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SÉRGIO SAMPAIO (47 anos)

ID: h1160 Categoria: Cantores/Músicos Date : Monday 14th December 2020 10:00:00 pm Tipo : Image / Photo

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Resenha

Sérgio Moraes Sampaio                               

 

(Cachoeiro do Itapemirim/ES, 13 de abril de 1947)          

(Rio de Janeiro/RJ, 15 de maio de 1994).

 

Sérgio Sampaio foi um cantor e compositor brasileiro. Suas composições variam por vários estilos musicais, indo do samba e choro, ao rock'n roll, blues e balada. Filho de Raul Gonçalves Sampaio, dono de uma tamancaria e maestro de banda e de Maria de Lourdes Moraes, professora primária,  irmão de Hélio Moraes Sampaio, Sérgio era primo do compositor Raul Sampaio Cocco, autor de sucessos do conterrâneo Roberto Carlos. Sérgio assistiu o pai compor a canção "Cala a Boca, Zebedeu", quando tinha dezesseis anos e que veio a gravar mais tarde. Sérgio Sampaio era um artista nato que buscava mostrar seus trabalhos. Aficcionado pelos programas de rádio, onde acompanhava os cantores da época como Orlando Silva, Sílvio Caldas ou Nélson Gonçalves, que o inspiravam, Sampaio se tornou imitador de radialistas como Luiz Jatobá e Saint-Clair Lopes, conseguindo trabalho numa emissora de rádio da cidade. Sérgio Sampaio tentou trabalhar no Rio de Janeiro na Rádio Relógio retornando após quatro meses. Sérgio Sampaio se muda definitivamente para o Rio, inicialmente para tentar a carreira como radialista, embora não tenha conseguido se firmar em nenhum trabalho por frequentar a vida boêmia carioca, atraído pela música e pela bebida. Sampaio morou em pensões baratas e até na rua, chegando a mendigar comida. Sérgio passou a cantar na noite, em bares, até que se demite da “Rádio Continental” para se dedicar integralmente à música. Sérgio Sampaio se candidata no Festival Fluminense da Canção”, etapa do Festival Internacional da Canção - III FIC”, ficando entre os vinte finalistas com a música "Hei, Você". No Rio de Janeiro, Sérgio Sampaio conheceu o baiano Raul Seixas, então produtor musical da gravadora “CBS” (atual Sony Music), dando início a uma longa amizade e parceria. Raul é considerado o descobridor do artista. Após ter feito um teste junto ao parceiro de Paulo Diniz, Odibar, Sampaio acabou contratado no lugar deste, participando de diversas gravações, como parte do coro de Renato e Seus Blue Caps”. Sérgio Sampaio assinou, com o pseudônimo de (Sérgio Augusto), a letra da canção "Sol 40 Graus", gravada pelo Trio Ternura e que foi sucesso. O mesmo “Trio Ternura” gravou outras composições de Sérgio, como "Vê Se Dá Um Jeito Nisso" - uma parceria com Raulzito, com quem partilhou também "Amei Você um Pouco Demais", gravada por José Roberto. Raul produziu o primeiro compacto em que Sérgio Sampaio experimentou algum sucesso com "Coco Verde", logo regravada por Dóris Monteiro. Sérgio Sampaio voltou a Cachoeiro onde participou do "II Festival de MPB", vencendo e ocupando também a quarta colocação. Dá início com Raul Seixas à produção de um projeto de ópera-rock, que tem as letras mutiladas pela censura do Regime Militar”. Apesar disto as canções integram o primeiro disco de Raul Seixas, Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 em que participam Míriam Batucada e Edy Star. Sérgio Sampaio tenta mais uma vez vencer a quarta edição do “FIC”, no Maracanãzinho, com a música "No Ano 83", sendo eliminado na etapa inicial. Sérgio Sampaio começa a gravar finalmente, no ano em que sua canção "Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua" participa do IV “FIC” e integra um compacto do festival, que graças a ela vende quinhentas mil cópias, se tornando sucesso no carnaval e rendendo a Sérgio Sampaio o Troféu Imprensa como revelação. Sérgio Sampaio lança seu primeiro LP pela Philips”, produzido por Raul e com o nome da canção de sucesso, com vários músicos de renome. O disco fracassa nas vendas, apesar da sua aparição em programas de televisão e da boa execução de canções como "Cala a Boca, Zebedeu” nas rádios. Sérgio Sampaio se casou com a capixaba Maria Verônica Martins, se afastando da carreira por algum tempo. O casamento durou alguns poucos anos. Sérgio Sampaio tinha lançado com produção de Roberto Menescal, um compacto em que contraditoriamente reverencia e critica o conterrâneo Roberto Carlos. Sérgio Sampaio lança pela Continental outro compacto e depois o segundo LP, chamado "Tem Que Acontecer" que conta com participações de artistas como Altamiro Carrilho e Abel Ferreira. Sérgio Sampaio grava mais um compacto pela “Continental”, "Ninguém Vive Por Mim", último por essa gravadora. Sampaio realiza shows e tem composições gravadas por artistas como Zizi Possi, Marcos Moran e Erasmo Carlos, ficando cinco anos longe dos estúdios. Sérgio Sampaio se casa novamente, dessa vez com a arquiteta Ângela Breitschaft, com quem teve o filho João, afilhado de Xangai. O casamento também dura alguns poucos anos. Logo depois do casamento, a família da esposa patrocinou a gravação independente do compacto "Sinceramente". Completamente afastado da mídia, após a separação, Sérgio Sampaio volta para a casa paterna e em seguida para o Rio. A carreira só experimenta um recomeço quando se muda para a Bahia, quando velhos sucessos são novamente lançados por Elba Ramalho, Luiz Melodia, Roupa Nova e outros. Na poética de suas composições se vê elementos de Kafka e Augusto dos Anjos. No dizer do cantor Lenine, Sampaio foi um nome marginalizado que equipara a Tim Maia e Raul Seixas, como um dos malditos da música popular brasileira. Sérgio Sampaio acerta com a gravadora Baratos Afins o lançamento de um disco com músicas inéditas, mas morre antes de concretizar o projeto. A letra de uma canção inédita de Sérgio Sampaio foi divulgada pelo pesquisador Manoel Filho. A letra da canção, intitulada O Grande Xerife” foi encontrada em um documento da censura, hoje disponível para consulta no “Sistema de Informações do Arquivo Nacional”. O documento atribui a autoria da canção a Sérgio Sampaio e aponta Elis Regina como sua intérprete. Contudo, a canção teve vários trechos da letra vetados pela censura, provável razão pela qual acabou não sendo lançada por Elis Regina, tampouco por Sérgio Sampaio, permanecendo inédita. A obra de Sérgio Sampaio foi mais reconhecida após a morte. Sérgio Sampaio morreu por complicações de uma pancreatite.

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