Antônio José Waghabi Filho                    

(Itaocara/RJ, 14 de novembro de 1943)                   

(São Paulo/SP, 08 de agosto de 2012).

Magro foi um cantor brasileiro, vocalista e arranjador musical do grupo “MPB-4” que integrava desde a sua formação. O fascínio pela música desde criança fez com que Magro tivesse contato com vários instrumentos, como o piano, o violão, o tambor e a clarineta. Magro participou da “Sociedade Patápio Silva”, famoso flautista brasileiro, também natural de Itaocara. Desde a faculdade, Magro e Miltinho participavam de uma banda musical, cujos ritmos eram a bossa nova e o samba. Além disso, reuniam-se com Aquiles e Ruy Faria no “Centro Popular de Cultura” em Niterói, Rio de Janeiro. Os dois largaram o terceiro ano da faculdade de engenharia e partiram para a profissionalização como músicos. Da mesma maneira, Ruy Faria largou o emprego e Aquiles, os estudos. Este fato já consolida a formação do “MPB-4”. Os lançamentos dos primeiros LPs tiveram a direção musical do maestro Lindolfo Gaya, que lhe repassou vários ensinamentos sobre arranjo musical e vocal. Posteriormente, Magro assume os arranjos das músicas produzidas nos próximos discos. Percebe-se que o grupo desenvolve técnicas vocais sofisticadas, especialmente no posicionamento das vozes em algumas músicas, como "Chão, Pó, Poeira" (do álbum “Canto dos Homens”), em que os quatro cantam em ordem inversa às posições vocais de cada um. O livro “Vozes do Magro” escrito por Magro pouco antes de sua morte foi lançado postumamente. No livro, Magro comenta os quinze primeiros LPs do “MPB-4”, além de publicar alguns de seus arranjos vocais. Magro se internou para tratamento de câncer de próstata e acabou morrendo.