favelas e portas de fábricas, usando a música como meio de conscientização. Sérgio Ricardo lançou o filme "Esse Mundo é Meu", com atuação do próprio Sérgio e de Antônio Pitanga, com montagem de Ruy Guerra. O filme foi considerado como um dos mais importantes do ano pelo crítico Luc Moullet, da revista francesa especializada Cahiers du Cinéma. Novamente o “Itamaraty” o convidou para representar o Brasil nos festivais de cinema do Líbano e de Gênova. Durante o primeiro, Sérgio foi convidado pelo governo libanês para dirigir o filme "O Pássaro da Aldeia", o qual ficou retido pela censura daquele país, porque abordava o tema da emigração. De volta a São Paulo, Sérgio Ricardo ganhou o prêmio de melhor filme no festival de Marília e transformou seu filme numa peça de teatro, dirigida por Chico de Assis no Teatro de Arena”, onde o cantor e compositor Toquinho foi revelado. De volta ao Rio, Sérgio Ricardo compõe sobre piano a trilha de "Terra em Transe", outro marco na filmografia de Gláuber Rocha que passou a estimular Sérgio a escrever para orquestra. Sérgio Ricardo lançou o disco "A Grande Música de Sérgio Ricardo" pela Philips”, contendo composições inéditas e trilhas que fizera para Gláuber Rocha, Chico de Assis e Joaquim Cardozo. Este último é autor da peça "O Coronel de Macambira", encenada por Amir Haddad no Teatro Universitário Carioca - TUCA”, onde se tocou originalmente a música "Bichos da Noite", que aparece no filme "Bacurau". Entre os Festivais de Música Brasileira”, Sérgio Ricardo ganhou o segundo lugar com “Romana”, no “Festival Fluminense”. Na TV Record, no III Festival da Canção” com a canção "Beto Bom de Bola" ele protagonizou o célebre episódio em que quebrou seu violão e o lançou sobre a plateia, motivado pelo som das vaias que o impedia de executar a canção no palco, sendo eliminado da final após o incidente. O fato é que a bela melodia tinha uma assimilação difícil e fez com que o público preferisse músicas mais fáceis como "Maria, Carnaval e Cinzas", de Roberto Carlos. Seu grito desesperado "Vocês não estão entendendo nada” dá a entender que ele estava tentando apontar para a importância das letras, nas quais se expressava uma sutil e consciente mensagem. “Beto Bom de Bola” era um jogador de futebol fictício que alcançou a glória vencendo a “Copa do Mundo” pelo Brasil em um jogo difícil, mas logo se tornou esquecido, solitário e quebrado. A segunda parte da canção, em que se fala da nostalgia do jogador através de versos terminados em -ura, rimando e chegando ao final da letra, em que se diz que "O Mal Também Tem Cura", remetem a uma posição crítica contra a ditadura. Outros festivais em que participou incluem a Bienal do Samba”, com “Luandaluar”, “Festival” da TV Excelsior de São Paulo, com “Girassol”, Festival Internacional da Canção”, com “Canto do Amor Armado”, no qual ficou entre os dez finalistas e o IV Festival da Música Popular Brasileira”, no qual ganhou o quinto lugar com “Dia da Graça”. Sérgio Ricardo estreou sua peça "Sérgio Ricardo na Praça do Povo", dirigida por Augusto Boal. Em seguida, passou a apresentar um programa dirigido por Chico de Assis no horário nobre da TV Globo, às quartas-feiras, chamado "Sérgio Ricardo em Tempo de Avanço", mas pediu demissão após as recomendações insistentes de Boni para baixar o nível do programa. Sérgio Ricardo ganhou outro programa para apresentar na TV Excelsior, com direção de Roberto Palmari, chamado "Pernas". Sérgio trabalhou na trilha do filme "O Auto da Compadecida", baseado na peça de Ariano Suassuna e lançou "Terra dos Brasis" com músicas criadas para o filme homônimo de Maurice Capovilla. Sérgio Ricardo iniciou os trabalhos para o seu segundo longa-metragem, "Juliana do Amor Perdido", montado por Sylvio Renoldi e produzido por Jorge Ileli, que contratou Roberto Santos como corroteirista. O filme venceu duas “Corujas de Ouro” por melhor música e melhor fotografia. concedidas pelo Instituto Nacional do Cinema”. Sérgio Ricardo lançou o LP "Arrebentação" pelo selo “Equipe”, com arranjos de Theo de Barros. Sérgio Ricardo criou e lançou em sociedade com o jornal O Pasquim um disco como encarte de jornal, batizado de "Disco de Bolso". Saíram duas edições, na primeira, havia Tom Jobim cantando a composição até então inédita, "Águas de Março", e do outro lado do disco havia o desconhecido João Bosco, interpretando "Agnus Sei", dele e de Aldir Blanc. Na segunda edição do “Disco de Bolso” havia Caetano Veloso com "A Volta da Asa Branca" e o novato Raimundo Fagner, com "Mucuripe". Com o fechamento de “O Pasquim”, o projeto ficou inviável e a censura estava cada vez pior. A partir da apreensão de seu compacto "Aleluia", retirado das lojas de São Paulo por exaltar Che Guevara e pelos cortes feitos em seu filme e em sua letra "Dia da Graça", além de frequentes intimações de esclarecimento, Sérgio percebeu que estaria na mira da censura em seus trabalhos futuros. Seu nome já embaraçava a autocensura das gravadoras, rádios e tevês, que viam a imagem de Sérgio sendo frequentemente citada em declarações ousadas contra o sistema, tanto de arrecadação de direito autoral quanto político, transformando o artista em um dos arautos da resistência, até chegar ao ponto em que suas músicas foram proibidas definitivamente pela censura, no rádio e na TV. Assim entrou para o rol dos "malditos". Seu álbum "Sérgio Ricardo" da “Continental”, criado nos fundos de sua casa na Urca em conjunto com os amigos Piri Reis, Cássio Tucunduva, Fred Martins, Franklin da Flauta e Paulinho Camafeu trouxe a famosa canção "Calabouço". A capa do disco, feita por Caulos, mostrava uma tarja branca tampando a boca de Sérgio, motivo pelo qual foi intimado pelo “DOPS” a prestar esclarecimentos. Embora o disco continuasse circulando, sua execução pública foi proibida. Outra canção do disco, "Canto Americano", teve a letra premiada em primeiro lugar no “Athens Festival”, na Grécia. Sérgio Ricardo empreendeu seu terceiro longa-metragem, "A Noite do Espantalho", no qual atuam os pernambucanos Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Com produção de Otto Engels e coprodução de Plínio Pacheco, o filme foi montado por Sylvio Renoldi e fotografado por Dib Lutfi, irmão de Sérgio e fiel diretor de fotografia de seus filmes. O drama musical foi premiado pelo “Instituto Nacional do Cinema”, ganhando duas estatuetas da “Coruja de Ouro”, uma pela melhor fotografia e outra pela melhor trilha sonora, que saiu em LP pela “Continental”, apresentando os cordéis criados por ele mesmo. Foi premiado também como melhor filme, melhor fotografia, melhor direção e melhor ator no I Festival de Cinema Brasileiro de Belém. A censura tentou proibir o filme na época, mas voltou atrás diante do convite para a exibição hors concours na “Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes”. Sérgio acompanhou o filme na Europa e seguiu para os Estados Unidos, onde ocorreu a exibição no “Festival de Nova Iorque”. A crítica internacional considerou o filme como um dos quinze melhores do ano. Ao lado de vários músicos como Aldir Blanc, Jards Macalé e Maurício Tapajós, Sérgio Ricardo participou da fundação da “SOMBRÁS”, sociedade criada para representar os interesses dos músicos em relação aos direitos autorais. Sérgio Ricardo foi convidado por Aloysio de Oliveira para participar da série de gravações da “RCA”, “Música Popular Brasileira Espetacular”. Sérgio Ricardo percorreu o circuito universitário do país com a peça "Ponto de Partida", dirigida por Gianfrancesco Guarnieri, lançando um compacto duplo com a trilha do espetáculo pela gravadora de Marcus Pereira. Embora atrapalhados pela censura, Sérgio e o poeta Thiago de Mello (recém chegado do exílio) produziram o show "Faz Escuro Mas Eu Canto", dirigidos por Flávio Rangel com grande repercussão no Teatro Opinião”. No mesmo ano, motivado a filmar a história de "Zelão", Sérgio comprou um barraco e um apartamento no Morro do Vidigal, onde montou seu ateliê. Sérgio Ricardo passou a conviver com os moradores da favela e se engajou na luta contra a tentativa de remoção, conquistando a causa com a ajuda gratuita do prestigiado advogado Sobral Pinto. Neste meio tempo chamou seus amigos Chico Buarque, Gonzaguinha, Carlinhos Vergueiro e MPB-4 para a realização do show "Tijolo Por Tijolo", na concha acústica da UERJ”, para angariar fundos para reerguer casas de moradores do Vidigal. Sérgio Ricardo concluiu a peça "Bandeira de Retalhos", que conta essa história, lançou o disco "Do Lago à Cachoeira", dirigido por Maurício Tapajós e foi se apresentar no “Festival de Varadero”, em Cuba, tocando também em Havana, a convite de Chico Buarque. Eles encerravam os shows cantando "Corisco" ao lado de Carlinhos Vergueiro, Nara Leão, MPB-4e João Bosco. De volta ao Brasil, Sérgio Ricardo lançou o disco "Flicts" com músicas para a obra de seu amigo Ziraldo e lança a coletânea "Juntos", em parceria com Geraldo Vandré. Sérgio Ricardo lançou seu primeiro livro de poemas, "Elo:Ela", com prefácio de Antônio Houaiss. Sérgio Ricardo lança o LP "Estória de João Joana", com as músicas que compôs para o cordel de Carlos Drummond de Andrade, gravadas pela Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro”, com orquestração de Radamés Gnattali e produção de Homero Ferreira. Sérgio Ricardo recebeu o incentivo do pintor Aberlardo Zaluar para frequentar seu ateliê em Niterói. Após o falecimento do amigo, Sérgio Ricardo foi morar na casa dele, em Itaipu, para se dedicar à pintura. O CCBB - Centro Cultural banco do Brasil” do Rio de Janeiro organizou uma semana dedicada à obra de Sérgio Ricardo em suas múltiplas linguagens, sendo o evento repetido em São Paulo pelo Museu da Imagem e do Som”. Sérgio Ricardo lançou o livro “Quem Quebrou Meu Violão” pela Editora Recorde faz uma turnê em países de língua portuguesa (Lisboa, Angola e Guiné Bissau), a convite do então embaixador em Portugal, José Aparecido de Oliveira. Sérgio Ricardo foi contratado pela TVE como diretor artístico do programa "Arte no Campus", dirigido por Demerval Netto, viajando por quatro regiões do país. Sérgio Ricardo compôs a trilha para as séries de TV "Zumbi dos Palmares" e "Homem Natureza" e para a novela “Mandacaru”. Suas trilhas para o filme "O Lado Certo da Vida Errada" ganhou o “Prêmio Candango” no Festival de Brasília e Sérgio foi com o diretor para Havana acompanhar o filme no festival de cinema local. Sérgio Ricardo começou a produzir o disco independente "Quando Menos Se Espera", com seis composições novas e quatro releituras. Comemorando cinquenta anos de carreira, estimulado por Ricardo Cravo Albin, Sérgio Ricardo fez a segunda apresentação de "Estória de João Joana" no “Theatro Municipal”, produzida por Adonis Karan, com participações de Chico Buarque, Elba Ramalho, Alceu Valença, Zélia Duncan, Telma Tavares e sua filha Marina Lutfi. Esquecido pela mídia e vivendo com o pouco que rendiam os direitos autorais, Sérgio Ricardo reiniciou o movimento pela reforma do Escritório Central de Arrecadação e Distribuiçãoatravés da internet, conquistando a causa com grande adesão da classe. Sérgio Ricardo foi agraciado pela Cinemateca Brasileira” com a restauração das cópias em trinta e cinco milímetros de seus filmes, os quais foram lançados em DVD pela “Lume Filmes”. A digitalização dos filmes permitiu a concepção de um novo show audiovisual dirigido por sua filha, Marina Lutfi, chamado "Cinema na Música de Sérgio Ricardo", no qual uma banda ao vivo executava as trilhas sonoras do seu repertório junto à projeção das cenas sobre o palco. O DVD desse show produzido por “Cacumbu”, “Canal Brasile Biscoito Fino. Depois de quarenta anos sem filmar, Sérgio voltou a dirigir o curta-metragem “Pé Sem Chão”, junto a jovens realizadores ligados ao Nós do Morro”. Sérgio Ricardo rodou o longa-metragem "Bandeira de Retalhos", lançado na internet. Sérgio Ricardo foi premiado pelo “Festival Musimagem” com o troféu Remo Usai pelo legado deixado aos compositores de trilhas sonoras. Sérgio Ricardo lançou o livro de poemas "Canção Calada", contendo cento e trinta e nove poemas e mais alguns desenhos pessoais. Com apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e do Instituto Itaú Cultural”, teve início o projeto "Sérgio Ricardo Memória Viva", que consiste na manutenção do acervo e divulgação de sua obra artística. Sérgio Ricardo foi casado com a cantora e atriz Luely Figueiró e com Ana Lúcia de Castro com quem teve duas filhas, Adriana e a cantora Marina Lutfi e estava casado com Irene Cristina com quem teve um filho, João. Sérgio Ricardo foi infectado com COVID-19 e morreu em decorrência de uma insuficiência respiratória.

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