José Italiano
(São Carlos/SP, 15 de setembro de 1931)
(São Paulo/SP, 30 de setembro de 1986).
Zé Italiano foi um radialista, jornalista, narrador, locutor e comentarista esportivo brasileiro com atuação em jornalismo impresso, rádio e TV. Zé Italiano que tinha ascendência italiana vendia jornais e engraxava sapatos em sua cidade natal. Zé Italiano (aprendeu a ler nas manchetes dos jornais que vendia), assim, juntava um dinheirinho e ia até a capital ver in loco, de radinho colado no ouvido, os clássicos do seu “Corinthians” contra os arqui-rivais “Palmeiras”, “São Paulo” e “Santos”. Zé Italiano iniciou a carreira como narrador esportivo na “Rádio Progresso” de São Carlos. Depois, Zé Italiano se transferiu para a cidade de São Paulo e entrou para a “Rádio Difusora”. Zé Italiano começou a criar “mil” vozes. Zé Italiano chegou à “Rádio Excelsior”, convidado por um radialista importante da época, Henrique Lobo. E eles foram trabalhar junto com outros dois lendários narradores, Edson Leite e Geraldo José de Almeida. Zé Italiano entrou para a “Fundação Cásper Líbero” e começou a trabalhar na “Rádio Gazeta”, onde criou um estilo próprio e começou a fazer imitações de Vicente Feola, técnico famoso na época, de Orlando Brandão, de Brito, de Gérson, grandes jogadores, de João Havelange, ex-dirigente da “FIFA” de Nicola Racioppi, ex-dirigente do "Palmeiras". Zé Italiano também era chamado de “Garganta de Aço”. Zé Italiano fez história na TV Gazeta. Italiano chorava, gritava, discutia, contava piadas e brigava no ar pelo seu "Corinthians". O seu corintianismo passional lhe trouxe problemas (como quando precisou da ajuda da polícia militar para poder narrar um jogo do “Palmeiras” no antigo “Palestra Itália”), mas também levou muita audiência à “Rádio Gazeta”, que aproveitava ao máximo a informalidade nas suas transmissões. Na TV Gazeta, Zé Italiano participou de inúmeros programas estilo mesa redonda, como por exemplo, “Futebol é no 11” e “Ducal nos Esportes”, onde conviveu com nomes importantes, como Peirão de Castro, Milton Peruzzi, Geraldo José de Almeida, Barbosa Filho, Galvão Bueno, Geraldo Blota, Joseval Peixoto, Rui de Moura, Osmar de Oliveira e Rubens Pecce. Zé Italiano fazia parte da nata dos comentaristas esportivos de São Paulo e sempre tinha seu trabalho em decorrência de sua personalidade e de sua inteligência. Em virtude da profissão, Zé Italiano viajou para várias partes do mundo. Zé Italiano cobriu as “Copas do Mundo” da Alemanha, Argentina e Espanha. Além de ser reconhecido pela sua excelência na cobertura futebolística, Zé Italiano escrevia para a prestigiada “Revista Placar”. Zé Italiano viajou o mundo para narrar a “Fórmula 1” e participou da cobertura dos jogos de basquete da seleção brasileira masculina e feminina nos anos 70, além de outros esportes como boxe, luta livre e a “Corrida Internacional de São Silvestre”. Zé Italiano era casado com Maria Dirce com quem teve seis filhos Isabel, José Marcelo, Cláudia, Rita, Maria Caroline e Sílvia Milene. Zé Italiano adoeceu gravemente e morreu em virtude desse mal que o acometeu (não há informações sobre qual teria sido a doença), quando morava e trabalhava na cidade de Jundiaí.