Alexandre Magno Abrão
(São Paulo/SP, 09 de abril de 1970)
(São Paulo/SP, 06 de março de 2013).
Chorão foi um cantor, compositor, skatista, cineasta, roteirista e empresário brasileiro. Chorão foi o vocalista, principal, letrista e co-fundador da banda santista “Charlie Brown Jr” com Renato Pelado, Marcão, Champignon e Thiago Castanho, sendo o único integrante a participar de todas as formações. Com o “Charlie Brown”, Chorão lançou dez discos, que venderam mais de cinco milhões de cópias. Quando Chorão tinha onze anos, os seus pais se separaram. Chorão é primo na jornalista e apresentadora Sônia Abrão. Chorão teve uma infância e adolescência difícil, a sua mãe era doméstica, fazia pastéis, cozinhava para fora e era ele quem entregava. Chorão vivia na rua, ia mal na escola, parou de estudar. Aos catorze anos, Chorão passou por um acontecimento muito grave na sua vida, a mãe teve um derrame e quase morreu. Foi nessa época que Chorão começou a andar de skate, uma das suas grandes paixões e atividade da qual foi um grande divulgador. Aos vinte e um anos, Chorão foi convidado a integrar uma banda com Champignon chamada “What's Up”, acabou não dando certo. Chorão então montou a “Charlie Brown Jr”. Com pouco mais de trinta anos, Chorão perdeu o pai. A banda, compreendendo a falta que Chorão sentia do pai decidiu dar um tempo, até Chorão realmente acostumar-se com a ideia de ter perdido alguém muito especial. Chorão pensou em parar com banda, com diz nas letras das músicas "Ouviu-Se Falar" e "Talvez a Metade do Caminho". Seis meses passados, Chorão se olhou no espelho, viu a barba crescida, a barriga aumentar, o corpo com vinte quilos a mais e ele sem motivação. Então percebeu que não era bem isso que ele queria. Durante o mesmo tempo os outros integrantes da banda, Champignon, Thiago Castanho, Marcão e Renato Pelado continuaram estudando e praticando música. Na verdade, a banda estava pronta de novo. Sempre metido em polêmicas, Chorão enfrentou problemas com a justiça como o suposto ataque a um jovem em Santos. Um rapaz de dezessete anos foi até uma delegacia em Santos e fez um B.O. contra Chorão. Segundo o jovem, Chorão teria dado um tapa em seu rosto, quando ele disse que não gostava do “Charlie Brown Jr”. Em comunicado, Chorão informou que agrediu apenas verbalmente o rapaz que teria dito palavras depreciativas sobre a banda. Chorão disse que o garoto queria um minuto de fama. Durante show realizado em São Paulo, Chorão chamou Badauí, vocalista da banda “CPM 22” para a briga, após não gostar de ler comentários sobre ele em revista. Chorão foi o garoto-propaganda de uma peça publicitária da “Coca-Cola”, num programa veiculado na MTV que promovia encontros musicais inusitados. O projeto misturou o rock do “Charlie Brown Jr” com a MPB de Vanessa da Mata. Segundo Cláudia Colaferro, diretora de marketing da “Coca-Cola”, o “Charlie Brown Jr”, encabeçado pelo Chorão, apareceu como o representante da geração que tinha entre catorze e dezenove anos e por isso a empresa a escolheu. Marcelo Camelo, vocalista da banda “Los Hermanos” criticou a participação do Chorão no comercial. Camelo disse das divergências estéticas com a banda comandada por Chorão e que o negócio de fazer comercial para "Coca-Cola" era um desdobramento da indústria e que o “Los Hermanos” rejeitava esse negócio de vender atitude. As declarações dadas por Camelo deixaram Chorão extremamente irritado. O primeiro encontro dos dois após a polêmica declaração de Camelo se deu num voo para o Piauí, onde as duas bandas iriam se apresentar no “Piauí Pop Festival”. Percebendo que Camelo estava no mesmo voo, Chorão jogou uma indireta, em voz alta, dizendo que ia atropelar as bandas que falam mal do “Charlie Brown”. Após o voo, no aeroporto de Fortaleza, Camelo teria se aproximado de Chorão que o agrediu com um soco. Chorão alegou que também foi ameaçado e agredido. Logo após a briga entre eles ter ganhado repercussão na imprensa, a assessoria do “Charlie Brown” divulgou uma nota lamentando a discussão, afirmando que os ânimos se exaltaram de ambas as partes e garantindo que foi um incidente isolado. Mesmo assim, alguns dias mais tarde, a banda “Los Hermanos” abriu dois processos contra Chorão. Alguns dias após o incidente, Chorão formalizou um pedido de desculpas via site oficial da banda. Meses depois, uma adolescente que estava na plateia do programa “Altas Horas” questionou Chorão a respeito desta polêmica passada. Além de responder rispidamente que não devia satisfação a ninguém, ele ainda cantou versos ofensivos direcionados a ela. Envergonhada, a espectadora fez gestos obscenos e chorou. Chorão se defendeu falando que a jovem queria humilhá-lo em rede nacional. Chorão sse desentendeu com todos os membros originais do “Charlie Brown Jr”., que se despediram da banda. Num show realizado em Apucarana, no Paraná, Chorão fez um discurso contra o baixista Champignon no meio da apresentação. Ele falou mal do parceiro com quem dividia o palco no momento, afirmando que o mesmo só decidiu voltar para a banda (depois de ter saído por causa das antigfas discussões) por causa de dinheiro. Champignon, então, deixou o palco e o show prosseguiu sem o baixista. Chorão ainda ironizou a atitude do colega brincando com a platéia, “Alguém sabe tocar baixo ai?”, disse. Dias depois do incidente, os dois publicaram um vídeo na internet pedindo desculpas aos fãs. Chorão foi expulso de um voo que ia para Manaus, acusado pela “Gol” de ter se recusado a desligar um aparelho eletrônico e insultado a tripulação. Dois dias após a morte do artista, a segunda esposa de Chorão, a estilista Graziela Gonçalves, afirmou que o cantor era dependente de drogas e que a dependência piorou muito, quando ele ficou triste com o fim da formação original da banda. Ela informou que a dependência não era de crack e sim de cocaína". Graziela disse que ela, a primeira mulher do músico, Thais Lima, o filho dele, Alexander e a empresária da banda, chegaram a procurar um advogado para providenciar a internação involuntária de Chorão. Chorão roteirizou o filme “O Magnata”, lançou sua marca de roupas, a “DO.CE.” e “La Plata”. O corpo de Chorão foi encontrado por seu motorista Kleber Atalla no apartamento que ocupava esporadicamente no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Segundo a polícia, que descartou inicialmente a hipótese de homicídio, o apartamento se encontrava em grande desordem, com garrafas vazias de bebida, embalagens de remédios e marcas de sangue. Chorão passava por uma grande depressão devido à separação da mulher, a estilista Graziela Gonçalves. Chorão morreu por overdose de cocaína,